sábado, 29 de setembro de 2018

Relato de positivo - Nara

Olá minhas queridas, como vocês estão? Por aqui estamos ótimos ❤!

Dei um jeito de arrumar um tempinho para postar esse belíssimo relato de positivo. Minha gente, é de arrepiar.

A Nara é administradora e tenho imenso carinho pelos relatos das minhas admins. Convivemos (virtualmente) diariamente, participamos das lutas e vitórias umas das outras! É lindo ver a Nara com sua benção e vitória nos braços.

O Samuel nasceu lindo e saudável dia 09/08/2018.


"Para ver o arco-íris é preciso não temer a tempestade!"

Que gratidão poder estar fazendo o relato da minha história até aqui. Ao contrário de muitos do blog, o meu não é por tempo de tentativas, mas por abortos de repetição.

Pode parecer clichê, mas meu sonho desde a infância sempre foi ser mãe, mal sabia que para realizá-lo eu teria que passar por algumas tempestades. Mas hoje entendo que tudo que passei se fez necessário para que pudesse ter minha vitória.

Não posso iniciar minha história sem antes falar que ter meu marido sempre do lado foi essencial para chegar até esse momento sublime. Em 2016 resolvemos conversar mais sobre ter filhos e em agosto resolvi fazer todos os exames necessários para ter uma gravidez saudável e, logo após os exames básicos, com resultados ótimos, começamos a tentar. Vale ressaltar que nessa época eu não era nada empoderada (rs) e mal sabia que seria tudo tão rápido, na nossa primeira tentativa eu engravidei, custei acreditar e meu marido já falava que eu estava grávida (uma fé sem tamanho). Então, no dia 01/10/2016, confirmamos nosso lindo positivo! Que alegria que foi aquela descoberta! No mesmo dia já contamos para a família, foi lindo e todos se emocionaram. Era felicidade que não cabia dentro de nós!!!

Antes da primeira consulta de pré-natal, resolvi logo fazer uma ultra, estava super ansiosa. Foi mágico ver meu filho pela primeira vez, lá estava um lindo embrião de 6s com o coração pulsando forte e saudável, tudo seguia perfeitamente bem... até que, com 9s, resolvemos repetir a ultra para acompanhar o desenvolvimento e foi quando a médica, de repente, nos fala: Não tem batimentos!!! Como assim? Ficamos pasmos, eu estava super bem, nada havia acontecido (ao meu ver) que justificasse aquela perda e foi constatado que nosso filho tinha parado de se desenvolver 3 dias após a primeira ultra! Sem chão, sem entender a vontade de Deus naquele momento, choramos muito, nada fazia sentido naquele momento de tamanha dor e ainda ter que falar a todos os familiares tudo que aconteceu, só nos fez sofrer ainda mais.

No mesmo dia, fomos direto para uma consulta com a minha obstetra. Estava aos prantos, ela tentou me acalmar, mas nada do que ela falava conseguia fazer com que aquela dor diminuísse, muito menos falar que o primeiro aborto é "totalmente normal" para a medicina. Em meio às lágrimas, fiz um pedido a ela: Não quero voltar para casa nessa situação! Ela agarrou minhas mãos e falou: É claro que não vou deixar! E logo em seguida ligou para o centro cirúrgico e após 2h já estava na maca sendo levada para realizar a curetagem. A pior parte achei que já tinha passado, grande engano. Entrar no centro cirúrgico para sair sem seu filho não está nos planos de nenhuma gestante. Eu só sabia chorar, chorar e chorar naquele lugar frio e cheio de máquinas. Logo entrei na sala de cirurgia e me deparo com meu nome e embaixo a cirurgia que seria realizada, como isso me doeu! Achei, por um momento, que tudo poderia ser apenas um pesadelo, mas, infelizmente, não era. O anestesista chegou e disse que só iria doer a “picadinha” da anestesia, mal sabia ele que minha alma sangrava mesmo antes do procedimento. Enfim adormeci e acordei com uma voz me chamando, era o Enfermeiro, me fazendo perguntas para ver se estava consciente, para poder logo me encaminharem para o apartamento.

No mesmo dia, após a curetagem, tive alta. A médica queria que eu ficasse durante à noite lá, mas insisti que iria me recuperar melhor longe daquele lugar, pois fisicamente eu estava bem. Foram 15 dias de repouso total, fui afastada do trabalho e recebi todo carinho e mimos do marido e família, que estiveram ao meu lado o tempo todo.

Logo chegou nossas férias e iríamos para a casa dos meus pais, minha mãe tinha sido diagnosticada com câncer de mama e faria várias sessões de radioterapia, era o momento ideal para estar ao lado dela e com isso tentar superar toda minha dor. Em pouco mais de 1 mês após a cirurgia, a tão aguardada menstruação veio. Que felicidade! Que esperança! Que renovo! Afinal, a médica disse que em 45 dias poderia voltar a tentar novamente e eu estava, apesar de todo receio e medo, super animada para esse momento chegar. E, naquele mês de férias, em dezembro, voltamos às tentativas! Só quem passa por um aborto entende a ansiedade e o desejo de logo querermos engravidar novamente.

Quando estávamos indo viajar, ainda no avião, cheguei a brincar com meu marido, pois quando ele comprou as passagens eu ainda estava grávida, e o meu assento era ao lado da janela, então falei para ele: E se eu voltar grávida? Esse assento não é recomendado para grávidas, pois fazemos muito xixi, ele sorriu rs e eu mal sabia que de fato eu voltaria grávida daquelas férias. Depois da minha primeira menstruação, após curetagem, corri para fazer uma Usg para ver como estava meu útero (aproveitei os dias férteis) e vi que tinha 2 lindos folículos dominantes. Saí radiante da ultra e começamos a tentar. Deus novamente nos abençoou e, no dia 14/01/17, vi uma segunda linha bem discreta (estava debaixo da janela quase de cabeça para baixo para conseguir enxergar rs). Era meu décimo quarto dia pós ovulação (nesse período, andei lendo muito sobre ovulação, cheguei até a fazer testes, mas o empoderamento ainda não tinha chegado).  Dessa vez não teve surpresa para o marido, ele queria acompanhar tudo de perto, e, em meio às lágrimas, oramos ali agradecendo a Deus a nossa segunda benção! Estávamos mais contidos com as emoções, muito felizes, porém cautelosos e resolvemos não contar a ninguém, nem aos nosso país! Mas mãe sente as coisas né? E, mesmo à distância, ela desconfiou da minha gravidez e, claro, não escondi!

Na ultrassom do meu primeiro filho só vimos o coração pulsar (a máquina de usg era bem velha) e nessa segunda gravidez tivemos a oportunidade de ouvir! Chorei de emoção, indescritível a sensação de escutar outra vida pulsando dentro de nós, estava com 7s3d, tudo seguia perfeitamente bem, com 9s decidimos fazer uma outra ultra e novamente escutamos a pior frase que um médico pode falar: o embrião está sem batimentos! Tinha parado de se desenvolver com 8s3d. Ele disse que não conseguia ver os batimentos, mas me pediu para repetir em 1 semana. Saímos dali em pedaços, mas com fé de que nosso bebê estaria sim vivo! Voltei a fazer e infelizmente se confirmou que ele já tinha partido. Fomos para minha GO, até ela ficou bastante assustada com meu segundo aborto, conversou bastante conosco de que algo estaria errado comigo e, dessa vez, resolvi voltar para casa com o meu bebê para tentar um aborto espontâneo, já que, em menos de 3 meses já tinha passado por uma curetagem. Os dias se passaram e nenhum sinal eu tinha de que poderia ocorrer de forma natural.

Novamente precisei passar pela curetagem, meu corpo mais uma vez não entendeu que a gravidez não tinha progredido. Dessa vez consegui ser mais forte, assim eu achei. Mas, ao entrar novamente naquele centro cirúrgico, além da tristeza de mais uma vez sair sem meu filho vivo, relembrei tudo que tinha passado da outra vez. Não consegui conter as lágrimas naquele lugar e tiveram que me dar um calmante pois minha médica me achou muito abalada, o que não era para menos. E, então, fui sedada e quando acordei estava na sala de pós anestésico e então me encaminharam para o apartamento. Dessa vez resolvi passar a noite no hospital, apenas passar a noite, porque mal consegui dormir, por mais confortável que era o quarto. Mas, para recompensar a noite, logo cedo tive a visita do meu amado Pastor, que me disse palavras de fé e fez uma linda oração! Saí daquele lugar com a certeza de que não era "normal" tudo que havia passado e que teria que investigar o porquê dos abortos, meu coração pedia insistentemente por isso. Acredito fielmente na vontade de Deus para a nossa vida e também acredito que ele deu sabedoria aos homens para nos ajudar.

A partir desse dia começou todo meu empoderamento, passei a devorar todas as causas possíveis a respeito sobre aborto de repetição e por muitas vezes lia sobre trombofilia, até que uma amiga, que também passou por 1 aborto, me disse mesmo sobre essa condição, então decidi procurar uma hematologista e fazer todos os exames necessários. Vale ressaltar que, na minha segunda gestação, cheguei a fazer alguns exames relacionados, isso por insistência minha, pois minha obstetra assim como 99% dos médicos acham que o primeiro aborto é super normal, o que hoje eu discordo plenamente. Em um dos exames deu uma pequena alteração na Proteína S funcional, ela é uma das mutações hereditária para trombofilia, mas esse exame quando feito durante a gestação pode realmente dar alterado para menos, o que foi meu caso. Minha médica achou normal, e eu, inconformada (pois já tinha lido a respeito), pedi que pelo menos me passasse um AAS infantil. E assim ela fez (mas que infelizmente não adiantou).

Finalmente chegou a consulta com a hematologista, a primeira impressão que tive achei ela bem sensata, ouviu com atenção toda minha história, perguntou sobre o histórico da família e me passou no total 21 exames!!! Após isso, ela disse, se caso não encontrasse diagnóstico, iriai me encaminhar para um geneticista. Após 1 mês, todos os resultados saíram e era hora de retornar à consulta. E como foi horrível tudo que ouvimos naquele dia, sobretudo com a frieza da médica (não parecia a mesma da primeira consulta). Ela olhou todos meus exames (e infelizmente ela é mais uma que segue rigorosamente referências de laboratório e não o histórico do paciente) e, ao terminar de analisar, virou para mim e disse: Está tudo ótimo, seus abortos foram uma obra da natureza, isso é normal. PASMEM!!! Isso foi as palavras de uma médica para uma mãe angustiada que perdeu 2 filhos. Aleguei que ela não tinha passado todos os exames para trombofilia e ela disse: Mas esses que você quer é para uma investigação mais profunda. Oi????? Vai esperar ter quantos abortos para poder passar????? Imediatamente eu disse que queria todos!!! E assim ela fez, fomos fazer os 4 exames que faltavam para completar a investigação para trombofilia e desses, 2 deles fecharam meu diagnostico ( MTHFR a1298c heterozigoto e Polimosfismo do PAI-1 4g/5g).

Em termos médicos, a trombofilia é uma maior propensão à "ocorrência de eventos trombóticos venosos". Traduzindo: é uma tendência ao chamado “sangue grosso”, que, na prática, contribui para o entupimento de veias. Não se trata de uma doença, mas de uma condição que pode ter diferentes causas”, verdadeiramente meu coração estava certo, eu tinha algo!!! Foi um susto descobrir que eu tinha trombofilia, mas ao mesmo tempo uma sensação de alívio, pois sabia que tinha algo a fazer na próxima gestação. Agora eu tinha que encontrar uma outra hematologista para que me acompanhar em uma futura gravidez, porque naquela eu não voltaria nunca mais.

Em Julho de 2017, fomos em outra médica, durante a consulta ela disse que, independente se eu tivesse já o diagnóstico ou não, ela já me passaria as injeções de Enoxoparina (anticoagulantes), pois a trombofilia hoje em dia ainda é um mistério. Para completar a investigação, nos passou o exame de cariótipo banda G para descartar incompatibilidade (já que meus embriões não foram para análise, apenas os restos placentários). Disse que me acompanharia na gestação e que sim, eu venceria essa batalha! Fizemos o exame e, graças a Deus, tudo certo.

Os meses se passaram e diferente de outros tempos, eu estava bem calma e tranquila quanto à engravidar novamente. Nesse meio tempo conheci o grupo das Empoderadas, passei a devorar o blog e logo comecei as suplementações e a fazer o método sintotermal. Me apaixonei por tudo e descobri um novo mundo da fertilidade e do poder que tínhamos sobre ele.

Em outubro, resolvemos voltar às tentativas, agora tinha o diagnóstico e todo protocolo em mãos para uma futura gestação. O primeiro mês não engravidei, fiquei um pouco chateada, mas minha fé não se abalou em momento algum, eu sabia que minha hora iria chegar. Veio o segundo mês de tentativa e com ele o tão esperado e sonhado positivo, a nossa vitória!!!
"Por isso vos digo, que tudo o que pedirdes em oração, crede que o recebereis, e tê-lo-eis" Marcos 11:24
Nesse ciclo usei: Fórmula Sophia, Água inglesa, Chá de Uxi Amarelo e unha de gato, Cloreto de Magnésio, Ômega e um Complexo vitamínico prescrito por uma Nutróloga.
E meu marido usou: Fórmula THOR, Cloreto de Magnésio e tribulus terrestres. Vale ressaltar que temos uma alimentação bem saudável.

Hoje meus dias são somente de gratidão, apesar de todo sofrimento, tanta dor, tantas lágrimas derramadas, daquela sensação de incapacidade que muitas vezes vinha em minha mente. Cheguei a questionar a Deus o porquê uma vez e como me arrependo de ter feito isso, pois em tudo eu vi o cuidado e provisão de Deus em minha vida, a cada choro ele enxugava minhas lágrimas, a cada perda ele me carregava nos braços com muito amor e dizia ao meu coração: Seu filho é promessa eu lhe darei! Agarrei com muita fé nisso e hoje estou aqui gestando meu lindo filho, uma gravidez tão abençoada e tranquila como nunca imaginei ter, coisas de Deus mesmo! Quando vejo minha barriga já apontando e com aqueles roxinhos das picadinhas de amor, me vem um sentimento de agradecimento sem fim, pois nunca me revoltei com o meu diagnóstico, nunca perguntei a Deus o porquê de ter e sim um privilégio, por hoje eu saber o que tenho e por ter uma linda missão de agora em diante: Ajudar meu próximo com meu testemunho, hoje consigo entender a boa e perfeita vontade de Deus para a minha vida e eu o louvo a todo instante.

Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face.

Salmos 42:5, Eu esperei em Deus, sabia que em nenhum momento ele se esqueceria de um filho, que todas as minhas orações estavam sendo ouvidas por ele. Por isso te falo, se você está passando por isso ou já passou: Espera em Deus!!! Ele tem infinitamente mais a fazer em sua vida, não aceite tudo o que a medicina diz, busque, estude, corra atrás de se empoderar. Ahhh!!! Se eu tivesse encerrado minhas investigações naquela primeira consulta, hoje não estaria vivendo o momento mais sublime que uma mulher possa viver. Não foi fácil, emocionalmente e financeiramente, mas uma coisa eu tinha em mente: nunca desistiria da maternidade!!! Hoje estou com 13s, o tão sonhado 2º trimestre, com ultras lindas só mostrando o quanto meu filho está saudável. 🙏🏼

E para finalizar não poderia deixar de citar o nosso versículo, que representa tudo para nós: Por este menino orava eu; e o Senhor atendeu à minha petição, que eu lhe tinha feito. 1 Samuel 1:27.

Um forte abraço!

Teste de gravidez e gráfico de temperatura basal da Nara.


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