No Projetando um Bebê, gosto de compartilhar com vocês histórias que inspiram, informam e ajudam mulheres em suas jornadas rumo à maternidade. O relato da Thaís é um verdadeiro testemunho de fé, resiliência e perseverança. Ao enfrentar múltiplos diagnósticos, como trombofilia, endometriose e baixa reserva ovariana, Thaís não só superou cada obstáculo, como encontrou em sua fé e no grupo de tentantes uma força imensurável.
Entre diagnósticos desafiadores, como endometriose, trombofilia e baixa reserva ovariana, Thaís encontrou força na sua fé, nas mudanças profundas no estilo de vida e, principalmente, na união com seu marido. Juntos, transformaram a espera em um momento de crescimento espiritual e conexão, provando que, mesmo nos momentos mais difíceis, há espaço para esperança, aprendizado e amor. Sua história é um lembrete poderoso de que o apoio mútuo é essencial não apenas para a jornada da maternidade, mas também para fortalecer o casal em todas as etapas, incluindo o puerpério, onde a reinvenção é necessária para manter a chama do casamento acesa.
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"Porque a Deus nenhuma coisa é impossível.” (Lucas, 1, 37).
Eu sempre acreditei tanto nessa passagem, tenho tanta certeza de que pra Deus nada é impossível, que cheguei a pensar que talvez não estivesse nos planos d’Ele que eu fosse mãe. Porque Ele podia fazer isso, e se não fazia, talvez essa não fosse a vontade d’Ele pra minha vida. Mas não é bem assim que funciona... Não é quando a gente quer, como a gente quer... Mas os planos e o tempo de Deus são perfeitos! Vou tentar contar um pouquinho da minha história, mas já adianto que será difícil resumir. Tenham paciência! Rsrsr... Ser mãe sempre esteve nos meus planos, mas confesso que isso nunca foi uma prioridade, via como algo distante e com aquela ilusão de que era só parar o anticoncepcional (ac). Ledo engano! Desde a adolescência eu sofria com muitas cólicas menstruais, de parar no hospital, por isso, logo me foi receitado o ac, então comecei a tomar muito antes de ter uma vida sexual. Com o ac as cólicas acabaram, meus ciclos estavam “regulares” e controlados, não quis outra vida e fiz uso dele por 13 anos ininterruptos. Nunca nenhum médico questionou isso e eu não tinha o conhecimento que eu tenho hj, então só fui na onda... Casei em 2017, mas já conhecia meu marido há 7 anos. Em agosto de 2018 resolvi parar de tomar o ac, já um pouco mais informada de seus malefícios, mas por enquanto seria só para “limpar” o organismo pra quando eu quisesse engravidar. Fizemos uso de outros métodos de prevenção. Exatamente 1 ano após, em julho de 2019 meu pesadelo voltou, cólicas incapacitantes, de parar no hospital novamente. Aí começou minha saga, ressonância normal, ultra com preparo normal tb e as cólicas continuavam lá. Nessa época, já pensávamos em engravidar, chegamos a ficar alguns meses sem proteção, mas logo passei no mestrado e por medo, adiei os planos. Meu marido também trabalhava embarcado e as datas não favoreciam, geralmente eu menstruava qdo ele chegava. Nessa época não conhecia meu ciclo direito, muco, período fértil, nada disso, só anotava o dia que a menstruação vinha e pronto. A gente mais estava sem prevenir, do que tentando. Em 2020, deixamos a prevenção de lado de novo, mas logo veio a pandemia. Planos adiados novamente. E as cólicas continuavam lá, sempre no 1º dia do ciclo, depois passava. Final de 2020 tomamos uma decisão, não íamos mais prevenir de forma nenhuma, o tempo estava passando, o relógio biológico gritando, então decidimos que 2021 seria nosso ano. Comecei então a mergulhar no mundo de tentante. Lembrei que uma amiga (A Gabi que está em outro Gs) havia comentado de um grupo, procurei na internet, fiz a provinha e em fev. 21 entrei no G1. Comecei a aprender muito! No início achei exagero, confesso rs, mas fui vendo qual era a vibe do grupo e aprendendo. Nossa, e como eu aprendi! No G1, já no 1º dia conheci a Leidy que hj está no G3, à espera da Maria Flor, amizade que vou levar pra vida e depois a Camyla, que era adm dos Gs e acabou me levando do G1 pro G2. Comecei então a investigação e os diagnósticos começaram a aparecer. A minha ginecologista antiga (Dra. Thelma Xavier) era muito boazinha, mas não entende bem de infertilidade, e eu tinha pressa. Então busquei outras opiniões. Em 2021 eu fui a muitoooosss médicos, menti pra muitos rs, pois não queria esperar pra investigar e em cada médico eu conseguia um pedido de exame diferente, pq que coisa difícil era conseguir um pedido médico. Fiz muitoosss exames: doloridos, constrangedores... (Só de histerossalpingografia foram 3, histeroscopia tb 3, inúmeras ultras, etc. A vida da tentante não é fácil! Primeiro diagnóstico em março/2021: trompas pérvias na histerossalpingografia, mas um especialista (Dr. André Vaz) viu uma possível inflamação na imagem que comprometia os cílios, indicou a hidrotubação, pesquisei e vi que muitos médicos não acreditam, mas na dúvida, resolvi fazer pra não ficar com aquela sensação de que poderia ter tentado. Começamos em abril e além da medicação direta no útero, tomei antibiótico por mais de 40 dias, meu marido e eu, e com relações protegidas. Ao final do tratamento refiz o exame e o médico disse que tinha melhorado e que ía melhorar ainda mais. Mandou esperar 6 meses e retornar. Nesse tempo, não parei, continuei os exames. Segundo diagnóstico em abril/2021: tireoidite de Hashimoto. Meus anticorpos da tireóide deram bem alterados, o anti TG e anti TPO. No G1 fui orientada sobre as mudanças na alimentação, estilo de vida, etc. Falei com dr. André e ele tb sugeriu a dieta antiinflamatória, cortando glúten, leite e açúcar. Pensei: o que eu vou comer? No início foi desesperador, quem me conhece sabe o quanto eu amo comer, sou muito magrinha, mas sempre comi de tudo, principalmente doces, era muito formiga e no início sofri muito. Tinha dia que dava vontade de chorar pq tinha vontade de comer pizza e não podia, aí logo me culpava por estar triste por motivo tão bobo rsrs. Mas aos poucos fui me ajeitando e consegui me adaptar. Levei tudo muito a sério! Conheci a nutróloga Dra. Mariana Siccoli que foi um anjo na minha vida e me ajudou muito tb. Nos falamos até hj pelo instagram, independente de consulta. Ajustes no sono, alimentação, exercício físico e estresse. Essa mudança de vida foi essencial pra todo o processo até aqui. Tb fiz algumas trocas, plástico por vidro, mudei desodorante, pasta de dente, sabonete, procurava sempre as opções mais saudáveis no mercado e farmácia. Terceiro diagnóstico em maio/2021: endometriose leve. Refiz a ressonância com médico especialista (Dra. Alice Brandão) e ela viu um possível foco de endometriose nos ligamentos úterossacros, mandou confirmar com exame clínico. Não ficou muito claro, mas eu tinha todos os sintomas: cólicas fortes, dor na relação, distensão abdominal, intestino solto na menstruação. Mais um balde de água fria! Bom, pelo menos, agora eu sabia os motivos das cólicas. Todos os médicos concordaram que eram pequenos e não seria motivo de cirurgia, o que eu não queria mesmo. E o tratamento era praticamente o mesmo do Hashimoto. E mais a suplementação adequada. Não tinha como fugir! Quarto diagnóstico em maio/2021: endometrite crônica. Descobri em uma histeroscopia diagnóstica e não entendia pq estava lá, se tinha acabado de fazer um tratamento pesado com antibiótico da hidrotubação (doxiciclina e levofloxacino), fiquei sem chão novamente. Voltei no dr. André, ele pediu pra tomar o primosiston por 10 dias e que isso faria meu endométrio descamar, seria uma tentativa pra não tomar antibiótico forte novamente tão perto. Assim eu fiz, mas só consegui repetir a histeroscopia em julho. Dessa vez, fiz a cirúrgica, mas a médica não fez o estudo imunohistoquímico, como eu tinha pedido. Conclusão: fui submetida a um procedimento praticamente à toa. Mas, pelas imagens, vários médicos concordaram que a endometrite ainda estava lá, pois ainda tinham muitos micropólipos, sinal de endometrite. Eu não queria ficar tomando antibiótico sem saber exatamente o que eu tinha, então resolvi esperar e tentar investigar mais. Não achei um médico que avaliasse isso a fundo. Enquanto isso, fui investigando outras coisas. Quinto diagnóstico em agosto/2021: trombofilia. A homocisteína era alta, e me alertou pro mthfr, que foi confirmado no exame, além de outras mutações. Esse foi um dos mais doloridos de aceitar, pq eu no início nem queria fazer exames, por achar desnecessário, hj eu vejo o quanto é importante e o quanto Deus foi generoso comigo por me permitir descobrir isso antes de engravidar. Nova luta pra encontrar médicos que considerem. Fui a 2 hematologistas, a 1ª não quis considerar, a 2ª na 1ª consulta também não, pq eu “só” tinha o mthfr e a proteína C um pouco baixa (que ela não considerou). Entreguei pra Deus e pedi que fosse feita a vontade d’Ele pq eu não podia tomar injeção por conta própria, então na 2ª consulta, após os outros exames, ela disse que não era trombofilia, mas que eu devia tomar a injeção por precaução rs. Pelo menos, saí de lá com a receita, pra usar enoxaparina e AAS após o positivo. Sexto diagnóstico em outubro/2021: células NK no sangue em 19%. Já estava cansada. Parecia que todo exame que eu fazia dava positivo pra alguma coisa. Pelo menos, as ultras seriadas apontavam ovulação, pq era só o que faltava rs. Falei que ía parar de fazer exames rsrs. Mas a vontade de ser mãe era maior. Com os diagnósticos em mãos, fui em busca dos tratamentos. Nesse meio tempo, fui medindo a temperatura basal, fazendo os gráficos, conhecendo meu corpo. Sempre tive gráficos lindos, mas a menstruação nunca atrasava. As vacinas de covid que mudaram um pouco o ciclo, mas logo voltaram ao normal. Com as mudanças na alimentação, consegui me livrar das cólicas. Nem acreditei que isso seria possível, mas isso mudou minha vida, passei a ter qualidade de vida, ciclos sem cólicas. E era só sair da “linha” que a cólica voltava. Eu tinha que aceitar que isso era pra vida toda! Em dezembro de 2021 consultei com dr. Leonardo e ele me passou um protocolo full, já nas tentativas. E um tratamento pra endometrite bem parecido com o do grupo. Com a ajuda de uma amiga pra conseguir a receita certa, fiz exatamente o que era recomendado aqui, junto com probióticos oral e vaginal. Iniciei no finalzinho de 2021, entre o Natal e Ano Novo. Lembro que passei a virada de ano sem beber uma gota de bebida alcóolica, mas era por um bem maior. Nesse período do ano, ficamos um pouco frustrados, pois era o fim de um ciclo sem realizar nosso sonho. Mas confiantes no tratamento, com esperança que daria tudo certo. Esperei passar o período do tratamento e em fevereiro de 2021 repeti a histeroscopia cirúrgica com o Dr. Ricardo Assunção. Ele tb “tirou” alguns cistos de Naboth do meu colo, que dizem não atrapalhar mas como eram muitos, a ponto de contorcer o colo, ele fez isso na tentativa de “facilitar”. Dessa vez foi feita a biópsia certinha e descobri tb as células NK no endométrio, mas já tinha o lipofundim no protocolo e dessa vez estava curada da endometrite!!! Finalmente!!! Foi uma alegria imensa! Veio um novo ânimo e voltamos as tentativas em março de 2021. Meu marido tinha realizado o espermograma com morfologia de krugger e a ultra. Tudo normal. O problema era comigo, mas a fertilidade é do casal, e ele sempre me apoiou em tudo! E eu ía fazer tudo que estivesse ao meu alcance! Começamos então o protocolo, e aí sim, eu passei a saber o que era de verdade, uma vida de tentante. Antes eu não sofria tanto com a fase lútea, com a proximidade da menstruação, mas agora, com tratamento, com tudo certinho, o que poderia dar errado, né?! Aí que a ansiedade bateu com força e a cada teste negativo, uma tristeza me consumia. O que mais eu tinha que fazer? Já tinha um tratamento, o que faltava? Em maio de 2022 veio meu sétimo diagnóstico: baixa reserva ovariana. Fiz um antimulleriano e deu 0,6. Ali foi um soco no estômago, já com 35 anos, me vi sem saída. Eu tinha feito o primeiro em abril de 2021 e tinha dado 1,32, o que os médicos não consideraram tão baixo, apesar de poder estar melhor. Mas em 1 ano, caiu pela metade. Pensei o que restaria no ano seguinte né... Quais eram minhas chances? Final de junho resolvi pagar uma acupunturista especialista em fertilidade. Eu não tinha mais de onde tirar tanto dinheiro pra vitaminas, exames, etc. FIV não era uma opção pra mim por questões religiosas e financeiras tb, além de não estar aberta pra isso. Morria de medo de chegar ao ponto dos médicos me darem só essa alternativa. Então, fiz um pacote de 3 meses na acupuntura, que só terminei de pagar em dezembro rsrs. Início de outubro foi nossa última sessão e nada de positivo. Foi um pouco frustrante, mas a Luana Borges me ajudou muito, com florais pra mim e meu marido, dicas de chá, dietoterapia, óleos essenciais, etc. Eu já seguia as dicas da Érika Nery e amava, mas um tratamento individual é essencial. A acupuntura foi o último recurso que recorri antes do positivo. E agora, antes de contar do positivo em si, preciso falar da nossa história de FÉ. Porque não tem como contar essa história, sem contar o que Deus fez na nossa vida nesse tempo de espera. Eu sempre fui muito católica e religiosa desde pequena, participava de tudo na igreja. Qdo conheci meu marido, ele não ía muito a igreja, apesar da família se dizer católica. No início do namoro eu o convidei pra um encontro na igreja, o COR, que mudou bastante a vida dele, passou a frequentar as missas comigo, mas ainda faltava algo. Não tínhamos muito hábito de orar juntos em casa, ler a bíblia, apesar disso ter mudado um pouco na pandemia. Em 2021, ele entrou pra catequese pra fazer a 1ª Comunhão e poder comungar. Aí começou a mudança de verdade. Em abril de 2022 ele recebeu o sacramento da Comunhão e em maio a Crisma. Os encontros da catequese foram muito enriquecedores e senti que ir a missa se tornou algo muito mais significante. Dia 25 de março começamos juntos a novena 9 meses com Maria (pelo instagram ou WhastApp), onde acompanhamos a gestação de Nossa Senhora até o nascimento de Jesus no Natal. Como se Maria contasse seus dias, seus medos, etc., durante os 9 meses. Em 22 de maio de 2022, dia de Santa Rita de Cássia (Santa das causas impossíveis), fomos a missa e meu marido fez uma promessa: se conseguisse ser pai, ele rezaria o terço todos os dias durante 1 ano inteiro. Ele sequer sabia rezar o terço, mas quis enfrentar esse desafio. Na noite do dia 17 pra 18 de junho, meu marido teve um sonho, desses reveladores, muito real. Tentando resumir, ele se viu numa igreja e um homem olhou pra ele com um olhar de compaixão e disse: faça da sua casa uma missa. Ao olhar pra fora ele viu o rosto de Nossa Senhora, bem nítido, com um olhar consolador. Assustado acordou e começou a rezar “Ave Maria” sem parar (eu continuava dormindo), pegou no sono novamente e começou a sentir um cheiro de rosas muito forte (detalhe: meu marido tem muita dificuldade com cheiros, não sente quase nada e ele não só sentiu como sabia que cheiro era), ao mesmo tempo ele sentiu um fogo, um calor muito forte, que não queimava, nem doía, mas era abrasador. Acordou assustado novamente e não viu mais nada. De manhã, me contou aos prantos, disse que não sabia como eu não tinha acordado, pq ele rezava muito forte. Fomos analisando os sinais do sonho, e ao mostrar as fotos, ele identificou o rosto como sendo de Nossa Senhora das Graças. O fogo acreditamos que era o Espírito Santo e o homem, só podia ser Jesus. Enfim, podia ter sido só um sonho, mas pra ele foi muito real e eu acredito nisso. Os dias foram passando, nada acontecia. Em julho, passamos por alguns episódios desagradáveis com cobranças de família e conhecidos e isso tudo tava mexendo muito com meu marido. O pensamento de que não éramos merecedores dessa graça chegou a passar pela nossa cabeça. Meu marido passou a se dedicar mais ainda, orando mais, tava mais tranquilo no trabalho, desde 2020 já estava trabalhando em terra, porém, insatisfeito com salário, etc. Mas aprendeu a esperar em Deus. Foi mudando atitudes, tomando as vitaminas, florais (recomendo muito!), etc. Em agosto de 2022, ele decidiu começar a pagar a promessa antes de a graça acontecer e começou a rezar o terço diariamente. Quanto mais que ele rezava, mais se conectava com Deus, criou intimidade com Maria, fortaleceu a fé e a esperança. No dia 15 do mesmo mês eu iniciei a quaresma de São Miguel com o frei Gilson, passei 40 dias rezando o rosário (são 4 terços) de madrugada, às 4h da manhã. Foi pesado, mas consegui cumprir meu propósito. Em setembro entramos de férias e estávamos sem dinheiro pra viajar, mas um lugar estava me chamando há um certo tempo. Queria muito ir à Aparecida do Norte, casa da Mãe, que eu não ía desde criança. Decidimos em cima da hora e fomos de ônibus mesmo. Foi um fim de semana maravilhoso, e só de chegar já nos emocionamos muito, a energia daquele lugar é surreal, uma fé tão grande que é quase palpável. Passamos um fds em oração, na presença de Nossa Senhora, vivemos experiências únicas. Lá tem um lugar que se chama “Sala das promessas”, onde as pessoas deixam itens e objetos para agradecer alguma graça já recebida. Num ato de fé, deixei lá 2 bebês de cera, um pra mim e outro pra minha amiga Josi, de 42 anos que já tentava há 8 anos, já agradecendo a graça que eu sabia que viria. Coloquei tb um útero de cera e meu marido um pé, pois o pai dele estava com uma ferida muito séria e como é diabético, corria o risco de perder o pé. Voltamos pra casa cheios da graça e não falamos pra ninguém. Algumas semanas depois, a ferida do pai dele fechou e ele estava curado. O primeiro milagre tinha acontecido! Veio o mês de outubro e adivinhem? Minha amiga Josi descobriu a gravidez no final do mês e nos contou algumas semanas depois. Com 42 anos, uma gestação natural, ela tem trombofilia, adenomiose, endometriose... Nunca tinha engravidado. Contamos pra ela da nossa experiência em Aparecida e pelos nossos cálculos, o período fértil dela foi bem no fds que nós estávamos lá. Glorifiquei a Deus e sabia que a minha graça estava chegando! Tanto a Josi qto a Leidy sempre falavam que ficaríamos grávidas juntas e eu ainda não acredito que isso está acontecendo de verdade... Nesse mês meu marido tb se abriu com a mãe e irmã, chorou, pediu orações pra elas, porque ele disse que Deus ouvia as mães. E mais uma vez Ele ouviu! Aconteceu tb de uma tia que eu não vejo há muito tempo, ao conversar com minha irmã por telefone, disse pra ela me avisar que o pedido que eu estava orando ía se realizar e não ía demorar. Tomei posse daquela palavra e continuei esperando! Chegou novembro. Eu estava bem cansada de todo protocolo, então nesse mês eu não tomei injeção, nem usei progesterona, somente o reuquinol e AAS, além das vitaminas. Continuei com o gráfico e disse que não faria teste de gravidez esse mês, ía esperar a TB me avisar, pq ela sempre caía. Dia 12, um sábado, fui rezar o terço com meu marido, eu estava um pouco distraída e ele sempre rezando com muito fervor. Eram os mistérios gozosos, e no 3º mistério, do nascimento de Jesus, meu marido começou a chorar muito, como eu nunca tinha visto. Tive que ajudar a terminar a oração e ao final perguntei o que tinha acontecido: todo arrepiado, ele disse que teve uma revelação, e Maria disse pra ele arrumar o quarto, porque nosso filho estava chegando e estava muito perto. Choramos e agradecemos. Naquela semana, tínhamos tb começado a novena da doce espera, com a comunidade Divina Luz, pelo Youtube, com orações bem fortes, inclusive pra cura da árvore genealógica, votos secretos, palavras de maldição, etc. No dia 15, feriado, minha temperatura deu uma queda, era uma terça e minha menstruação deveria descer na quinta ou sexta, no máximo. Então, já imaginei que seria ela, talvez até uma fase lútea mais curta. Fiquei triste e conversei com meu marido. Falei pra ele que provavelmente minha menstruação desceria, que não tinha sido daquela vez. Mas estava cansada, roxa, dolorida, então peguei todo estoque de medicação que eu tinha e fizemos um combinado: usando após a ovulação, daria até fevereiro. Esse seria nosso limite, eu não compraria mais nada, não tinha mais dinheiro pra gastar e se engravidar depois a gente vê o que faz. 26 de Fevereiro é meu aniversário, então, demos esse prazo, assim daria 1 ano de tentativas após endometrite e com protocolo pronto. Se até lá não acontecer, em março, a gente vê o que faz. Provavelmente, teria que refazer exames, voltar a médicos, e eu não aguentava mais isso. Sofri com essa possibilidade. Tinha tb a alternativa do coito programado (eu era muito resistente a tomar hormônios), mas seria uma opção. Não queria ter que fazer tudo de novo, mas entreguei pra Deus! E aí que no dia seguinte, dia 16, minha temperatura deu um salto, subiu de novo. Eu fiquei sem entender, achei que tinha dormido mal. Dia 17, quinta-feira, possível data da menstruação, continuou alta. Limpei o termômetro, achei que estava com problema, e medi na axila e a temperatura deu diferente. Como era o dia da menstruação vir, achei estranho estar tão alta, então resolvi fazer um teste, só tinha um em casa. Na mesma hora apareceu a linha, mas não era muito forte, sendo que isso nunca tinha acontecido. Fui pro laboratório fazer o de sangue. Contei pra minha amiga @Marih e ela disse que esse teste dava falso positivo, aquele da clearblue, de cruz. Pela hora do almoço, eu tive um escape, aí pensei, bom o teste devia estar errado mesmo, a menstruação deve descer. Me desliguei e o resultado do exame só saiu no dia seguinte, na sexta, e vcs não vão acreditar: negativo bem grande, menor que 2. Desencanei! Qdo cheguei em casa do trabalho, já na sexta, meu marido perguntou se eu tinha menstruado, então contei o que tinha acontecido, até então ele não sabia. Qdo viu o teste de urina, ele falou com toda certeza que eu estava grávida. Eu teimando, disse que não podia ser, pois o de sangue deu negativo, e o de sangue era mais certo. Ele continuou acreditando. Acontece que o escape, ao invés de aumentar, diminuiu, e a tarde já não tinha praticamente nada, à noite cessou de vez. Era o último dia da novena da doce espera e seria presencial, fomos juntos, rezamos, agradecemos. Eu de olho no banheiro e nada de escape. No sábado, meu marido insistia que eu estava grávida, acreditava tanto, que me fez tomar a injeção e eu com medo de ter uma hemorragia se a menstruação viesse kkk... Mas ele insistiu tanto, que tomei. Zero escape. E eu achando que estava ansiosa, por isso, não descia ou já preocupada com algo hormonal, já que isso nunca tinha acontecido... Engraçado que eu brincava que o teste nunca tinha dado nem uma linha fraquinha pra me animar e minha menstruação nunca tinha atrasado 1 dia sequer pra me dar esperança. Dessa vez aconteceram as 2 coisas, mas com um exame de sangue negativo, pedi perdão a Deus e disse que nunca mais queria passar por isso, caso eu não estivesse grávida kkk... Já era sábado à noite, nada de menstruação, fomos na farmácia comprar outro teste de gravidez. Comprei 2, mas disse que só faria no domingo, com a urina concentrada, pra não ter dúvidas. Quase não dormimos, acordamos domingo super cedo e fui logo fazer o teste, coloquei na urina e chamei logo meu marido pra ver. Eis que vem um positivo bem grande e forte rs. Sem acreditar, fiz o outro teste e positivo tb. Choramos, oramos, agradecemos, fomos logo pra missa em agradecimento. Comecei a progesterona e a tarde tive outro escape, o medo bateu. Falei com meu marido, ele disse pra me acalmar e que fosse feita a vontade de Deus. Ficamos apreensivos, não consegui rezar o terço com ele. Qdo ele terminou a oração, ele veio chorando me contar que Deus tinha falado com ele de novo. Ele viu a imagem do nascimento de Jesus, num lugar tão simples, sem recursos, sem luxo, mas com uma luz radiante, iluminando a todos ao seu redor. Ele entendeu que se Jesus, o maior homem da Terra, nasceu naquelas condições, a gente não precisava se preocupar, pois Deus ía cuidar de tudo e estava cuidando de nós tb, ele sentiu que ficaria tudo bem com nosso filho que estava no meu ventre. Eu tomei posse daquelas palavras, entreguei pra Deus e segui com o protocolo, com uma dose mais alta de progesterona. No dia seguinte já não tinha praticamente nenhum sangramento. Ah, na segunda tb refiz o exame de sangue e veio um beta bem positivo rsrs... Hoje estou aqui gerando meu milagre, chorando ao escrever, mas com o coração cheio de gratidão por essa vida que habita em mim. Eu tive medo de não conseguir, eu tive medo de não poder ser mãe, eu tive vontade de desistir, eu tive momentos de muita ansiedade, choro, frustração, cansaço, mas hoje eu não me arrependo de absolutamente nada. Se eu pudesse voltar no tempo, eu não adiantaria em nada esse processo. Como eu cresci, como eu aprendi, como eu estudei, como eu me empoderei. Meu marido hoje é uma pessoa muito mais tranquila, com uma fé tão grande que me emociona. Ele sempre dizia que a gente só precisava de um milagre. E o milagre aconteceu! Eu rezei por um filho e Deus me deu muito mais que isso. Eu não tenho palavras pra agradecer tanto cuidado de Deus por nós. Quando a gente entende de verdade que o tempo de Deus é diferente do nosso, a gente enxerga que Ele faz tudo como tinha que ser, da melhor maneira possível. “Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado." (Jeremias, 1, 5). Essa outra passagem bíblica também me ajudou muito, é difícil de entender, mas Deus sabe exatamente o ano, dia e hora que seu filho virá para você (gerado ou adotado), Deus sabe a época que seu filho vai viver, as amizades que ele vai ter, as gerações que ele vai influenciar... A gente precisa descansar em Deus, sem deixar de fazer nossa parte, claro. Saibam meninas, que eu não sou nenhuma privilegiada, nunca me senti assim. Todas vocês podem conseguir também. E vão! Só peço que creiam, estudem, tomem as rédeas da saúde de vocês, sejam protagonistas, investiguem, se informem, não se conformem. E não percam a fé! Diagnóstico não é destino, ele é um degrau que vai te levar mais perto do seu filho. E essa benção é para todas, algumas alcançarão mais rápido, outras precisam de um tempo maior, mas eu creio que Deus não coloca um sonho no nosso coração em vão. Tenho orgulho das mães guerreiras que os filhos das mulheres desse grupo terão, porque nós lutamos muito por isso. Desejo de coração que todas possam sentir e viver o que eu sinto hoje. Todas vocês merecem isso! Não se esqueçam disso! A trombofilia me preocupa, o medo ainda aparece, porque o objetivo é ter nosso filho no colo, mas não podemos deixar ele nos dominar, pois nosso Deus é maior que tudo isso! O protocolo é pesado, caro e não é fácil, mas a cada picadinha, eu agradeço, apesar da dor. Dessa vez, passamos um final de ano diferente, contamos pra família no natal, foi especial. Muito gratos e na certeza que esse ano será ainda melhor, com nosso bebê no colo! E lembram aquela novena 9 meses com Maria? Todos os dias eu rezo por vocês e nessa oração eu falava o nome particular de algumas amigas e meninas do grupo que a história me chamava a atenção, mesmo não sendo minha amiga próxima. Eram 7 nomes, 5 delas já engravidaram (6 comigo) e tenho fé que o milagre das outras 2 tb se realizará, no tempo de Deus. Sou muito grata à intercessão de Nossa Senhora na nossa vida e agora voltarei à Aparecida para agradecer, com meu milagre no forninho ou no meu colo! Agradeço imensamente à @Anne por idealizar esse grupo e ajudar tantas mulheres, à Camyla que foi adm daqui e continuamos amigas, ela “recém-parida” rs, à @Marih que hj é uma amiga querida pra vida toda, sempre com palavras positivas e de conforto, às amigas que fiz aqui (@Aline , @Fabi), algumas já no G3, G4, a todas as adms e vocês todas por partilharem e dividirem suas histórias. E todas as pessoas que oraram, intercederam, torceram por nós! Obrigada por tb fazerem parte da realização desse sonho! Diagnósticos:
Uma curiosidade: Foram 7 diagnósticos, 7 meses de tentativas pós cura da endometrite. Conheci meu marido dia 17/07, casamos no mês 7 do ano de 2017, após 7 anos de namoro, e agora vou conhecer o maior amor da minha vida no mês 7 tb. Assim espero, rezem por nós! DUM: 24/10/2022 (estamos com 13s). DPP: 31/07/2023.
- Endometriose “superficial” Inflamação nas trompas Hashimoto Endometrite crônica Trombofilia (MTHFR heterozigoto nos 2 alelos, proteína C um pouco abaixo da referência (66%), pai 1 4g/5g, fator VIII baixo e beta 2 igg no limite da referência, em 9%) Células NK no sangue e endométrio Baixa reserva ovariana (AMH 0,6 com 35 anos)
Protocolo:
- Endometrite: tratamento do grupo e dr. Leonardo Enoxaparina 40mg AAS 2 de 81mg Reuquinol Predsin Utrogestan Lipofundin Ômega 3 mega DHA Vitaminas do instagram “Gestar com trombofilia” (é bem parecido com a Sophia) Dieta anti inflamatória Acupuntura com especialista em fertilidade Florais, chás e dicas da Medicina Tradicional Chinesa Mudança de estilo de vida: exercícios físicos, redução de estresse, sono, etc Marido: Vitaminas do instagram “Gestar com trombofilia” Ômega 3 Florais da medicina chinesa
Grupo de tentantes no WhatsApp e Facebook:
- Facebook: GFI - Grupo de Fertilidade Inteligente - Tentantes & Empoderamento
- WhatsApp: Entrar no grupo
- Grupo de tentantes do WhatsApp
- Guia da tentante
- Método Sintotermal
- Tutorial do Fertility Friend
- Tudo sobre muco cervical
- Hormônios e ciclo menstrual
- Folato x Ácido fólico
- Protocolo Sophia
- Produtos de fertilidade para tentantes
- Produtos para infertilidade masculina
- Vitex e fase lútea
- Acne cística hormonal
- Low Carb x Fertilidade
- Folliculinum + Ovarinum - a dupla homeopática
- Fórmulas para aumentar a fertilidade naturalmente - como manipular
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