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domingo, 15 de janeiro de 2017

A extrema importância da vitamina D para a fertilidade - SOP, endometriose, deficiência de progesterona etc

Olá, pessoal.

Estou há um bom tempo fazendo essa pesquisa e coletando informações a respeito da relação entre o nível de vitamina D (mais especificamente a vitamina D3) e a fertilidade, aumentando as chances de sucesso de engravidar.

Conforme vou descobrindo mais coisas, vou agregando a este post.

Você sabia que a vitamina D é tão importante na prevenção do câncer que o câncer de mama já foi chamado de "síndrome da deficiência de vitamina D"?

Vejam as recomendações de Vitamina D conforme diversos órgãos americanos:
Fonte: Vitamin D Coucil.
Eu sempre considero o Vitamin D Council o órgão mais bem preparado (em termos de pesquisa e corpo técnico) para informar sobre a suplementação de vitamina D3 e seus inúmeros benefícios.

A importância da vitamina D3 na fertilidade feminina e masculina:

Descobriu-se que essa vitamina é importante tanto para os óvulos quanto para os espermatozoides.

A vitamina D, existe dentro do folículo ovariano, que depois se transformará em óvulo. Facilita a fecundação por ajudar na produção de óvulos de qualidade. Suspeita-se que a baixa dessa vitamina também esteja presente na síndrome dos ovários policísticos (SOP). A suplementação dessa vitamina no organismo, pode ter ação coadjuvante para induzir a ovulação. Além do que é capaz de aumentar as defesas do organismo, diminuindo as chances de aborto e favorecendo as condições do endométrio para implantação do embrião.

Na fertilidade masculina, age diretamente na qualidade do sêmen e na quantidade de testosterona. Homens que tem uma boa taxa de vitamina D no organismo tem espermatozoides mais rápidos. O espermograma mostrou peixinhos lentos, preguiçosos? Dê uma turbinada neles com a vitamina D, que parece ser como um combustível natural para os espermatozoides.

Quanto custa e onde comprar:

Eu recomendo sempre que não comprem vitamina D3 em farmácia normal por uma simples questão de custo-benefício. Comprem sempre manipulada ou comprada do exterior.

Dosagem inicial ideal: 5.000UI (lê-se cinco mil Unidades Internacionais).

Mande manipular o maior número de cápsulas possível, assim o valor se dilui por cápsula e sai ainda mais barato.

Vou fazer uma comparação de preço:

- Vitamina D3 MARCA X 7.000UI, 4 comprimidos = 5 reais por comprimido.
- Vitamina D3 manipulada (Luna Ervas), 7.000UI, 120 cápsulas = 56 centavos por cápsula.

Se fosse tomar por apenas alguns dias, a diferença não seria grande. Agora pensa que essa vitamina deve ser tomada todos os dias da tua vida.

Provavelmente na farmácia de manipulação da tua cidade é ainda mais barato, mas se quiser comprar online, segue uma farmácia de manipulação online de confiança:
Informações sobre a combinação da vitamina D3 e a vitamina K2:

A ingestão de vitamina D3 só será realmente eficaz se também estiver ingerindo uma quantidade suficiente de vitamina K2. Na verdade, esse é um ponto crucial que não foi enfatizado suficientemente no passado. Se você optar por suplementar a vitamina D de forma oral, você precisa consumir também a vitamina K2. Sem a ajuda da vitamina K2, o cálcio que é tão eficientemente absorvido devido à vitamina D pode estar trabalhando CONTRA você. Pode estar havendo um aumento do depósito de cálcio nas suas artérias coronarianas e outros tecidos moles ao invés do osso.

Referências bibliográficas::

Minha experiência:

Quando comecei a suplementação com 5.000UI de Vitamina D3, em julho de 2016, percebi algumas mudanças interessantes no meu ciclo menstrual.

Conforme podem ver meu gráfico de fertilidade abaixo, comecei a tomar 1 cápsula de 5.000UI (lê-se 'cinco mil unidades internacionais') de Vitamina D3 por dia, iniciando no 21 DC/5 DPO (21º dia do ciclo e 5º dia após a ovulação). Algumas pessoas podem achar o valor alto, mas essa dosagem é segura e recomendada pelo Vitamin D Council, para ser tomada todos os dias com o objetivo de manter ideal o nível de vitamina D no sangue. 

Gráfico de monitoramento natural da fertilidade. Método da temperatura basal ou método sintotermal.Aplicativo Fertility Friend. Saiba mais aqui
Nos últimos meses meu ciclo estava bastante regular, com ovulação no 16DC (16º dia do ciclo) e fase lútea de 12 dias. No entanto, no dia seguinte após começar a tomar a vitamina D3, minha temperatura subiu e permaneceu (36,9ºC) durante 5 dias. Foi meu ciclo com a fase lútea mais longa. Claro que isso me preocupou e acendou uma luzinha. Fiz um teste de gravidez, mas não era gravidez. Com isso fui pesquisar se a vitamina D3 pode alterar o ciclo menstrual. E descobri que sim. Embora não haja nenhum artigo referente à isso, muitas mulheres observaram mudança no ciclo menstrual (principalmente "atraso na menstruação") ao começar a suplementar com vitamina D3 acima de 5.000UI. Há uma página em inglês, onde várias mulheres relatam essa observação, quem quiser, pode ler aqui.

Dia 01/12/2016 aumentei a dosagem da minha vitamina D3 para 10.000UI combinada com a vitamina K2 na dosagem 100mcg. Para dosagens acima de 10.000UI recomenda-se combinar a vitamina K2 junto para evitar uma possível calcificação dos tecidos moles.

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Pesquisas científicas que comprovam a importância da vitamina D3 para a fertilidade:

Pesquisa #1: Deficiência de vitamina D associada a ciclos menstruais longos em mulheres Afroamericanas. (Original: Vitamin D deficiency associated with long menstrual cycles in African American women). Fonte: Vitamin D Council.

Será que os pesquisadores encontram uma relação entre os níveis de vitamina D e duração do ciclo menstrual? Aqui está o que eles descobriram:

- O nível médio de vitamina D foi de 14,7 ng / ml.
- Apenas 24% dos participantes tinham vitamina D suficiente (> 20 ng / ml).
- O nível mais elevado de vitamina D dos 1.102 participantes foi de 22,7 ng / ml.
- Um nível de vitamina D de >20 ng/ml foi associado a uma redução de 50% de chance de ter ciclos menstruais longos.
- O nível de vitamina D não foi relacionado com a presença de ciclos menstruais curtos ou irregulares nesta pesquisa embora outros estudos tenham feito essa relação.

Os investigadores concluíram que: 

"Estes resultados sugerem que o nível de vitamina D pode influenciar o ciclo menstrual e desempenham um papel na função ovariana."

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Pesquisa #2: Vitamina D ajuda na espessura do endométrio em mulheres com síndrome do ovário policístico (SOP). (Original: Vitamin D helps with endometrial thickness in PCOS). Fonte: Vitamin D Council


No presente estudo, os pesquisadores queriam examinar o efeito da vitamina D sobre mulheres com Síndrome do Ovário Policístico (SOP) de engravidarem usando Inseminação Intrauterina (IIU), uma forma de fertilização artificial que não é considerada uma Técnica de Reprodução Assistida (TRA). Este procedimento é comum para as mulheres com uma variedade de condições que estão tentando engravidar, mas têm barreiras fazê-lo.

A pesquisa que durou 2 meses, foi realizada com 110 pacientes portadoras da Síndrome do Ovário Policístico (SOP) com dificuldade de engravidar. Metade do grupo recebeu uma dose de 300.000UI de vitamina D e a outra metade recebeu uma dose de placebo.


Aqui está o que os pesquisadores descobriram:

- Tanto o grupo placebo quando o grupo de vitamina D estavam deficientes no início da pesquisa, sem diferença estatística entre os dois (começou por volta de 12 ng/ml).
- No final do ensaio, a espessura do endométrio no grupo da vitamina D foi de 8,70 milímetros, em comparação com 7,59 milímetros no grupo do placebo. Isso foi estatisticamente significativo.
- Taxas de gravidez após 12 semanas nos grupos de vitamina D e de placebo foram 38,2% e 32,7%, respectivamente. Dessa forma, a suplementação de vitamina D aumenta a probabilidade de engravidar por cerca de 17%. No entanto essa estatistica não pareceu significativa para os pesquisadores. (Meu comentário: um aumento em 17% não é significativo?! Para quem está há anos tentando engravidar, essa porcentagem é bastante significativa!)

Os investigadores concluíram que,

"Se a espessura endometrial prova ser responsável pelo resultado da Inseminação Intrauterina (IIU) ou outras Técnicas de Reprodução Assistida (TRA), a administração de vitamina D pode ser uma alternativa promissora para compensar e reverter os efeitos adversos de citrato de clomifeno (Clomid) sobre a espessura do endométrio."

O estudo foi limitado pelo seu pequeno tamanho da amostra. Os pesquisadores podem um estudo com uma amostra maior para melhor avaliar o efeito da vitamina D na gravidez obtida por meio de Inseminação Intrauterina (IIU).
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Pesquisa #3: O papel da vitamina D na disfunção reprodutiva em mulheres - uma revisão sistemática. (Original: The role of vitamin D in reproductive dysfunction in women - a systematic review.). Fonte: Dr Sérgio Cabral. Artigo original.

De acordo com Skowronska et al (2016) a SOP é a mais comum desordem endócrina causando infertilidade e afetando de 5% a 10% de mulheres em idade reprodutiva.
A sua causa exata ainda é desconhecida, mas a resistência insulínica ( a insulina não consegue exercer o seu papel e sobra no sangue) e a obesidade mostram-se atualmente associadas à SOP.
A vitamina D interfere na secreção de insulina. É por isso que é perfeitamente justificável o crescimento no número de estudos tentando pesquisar a associação entre SOP e vitamina D. Alguns estudos já mostram a associação de baixos níveis de vitamina D e resistência insulínica.
Como a baixa de vitamina D pode levar à resistência insulínica ? Algumas teorias tentam explicar isso:
👉 Teoria do efeito regulatório da vitamina D no nível de cálcio intra e extra-celular, que é essencial no processo intracelular da INSULINA.
👉 A vitamina D estimularia a expressão dos receptores da insulina, melhorando a resistência insulínica.
👉 A vitamina D estimula o sistema imune a combater a resistência insulínica.
Como vemos, a DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D ESTÁ ASSOCIADA À SOP. De acordo com Chula He et al (2015),em sua revisão sistemática, ainda não se sabe se esta deficiência de vitamina D é CAUSA de alterações metabólicas e endócrinas da SOP ou CONSEQUÊNCIA de alterações metabólicas e endócrinas da SOP, ou ambas situações.
Independente se a deficiência de vitamina D é causa ou consequência de alterações metabólicas e endócrinas da SOP ,não temos dúvidas de que os níveis deste hormônio devam ser monitorados e, se necessário , corrigidos sempre.

Referências bibliográficas:
1. Skowronska et al.The role of vitamin D in reproductive dysfunction in women - a systematic review. Ann Agric Environ Med. 2016.
2. Chunla He et al. Serum Vitamin D Levels and Polycystic Ovary syndrome: A Systematic Review and Meta-Analysis.Nutrients 2015, 7, 4555-4577; doi:10.3390/nu7064555

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Pesquisa #4: Vitamina D e a fertilidade feminina. (Original: Vitamin D and female fertility.). Fonte: Vitamin D CouncilArtigo original.

Além dos efeitos conhecidos da vitamina D na manutenção da homeostase do cálcio e da imagespromoção da mineralização óssea, existem algumas evidências que sugerem que a vitamina D também module processos reprodutivos humanos. Neste estudo, publicado este mês no Current Opinion in Obstetrics and Gynecology, pesquisadores da Áustria e da Alemanha revisaram os estudos mais interessantes e relevantes sobre a vitamina D e a fertilidade feminina, publicados ao longo do ano passado.

Segundo eles, vários estudos observacionais relataram um melhor resultado da fertilização in-vitro em mulheres com níveis suficientes de vitamina D (≥ 30 ng/ml), que foram atribuídos principalmente aos efeitos da vitamina D sobre o endométrio. Um estudo controlado randomizado constatou um aumento da espessura endometrial em mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP) recebendo vitamina D durante os ciclos de inseminação intra-uterina.

Além disso, a suplementação de vitamina D teve um efeito benéfico sobre os lipídios séricos em mulheres com SOP. O tratamento da vitamina D melhorou a endometriose em ratos e o aumento da ingestão de vitamina D foi relacionado a uma diminuição do risco de endometriose incidente.

A vitamina D também foi associada positivamente com a dismenorréia primária, leiomioma uterino e a reserva ovariana em mulheres em idade reprodutiva final.

Os autores concluíram:

“Em mulheres submetidas a fertilização in vitro, um nível suficiente de vitamina D (≥ 30 ng/mL) deve ser obtido. A suplementação de vitamina D pode melhorar os parâmetros metabólicos em mulheres com SOP. A alta ingestão de vitamina D pode proteger contra a endometriose.”

A importância da vitamina D3 na gestação:

Segundo o Dr Cícero Coimba, qualquer tipo de encefalite (viral ou não) pode ser asseguradamente combatida com a manutenção dos níveis de vitamina D3 da mãe e do bebê. A Vitamina D3 assegura o desenvolvimento seguro do bebê, evita infertilidade, aborto de repetição, hipertensão no final da gestação (eclâmpsia e pré-eclampsia), evita o nascimento de crianças com autismo, e, além disso, tomar pelo menos 10.000UI tem assegurado que crianças nasçam com uma incrível habilidade psico-motora, ou seja, crianças super-dotadas.
Poderíamos revolucionar o ensino no brasil e garantir o desenvolvimento saudável de bebês e crianças, se todas as gestantes tomassem 10.000UI de vitamina D3 ao longo de toda a gestação. (dr. Cícero Galli Coimbra)
A vitamina D3 induz a produção de catelicidinas e beta-defensinas que destroem vírus, bactérias, fungos e parasitas que tentam adentrar a placenta afetando diretamente o desenvolvimento do bebê, mas que também são promotoras de defesas para a saúde de cada ser humano.

A dosagem de 10.000UI por dia é uma dose ABSOLUTAMENTE SEGURA para qualquer pessoa e deve ser um suplemento básico na atualidade devido à baixa exposição das pessoas aos raios solares em períodos críticos do dia no qual a produção dessa vitamina na pele é otimizada.

Gestantes e pessoas em geral devem obrigatoriamente tomar 10.000UI de vitamina D3 por dia. Os níveis séricos desejados no sangue de vitamina D3 são acima de 50 ng/ml e valores ótimos acima de 70 ng/ml. Isso garante inúmeros benefícios, assegura o bom desenvolvimento de bebês e a proteção contra o zika vírus e inúmeros riscos da gravidez. Teu médico disse que tua vitamina D3 de 30 ng/ml está suficiente? Ele muito provavelmente está desatualizado.


Dr. Cícero Galli Coimbra
Médico graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1979), possui título de especialista em medicina interna (1981) e neurologia (1983) pela mesma instituição, e em neurologia pediátrica (1985) pelo Jackson Memorial Hospital da Universidade de Miami, EUA. Obteve o título de mestre (1988) e doutor (1991) em Neurologia pela Universidade Federal de São Paulo e pós-doutorado (1993) pela Universidade de Lund, Suécia. Atualmente é Professor Livre Docente do Departamento de Neurologia e Neurocirurgia da Universidade Federal de São Paulo, onde dirige o Laboratório de Fisiopatologia Clínica e Experimental. Atua na área de Medicina (Neurologia e Clínica Médica), com ênfase em doenças neurodegenerativas e auto-imunitárias. (Fonte: Currículo Lattes)

10 comentários:

  1. Parabéns pela pesquisa! Adorei seu site, pois tudo que fala é com base em pesquisa de artigos confiáveis, além de compartilhar conosco os links originais. Eu tenho uma deficiência na minha fase lútea, estou tentando engravidar há quase 1 ano e neste meio tempo tive um aborto. Obrigada por compartilhar conosco suas experiências! Continuarei acompanhando...

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    1. Olá, tudo bem? Obrigada pelo comentário, me deixou feliz! =)
      Eu também tenho fase lútea deficiente, embora não seja tentante ainda, pelo fato de medir minha temperatura há 2 anos, venho acompanhando minha fase lútea. Raramente passou de 12 dias. Agora está em 10 dias.
      Já tomei Vitex, mas parece não ter adiantado muito, talvez pelo fato de ter tomado uma dosagem baixa.
      Estou estudando para fazer um post mais completo sobre decifiência na fase lútea e suplementação.
      Fica de olho! =)
      Abraço.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Boa noite! Eu comprei 2 frascos de 5000 UI sem k2 porque me disseram que nessa unidade não precisava da K2. Agora estou com medo de calcificação nas partes moles do corpo. O que vc acha? 5000UI precisa da K2? Uma Senhora me disse hoje em um grupo que acima de 2000 precisaria, agora fiquei confusa

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    1. Vania, pode tomar tranquilamente. Geralmente só se recomenda colocar a K2 a partir de 10.000UI.
      Se quiser, manipule na farmácia de manipulação a vitamina K2 separada.
      Também dá para manipular ambas juntas na farmácia de manipulação. Eu faço isso, pra mim é a opção mais econômica!
      Só não deixe de tomar a vitamina D3.
      Beijos.

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  5. Oi Anne, eu estou deficiente de vitamina D e minha médica me receitou 50.000 UI semanal (1x por semana).

    No outro dia minha temperatura basal também aumentou (mas eu tive o muco clara de ovo bem evidente dias antes, então pode ser mesmo da ovulação).

    A médica me receitou tomar essa dosagem de 50.000 UI semanal por 2 meses e depois ir para 7000 UI semanal sem parar, até última ordem.

    Ela não me receitou suplementação de K2! Qual dosagem de K2 devo tomar?

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  6. Oi estou aqui estudando a vitamina d amei sua pesquisa até já falei com vc em outro canal queria dar para meus filhos de 15 e 11 anos qual co juro de vitaminas vc me recomendaria manipular junto com a vitamina d pra poder dar a eles ??

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  7. Maravilhoso, amo dro Cícero Coimbra, parabéns pela pesquisa

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