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segunda-feira, 18 de maio de 2020

Relato de positivo - Rapha

Oi gente linda do meu tuntum.

Quase tive um troço quando percebi que nunca havia postado o relato da Rapha! =O
Choquei, gente. Simplesmente passou despercebido. E prometi a mim mesma que seria uma prioridade essa semana. Então lá vamos nós. É com emoção que vocês querem, né? 

Porque se for pra ser relato sem emoção, eu nem posto kkkkk.

Rapha minha linda, minha amiga, admin, colega, parceira! Abraçou a missão de moderar os grupos e faz isso lindamente.

Esse relato não fala "só" sobre engravidar. Fala sobre se reconciliar com Deus e encontrar a paz. A benção que vem no decurso dessa amizade sincera, não é só um filho. O filho é a cereja do bolo, é a prova do amor de Deus. A gente disfruta inúmeras bençãos e tem uma vida plena que enriquece a outros, não apenas a nós mesmos.

A Rapha engravidou antes de fazer a cirurgia de endometriose. Vejam que incrível este relato.


Eu não consigo começar esse relato sem citar minha ligação com Deus, em quantas mudanças eu sofri ao longo dos anos.
Sempre tivemos uma ligação boa, conversas, orações... em 2010 tudo começou a mudar. 
Aconteceram coisas na minha jornada que eu não entendia, me questionava, e questionava a Deus o porque daquilo comigo. Logo eu tão amiga dele, sempre andando pelos caminhos certos, falando sobre ele. Eu me revoltei, comecei a culpá-lo, comecei a odia-lo (uma palavra muito forte, mas era meu sentimento na época). Por algum motivo eu achava que ele não me amava, e que tinha se esquecido de mim. Os anos foram passando e eu simplesmente ignorava a existência dele, fui ficando pior e cada dia mais doente. Desisti de mim e da minha vida por 3 vezes. E em todos esses momentos ele esteve lá comigo, não me deixou desistir, não deixou que minha vida fosse embora. Eu ainda não enxergava, mas sei que ele estava lá, me carregando o tempo todo. 
Em agosto de 2015, parei o AC, após muita pesquisa sobre aumento de incidência de trombose e etc, eu resolvi que iria me prevenir de uma outra forma. E foi lá que conheci o método sintotermal, passei a conhecer meu corpo de uma maneira bem mais íntima. 
Em abril de 2016, meu marido e eu fomos morar juntos e combinamos de aguardar um pouco para ter filhos. Fomos pegando filhos de patinhas, e vendo como nos adaptávamos as mudanças do relacionamento, de rotina e tudo mais. Minha ligação com Deus foi modificando, ao longo do ano de 2017, eu fui fazendo varios tratamentos para depressão e ansiedade, terapias ao longo dos anos, e fui me abrindo novamente ao mundo. Fiz as pazes com Deus, agradeci imensamente por ele não ter me deixado tirar minha vida, por ter encaminhado pessoas para estarem ao meu redor me amparando, me segurando. 
Enquanto eu não podia andar, ele me carregou no colo. 
No final do ano de 2017, conversamos sobre começar às tentativas e quando janeiro de 2018 chegou, minha busca por médicos começou. Passei em um, não me senti satisfeita. Em fevereiro de 2018 encontrei o blog e o grupo ♥! Um novo mundo se abriu pra mim, entrei no G1 (grupo de tentantes) e logo fui devorando todo conteúdo, me interessando cada vez mais, buscando outros médicos, me suplementando com Sophia Plus e marido com Thor, cada mês eu ia incluindo novas coisas, conforme ia lendo, e analisando o que seria melhor para nós. 
Primeiro descobri uma deficiência em vitamina D (estava em 24), que se não fosse pelas informações do blog, do grupo, eu acharia que estava ótima. Depois em abril veio um diagnóstico pro marido, de astenozoospermia (motilidade em 11%), e morfologia de Kruger em 2%. Pensei “nossa ferrou, agora só por FIV”. Comecei a me aprofundar mais e mais no universo masculino e nas vitaminas e necessidades pros homens, marido já estava tomando Thor, ômega 3 e cloreto de magnésio. Ainda em abril, fui convidada a participar do G2 (tbm grupo de tentantes, porém mais avançado) e continuar ajudando no G1 como moderadora. Fiz uma histerossalpingografia, e por ela a Carol Dias e Isadora, ambas admins, me alertaram sobre endometriose, para investigar, pois meu útero estava lateralizado pra direita. 
Confesso que fiquei super abalada, passei alguns dias de “luto”, perguntando a Deus se ele achava que eu aguentava esse diagnóstico. A resposta dele foi bem óbvia, ele secou minhas lágrimas, me abriu os caminhos para médicos maravilhosos. Foi quando conheci Dr. Tomyo em maio, fiz uma US com preparo intestinal, e também exame de toque na consulta dele. Tudo indicava para endometriose na ligação direita do úterossacro, que foi confirmada pela US com preparo. Naquele momento eu não chorei, não cai, não fiquei triste. Agradeci pela oportunidade de poder me tratar, de poder me consultar com um excelente médico. 
Eu tinha dor na relação com profundidade, mas não foi sempre que tive essa dor, ela começou em 2015, mas eu achava que era por outros motivos. Também em 2015 após parar o AC tive sangramento retal contínuo e depois passou a ser cíclico (somente na M e na ovulação). Meu fluxo menstrual sempre foi pouco, durava cerca de 2-3 dias, e minhas cólicas sempre foram leves, passando com algum remedinho, ou até bolsa d’água quente. 
Dr. Tomyo me deixou a vontade para decidir quando e se eu gostaria de operar. Decidi por esperar um pouco mais, pois queria melhorar o espermograma do meu marido um pouco, e depois partir para vídeo. Meu marido fez uma fragmentação do DNA espermático para analisarmos melhor a questão da morfologia, e graças a Deus deu baixa, o que alegrou meu coração. 
Deus não parou por aí, ele continuou abrindo os caminhos, me mostrando que ele não iria me deixar desamparada de forma alguma. Em junho consegui um encaixe milagroso com o Dr Domingos Mantelli. Lá ele constatou que eu estava com deficiência de progesterona e marido com testosterona bem lá embaixo, pediu o restante de exames de trombofilia e marcamos um retorno pra 30 dias, que caiu no final de julho. 
Cheguei lá com mais um diagnóstico, trombofilia! MTHFR a1298c em homozigose.
Na clínica dele eu tomei uma injeção de 650.000ui de vitD, sai com uma fórmula de vitaminas extensa, gel lubrificante pra ajudar na motilidade dos peixinhos, uma pomada pra tratamento de candidíase, progesterona transdérmica pra aplicar na fase lútea e pro marido gel de testosterona transdérmica e fórmula de vitaminas.
Quando cheguei no Domingos, já cheguei falando em videolaparoscopia, e depois FIV e ele né freou e disse "Calma mulher. Confia em mim, me dá 6 meses para ajeitar esse aquário aí. Você vai ver só como vai engravidar naturalmente" eu praticamente debochei dele 🙈 pensei "esse rapaz tá doido" 😝. 
E fui seguindo minha vida, tomando minhas vitaminas, fazendo meu método sintotermal, namorando, vivendo.
Todas as noites converso com Deus. Tinha lido que devemos agradecer também pelas coisas que desejamos que cheguem em nossa vida, que o universo trabalha com energias que emanamos pra ele. Então toda noite eu repetia um mantra “Obrigada Deus pela minha gestação, obrigada, obrigada e obrigada”. 
Desde abril comecei a Low Carb, mas dava vaaaariaaaas escorregadas. 🙈😁😁
Em setembro decidi focar direitinho, precisava perder peso, e ficar mais saudável também.
E posso dizer que foi uma diferença ENORME, além da perda de peso, tudo começou a mudar, meu gráfico, meu corpo, minha pele, disposição. 
Tinha retorno com Dr. Domingos em 30/10, e já estava me preparando para pedir mais exames 😁. No começo de outubro resolvi que iria fazer a videolaparoscopia em janeiro com dr. Tomyo, mandei mensagem, conversamos melhor e deixamos agendado para começo de janeiro. Meu marido ia repetir o espermograma no começo de novembro, e eu estaria viajando. Dezembro ficaria corrido por conta de Natal e ano novo, então janeiro era a melhor opção pra que eu operasse. 
Dobrava meus joelhos ao chão e implorava “pai, eu to com medo dessa cirurgia. Mas tenho que confiar em ti. Se esse for o caminho, assim será”. 
Mal sabia eu que já estava com meu milagre dentro de mim.
Outubro foi um mês super tranquilo, meu marido pegou férias, e eu já estava confirmada com ter que fazer a video, seguimos com o plano, alimentação anti inflamatória e antioxidante, toda suplementação nessa base também. Meu marido também aceitou mudar a alimentação, e parar com o café (ele tomava em excesso). Outubro é o mês do meu aniversário, eu estava feliz, tranquila, estável, e relaxada. Me preparando pra viajar com minha mãe para Espanha e Portugal e ficar um mês todo sem tentativas, longe do marido e dos meus bebês de patinhas. 
No meu aniversário eu estava na Fase Lútea, minha mãe veio me ver e comentou “nossa filha como seu quadril está largo” 🙈 eita mamãe hahaha, eu tava no meio da FL, e nem suspeitava de NADA! Minha FL durava 12-13 dias, e lá pro 10DPO eu já tinha sangramento retal, meu corpo se preparava para a M chegar, no mesmo DPO também, minhas temperaturas já começavam a cair, já iam abaixando, até o dia da M chegar. Pois eis que nesse 10DPO minha TB se manteve e no 11DPO ela subiu!!! 
As meninas já começaram a ficar 👀, falando que tinha bebê por ali. E eu super descrente, não sentia nada. Achei que era apenas meu corpo ficando melhor a cada ciclo, com toda suplementação e progesterona.
Meu marido afirmava todo dia “você tá grávida amor” e eu falava “não estou”. Em oração pela noite continuei meu mantra “Obrigada Deus pela minha gestação, obrigada, obrigada e obrigada”.
Eu confesso que não tinha NADA em mim que acreditava em uma gravidez de forma natural sem a cirurgia.
Mas quem manda é Deus, só ele sabe dos planos dele! No 13DPO a temperatura estava lá em cima ainda, sem sangramento retal, sem sintomas de nada, nem de M e nem de gravidez, me sugeriram fazer um beta. 
Em toda minha vida de tentante, não fiz nenhum TG, e eu banana acordei e segui minha vida, não fiz o TG, mas acordei meu marido que estava de férias, e falei, bora lá fazer um beta.
Ah minha gente, a maior espera da minha vida até o momento foi aguardar até as 14h da tarde pra um exame de sangue sair.
Quando deu o horário entrei no site e fiquei atualizando de segundos em segundos a página e nada! 🤣 o teste pra cardíaco kkk
Umas 14:30 saiu o resultado e lá estava meu beta quantitativo em 188,6 😱 no 13DPO e sem TG feito. Eu corri pro meu marido, gritando super feliz e falando “meu Deus, amor. Eu to grávida! Eu to gravida” 
Ajoelhamos e agradecemos muito a Deus, foi muito emocionante e gratificante.
Liguei correndo pra minha mãe 🙈🤣, contando a novidade. Ela que torceu tanto, me segurou em varios momentos nesses meses de tentante, vibrou e ficou muito feliz pela nova notícia. 
Corri fazer xixi no palito kkk só pra ver a graça de um TG dar positivo.
Quando a gente puxa as orelhinhas aqui sobre sintomas, é verdade! Nos ciclos anteriores eu tinha enjoo, dor de cabeça, tinha de tudo. E no do positivo, eu não senti nada! Não se apeguem a sintomas. Sigam o método sintotermal e tranquilizem seus corações. 
Sou muito grata a Deus, ao grupo e blog, meu marido e minha família que estiveram ao meu lado o tempo todo ♥
Não desistam meninas, a suplementação e alimentação é o caminho. Entreguem suas vidas na mão de Deus, ele opera milagres.
Não deixem de investigar nada, mesmo que sem sintomas. Eu nunca esperava ter endometriose e trombofilia, e meu marido jamais imaginava que o espermograma dele daria tão ruinzinho. 
Sei que as condições financeira às vezes atrapalham, mas façam com calma, aos poucos, parcelem em 10x se puderem, eu vou pagar exames até meu filho nascer 🤣 mas faz parte.
Se planejem, se unam com seus maridos, se acertem. O lar precisa estar em paz, para que um bebê venha tranquilo, e tenha um lar harmonioso. 
Eu venci a endometriose 💪🏼 não deixem os diagnósticos dominarem vcs! Sejam enormemente abençoadas meninas.
Logo logo o milagre de vocês estará em seu ventre. Deus é bom o tempo todo, mesmo que não compreendamos seus planos.
Dia 22/10/18 mudou toda minha vida.

Protocolo no ciclo do positivo:
(Tenho endometriose)

EM JEJUM
- 50mL de leite de sucuba/ Janaúba (1DC até ovulação)

MANHÃ
- 1 cápsula de Uxi amarelo e Unha de gato 500mg (1DC até ovulação)
- 1 cápsula de óleo de prímula 500mg (1DC até ovulação)

TARDE
- 1 cápsula de Uxi amarelo e Unha de gato 500mg (1DC até ovulação)
- 1 cápsula de óleo de prímula 500mg (1DC até ovulação)
-  1 cápsula de Ômega3 da Vitafor - mega DHA (ciclo todo, após o almoço)
- Fórmula de vitaminas Dr. Domingos (ciclo todo, após o almoço)
- Resveratrol 30mg + Pinus Pinaster 100mg (manipulado juntos, ciclo todo)
- 1 cápsula de cúrcuma 450mg (ciclo todo)

NOITE
- todas as noites chá de camomila pra ajudar a dormir
- 100mg de natoquinase (sou trombofilica e tenho indicação para tal, não utilize se não for trombofilica).

FASE LUTEA
- 1 pump de Progesterona bioidêntica (16DC até 26DC)

NA RELAÇÃO
- óleo de coco como lubrificante
- lubrificante em gel que Dr. Domingos passou (preferência pelo óleo de coco)
-
ALIMENTAÇÃO
LowCarb restrita, sem fugir nenhum dia, nem na FL.

Protocolo do marido:

- Fórmula do Dr. Domingos
- 500mg de tribulus terrestris
- 500mg de maca peruana
- Ômega3 da Vitafor
- 1 pump de testosterona transdermica toda noite
- Parou totalmente o café e mudou alimentação
Gráfico de temperatura basal da Rapha.

Palavras chave: relato, positivo, gravidez, vitaminas, trombofilia, MTHFR a1298c homozigoto, endometriose, progesterona bioidêntica transdérmica, testosterona bioidêntica transdérmica, maca peruana, tribulus terrestris.



quarta-feira, 13 de maio de 2020

Estudos científicos que correlacionam o polimorfismo MTHFR com perdas gestacionais recorrentes e/ou anomalias fetais

Olá, queridas.
O óbito neonatal de uma colega me instigou a pesquisar mais sobre evidências científicas que correlacionem MTHFR e perdas gestacionais recorrentes.

Muitos profissionais de saúde são resistentes em anticoagular, mesmos com resultados de MTHFR positivos e diversas perdas gestacionais. Por que isso? Por que não olhar para os artigos que correlacionam os dois eventos e evitar mais sofrimento para essas mulheres? Por que olhar apenas o valor da homocisteína? Por que tanta resistência em acompanhar de perto com ultrassom com doppler obstétrico para verificação das artérias em gestações com risco de insuficiência placentária?

Uma discussão recorrente nos grupos de tentantes é se X médico considera ou não a mutação MTHFR e a possibilidade de anticoagular nas tentativas e/ou gravidez. Acompanho diariamente o sofrimento dessas mulheres e é frequente entrarem nos grupos tentantes com diversas perdas gestacionais.

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Artigo
Revista: Reproductive Sciences
Doi: 10.1177/1933719116682874
Título Original: Association of Methylenetetrahydrofolate Reductase C677T and A1298C Gene Polymorphisms With Recurrent Pregnancy Loss in Syrian Women.
Tradução: Associação dos polimorfismos genéticos da metilenotetrahidrofolato redutase C677T e A1298C com perdas gestacionais recorrentes em mulheres sírias

Resumo: 
O polimorfismo C677T do gene metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) foi um fator de risco de perda gestacional recorrente (PGR), mas poucos estudos confirmaram um possível papel do polimorfismo MTHFR A1298C no risco de PGR. Este estudo foi realizado para determinar a influência dos polimorfismos do gene MTHFR em mulheres sírias com perdas gestacionais recorrentes. Foi realizado um estudo de controle de casos em 2 grupos (106 mulheres saudáveis e 100 com perdas gestacionais recorrentes). A frequência dos polimorfismos do gene MTHFR foi determinada pela reação em cadeia da polimerase com base no polimorfismo do gene do comprimento do fragmento de restrição. No grupo PGR, as frequências genótipos do MTHFR C677T foram CC (41%), CT (41%), e TT (18%), e no grupo de controlo, as frequências foram CC (62,2%), CT (36,7%), e TT (1%). A análise estatística mostrou que um genótipo homozigoto TT e um alelo T eram significativamente diferentes no grupo PGR ( P = .000003 e P = .000019, respectivamente). As frequências genótipos do MTHFR A1298C foram AA (53%), AC (44%), e CC (8%) no grupo PGR, enquanto no grupo de controle foram AA (61,3%), AC (37,8%), e CC (1%). Foi observada uma diferença significativa no genótipo CC e nas frequências alélicas C no grupo de mulheres com PGR ( P = .014 e P = .064, respectivamente). As pacientes com heterozigotos compostos (677 CT/1298AC) foram associadas a um aumento estimado de 4,86 vezes no risco de perda gestacional em comparação com indivíduos de tipo selvagem ( P = .012). Os nossos resultados indicam que as mulheres PGR com genótipo homozigoto para (C677T e A1298C), quer sozinhas, quer com genótipos heterozigóticos compostos, têm um risco elevado de perda gestacional em mulheres sírias.

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Estudo prospectivo de caso-controle, revisão sistemática e metanálise
Revista: Fertil Steril
Doi: 10.1016 / j.fertnstert.2012.12.027
Título Original: Association of maternal and fetal MTHFR A1298C polymorphism with the risk of pregnancy loss: a study of an Indian population and a meta-analysis
Tradução: Associação do polimorfismo MTHFR A1298C materno e fetal com o risco de perda gestacional: um estudo de uma população indiana e uma meta-análise

Resumo: 
Objetivo: Estudar a associação genética entre o polimorfismo A1298 da metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) e a perda gestacional recorrente (PGR). Projeto: Estudo prospectivo de caso-controle, revisão sistemática e metanálise usando banco de dados eletrônico até 27 de julho de 2012. Configuração: Meta-análise de quatro estudos sobre PGR e três estudos sobre embriões abortados espontaneamente, incluindo o presente estudo. Pacientes: Um total de 129 pacientes com PGR e 202 mulheres controle saudáveis ​​com gravidez bem-sucedida foram analisadas, incluindo 40 embriões abortados espontaneamente e 40 embriões abortados como amostras de controle. Para a meta-análise, foram incluídos 1.080 casos e 709 controles de PGR e 375 casos e 384 amostras de controle de embriões abortados espontaneamente. Intervenção: O sangue foi coletado por punções venosas periféricas e os embriões abortados espontaneamente foram coletados por curetagem ou aspiração manual a vácuo. A metanálise foi realizada com base na heterogeneidade dos estudos. Medidas principais: A genotipagem foi realizada por polimorfismo de reação em cadeia da polimerase (PCR) - restrição-fragmento-comprimento (RFLP). O sequenciamento de DNA foi utilizado para determinar os resultados de PCR-RFLP. As razões de chances ajustadas por idade foram calculadas por análise de regressão logística. Meta-análise sobre esse polimorfismo foi conduzida para apoiar nossos achados.
Resultados: Descobrimos que a presença do alelo raro "C" e genótipos heterozigotos e homozigotos raros aumentaram significativamente o risco de PGR. Não foi observada alteração significativa na frequência do genótipo fetal MTHFR A1298C, independentemente da integridade cromossômica. A meta-análise do polimorfismo A1298C em PGR e em embriões abortados espontaneamente mostrou risco significativamente aumentado nos portadores dos genótipos AC e CC.
Conclusão: Os dados do presente estudo sugerem claramente que o polimorfismo MTHFR A1298C é um fator de risco genético para perda de gravidez.

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Artigo
Revista: Geburtshilfe Frauenheilkd
Doi: 10.1055/a-0664-8237
Título Original: Methylenetetrahydrofolate Reductase Polymorphisms and Pregnancy Outcome
Tradução: Polimorfismos da metilenotetrahidrofolato redutase e desfecho da gravidez

Resumo:
Introdução: O objetivo do estudo foi avaliar o efeito dos polimorfismos da metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) no desfecho da gravidez.
Materiais e Métodos: Foram incluídas no estudo 617 gestações de mulheres investigadas quanto aos polimorfismos MTHFR C677T e A1298C antes da gravidez. Os casos foram classificados em “polimorfismos homozigotos” (Grupo I), “polimorfismos heterozigotos” (Grupo II) e pacientes sem polimorfismos que funcionavam como controles (Grupo III). Pacientes com polimorfismos foram designados para um protocolo específico pelo menos três meses antes de engravidar. A administração de heparina de baixo peso molecular (HBPM) foi iniciada muito cedo durante a gravidez. O Índice Obstétrico de Beksac (BOI) foi utilizado para estimar os níveis de risco obstétrico para os diferentes grupos.
Resultados: Descobrimos que a taxa de perda gestacional precoce (PGP) aumentou à medida que a complexidade do polimorfismo MTHFR aumentou e que a taxa inicial de PGP foi significativamente maior em pacientes com polimorfismo MTHFR C677T em comparação com pacientes com polimorfismo MTHFR A1298C (p = 0,039). Houve diferenças significativas entre as gestações anteriores das pacientes nos três grupos de estudo em termos de complicações perinatais e PGPs (p = 0,003 ep = 0,019). O BOI diminuiu à medida que a gravidade dos polimorfismos aumentou. Foi observada associação entre polimorfismos do MTHFR e malformações congênitas e anormalidades cromossômicas. Não foi possível demonstrar diferença estatisticamente significante entre os grupos de estudo quando os três grupos foram comparados em relação aos resultados da gravidez sob protocolos de manejo específicos.
Conclusão: Os polimorfismos da MTHFR são fatores de risco em potencial para desfechos adversos na gravidez.

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Estudo caso-controle
Revista: Sao Paulo Medical Journal
Doi: doi.org/10.1590/S1516-31802005000100004
Título Original: Associação entre anticorpo anticardiolipina e mutação C677T na metileno tetrahidrofolato redutase em mulheres com aborto espontâneo recorrente: um novo caminho na trombofilia?

Resumo: 
Contexto: O aborto espontâneo recorrente já foi associado a vários fatores etiológicos e à trombose materna. Fatores de trombofilia adquiridos e hereditários podem ser causas destes eventos. Objetivo: Avaliar a associação entre fatores de trombofilia e aborto espontâneo recorrente. Tipo de estudo: Caso-controle. Local: Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, Brasil. Métodos: Foram retirados 40 ml de sangue de 88 mulheres com aborto espontâneo recorrente do Ambulatório de Aborto Recorrente e 88 mulheres férteis do Ambulatório de Planejamento Familiar, pareadas por idade e raça, para pesquisar fatores de trombofilia adquiridos e hereditários. O anticorpo anticardiolipina (ACA), anticoagulante lúpico (LA) e a deficiência das proteínas C, S e antitrombina III foram pesquisados por ELISA (enzyme-linkek immunosorbent assay), dRVVT (dilute Russel Viper Venom Time, dRVVT) e métodos coagulométrico e cromogênico. O ácido desoxirribonucléico (DNA) foi amplificado pela técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR) para o estudo das mutações fator V de Leiden, G20210A no gene da protrombina e C677T no gene da enzima metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR).
Resultados: O ACA foi encontrado em 11 mulheres com aborto espontâneo recorrente e em uma mulher fértil [OR 12.4 (IC 95% 1.5 a 98.5)]. A mutação C677T heterozigota foi encontrada em 59 mulheres com aborto espontâneo recorrente e em 35 mulheres férteis [OR 3.1 (IC 95% 1.7 a 5.7)]. A presença concomitante do ACA e da mutação C677T heterozigota foi encontrada em oito mulheres com aborto espontâneo recorrente e em nenhuma mulher fértil (p < 0,01).
Discussão: O significado da associação entre a mutação heterozigota C677T no gene da MTHFR e o anticorpo anticardiolipina não está claro. Pode-se supor que um fator hereditário que, isolado, não predisporia fortemente um indivíduo à trombose poderia, em associação com um fator adquirido, deflagrar o processo e intensificar a expressão da trombose.
Conclusões: O anticorpo anticardiolipina e a mutação C677T heterozigota no gene da MTHFR apresentaram associação estatística com aborto espontâneo recorrente. A concomitância destas duas alterações é um novo achado no estudo de fatores trombogênicos em aborto espontâneo recorrente.

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Estudo retrospectivo
Revista: Fetal and Pediatric Pathology
Doi: doi.org/10.1080/15513815.2018.1461283
Título Original: Are congenital urinary tract abnormalities linked to maternal methylenetetrahydrofolate reductase polymorphisms in fetuses of intentionally terminated pregnancies with oligo- or anhydramnios ?
Tradução: As anomalias do trato urinário congênito estão relacionadas com os polimorfismos da MTHFR materno em fetos abortados com oligodrâmnios ou anidrâmnios?

Resumo
Objetivo: O objetivo foi avaliar fetos de gestações terminadas com oligodrâmnios ou anidrâmnios para investigar a associação entre os polimorfismos metilenotetra-hidrofolato redutase (MTHFR) materno e malformações do trato urinário fetal. Materiais e Métodos: Este estudo retrospectivo incluiu 16 gestações com oligodrâmnios ou anidrâmnios (com cariótipo fetal normal) que foram terminadas intencionalmente antes da 22ª semana gestacional. A autópsia fetal foi realizada em todos os casos. Avaliamos casos para presença de polimorfismos genéticos relacionados à via de metilação do DNA. Resultados: Demonstramos que existem anormalidades e distúrbios renais em 75% dos casos. Anomalias do sistema pulmonar e artéria umbilical única foram as anomalias associadas mais freqüentemente observadas. Polimorfismos com redução conhecida da atividade do MTHFR foram encontrados em 81,8% (9/11) dos casos. Associação entre anormalidades do sistema urinário e polimorfismos com redução conhecida da atividade do MTHFR foi observada em 88,8% (8/9) dos casos. Conclusão: Os médicos devem ter em mente que polimorfismos com redução conhecida da atividade do MTHFR podem estar associados com anormalidades do trato urinário e oligodrâmnios ou anidrâmnios.

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Metanálise
Revista: Journal of Genetics
Doi: doi.org/10.1080/15513815.2018.1461283
Título Original: Maternal MTHFR polymorphism (677 C–T) and risk of Down’s syndrome child: meta-analysis
Tradução: Polimorfismo MTHFR materno (677 C-T) e risco de síndrome de Down infantil: meta-análise

Resumo
O Metilenetetrahidrofolato redutase (MTHFR) é o gene mais importante que participa do metabolismo do folato. A presença de valina ao invés de alanina na posição 677 e níveis elevados de homocisteína causam hipometilação do DNA que, por sua vez favorece a não-disjunção. Neste estudo, realizamos uma meta-análise para estabelecer a ligação entre o polimorfismo materno mononucleotídeo e nascimento da criança com síndrome de Down. Um total de 37 estudos de caso-controle foram selecionados para análise incluindo o nosso próprio, no qual investigamos 110 casos e 111 mães controle. No total, o resultado da meta-análise mostrou risco significativo de síndrome de Down afetado pela presença de polimorfismo materno mononucleotídeo (MTHFR 677 C-T OR = 0,816, 95% CI = 0,741-0,900, P < 0,0001). Heterogeneidade de alta magnitude foi observada entre os estudos. O valor do qui-quadrado sugeriu uma associação altamente significativa entre o genótipo homozigoto mutante TT e o nascimento de criança com síndrome de Down (χ2 = 23,63, P = 0,000). Modelos genéticos sugerem que o alelo 'T' possui alto risco para síndrome de Down quer esteja presente na forma dominante (OR = 1,23, 95% CI = 1,13-1,34); codominante (OR = 1,17, 95% CI = 1,10-1,25) ou recessivo (OR = 1,21, 95% CI = 1,05-1,38). A análise dos 37 estudos em conjunto sugere que o MTHFR 677 C-T é um fator de risco importante para o nascimento de criança com síndrome de Down.


Siglas:
AR (abortamento de repetição) ou PGR (perda gestacional recorrente). É a perda gestacional por três ou mais vezes consecutivas, com menos de 20 semanas de gestação.

[Artigo em construção. Quem tiver artigos interessantes para serem indexados ao post, enviem nos comentários, por favor.]

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Relato de positivo - Emi

Oi meus amores, tudo bem?
Tava com saudades de publicar relato de positivo aqui.

O relato de hoje é maravilhosooooooooo!!! Primeiro porque é de admin querida, segundo porque fala sobre vitória!
Genteeee... quem gosta de ler um romance, vai se deliciar com cada linha!
A Emi tem o dom da escrita. Pra mim, esse relato foi uma narrativa deliciosa. Foi como ler um lindo romance, com todos os seus percalços, mas com um final feliz. ❤

Quantos diagnósticos! A Emi venceu cada um deles e carrega o mais puro amor no ventre. Diagnóstico não é destino! Repita isso, você que está afogada em meio à tantos diagnósticos.


“Senhor, que disseste “crescei e multiplicai-vos” dá-me a graça da maternidade, concede-me que este plano da criação se cumpra em mim. Amém.”

Não poderia iniciar esse relato, sem antes agradecer a minha mãe, por tudo, pelos conselhos, preocupação, orações, dedicação, ela ficava horas na internet procurando sobre (in)fertilidade, médicos e procedimentos, eu só não desisti, porque ela estava ao meu lado, o tempo todo! Minha eterna gratidão. 
Aos 35 anos me casei, conheci o significado de cumplicidade, amor e cuidados. Antes mesmo do casamento, resolvemos que eu pararia o AC (em dez/2013), meu fluxo era pouco, tinha a questão do hipotireoidismo e aquela sensação que não seria rápido engravidar, mas, nunca passou pela minha cabeça, que seria tão difícil. Bem, iniciei os exames básicos com meu ginecologista de rotina, ele me receitou clomid, sem US seriada é claro e eu fiz, acreditando que esse remedinho me engravidaria, triste ilusão! No retorno, ele me diagnosticou com ISCA e me encaminhou para um médico de reprodução, alegando que não tinha mais nada o que investigar em mim. Procurei outros ginecologistas, uns 3 e todos me disseram a mesma coisa: estava tudo bem com meus exames, era pura ansiedade e se eu não quisesse esperar, que procurasse um médico de reprodução. E foi o que eu fiz, porém, essa aceitação demorou mais 2 anos e meio. 
Em meados de mai/2016 procurei o Instituto Ideia Fértil, novamente exames ok, fizemos alguns tratamentos como: coito programado e inseminação artificial, todos os resultados negativos, a equipe que me acompanhada suspeitou de endometriose, nunca tinha ouvido falar, eu era totalmente assintomática, pela explicação da doutora, jamais eu teria essa doença, mas, como já tínhamos feito alguns tratamentos e muitos exames, vamos lá, bora fazer a videolaparoscopia, afinal era mais um exame, sem procurar muito, encontrei um médico pelo convênio e fui, operei em dez/2016, pronto, agora não tem mais nada me impedindo de engravidar, nessa altura do campeonato, eu já estava mais de um ano casada. 
Na menstruação seguinte, iniciamos a minha primeira fertilização in vitro, tive apenas 05 folículos captados, onde 03 se desenvolveram embriões, transferimos 02 em D3 a fresco e congelamos 1, também em D3. Mais uma vez negativo, entrei para a estatística, ok, chorei, desesperei, mas, não é hora de desistir, bora preparar o endométrio e transferir o guerreiro que estava congelado e mais uma vez, recebemos o beta negativo. Não era possível, estava tudo bem comigo, forninho limpinho, hormônios ok, o que deu errado desta vez? Nada, é normal as primeiras fertilizações serem negativas, tem que continuar, minha nossa não tinha mais estrutura para tudo aquilo, era demais pra mim, uma pressão psicológica, uma dor inexplicável, eu estava perdida não sabia o que fazer, a quem recorrer, foi quando resolvi mudar de clínica. Uma amiga, da minha irmã havia feito duas fertilizações com sucesso e resolvi procurar esse médico tão maravilhoso e competente. 
Na primeira consulta, meu marido já não gostou dele, porque ele disse que o espermograma não estava tão bom assim e que a solução para o nosso caso, era apenas fertilização mesmo, bem, bati o pé e disse que faria com ele, um senhor experiente, era tudo que precisávamos naquele momento, mais uma desilusão, esse médico me pediu apenas exames hormonais e iniciamos a minha segunda fertilização, de cara, fomos obrigados a interromper o ciclo, porque a medicação que ele me deu, não foi suficiente e tive apenas 03 folículos. 
No ciclo seguinte, iniciamos com uma dose maior e conseguimos captar 05 folículos, onde 04 se desenvolveram embriões, novamente transferimos 02 em D3 a fresco de classificação A e A e congelamos 02, também em D3 de classificação A e B. 11 dias se passaram e não sei como eu sobrevivi, fiz o beta que deu 35,6 mUi era positivo, eu estava grávida, tínhamos conseguido, em 48 horas refiz, e o beta deu 45,0 mUi, eu sem entender nada, liguei para o médico que me disse ao telefone: Pode parar a medicação, porque essa gravidez não vai evoluir, é uma Gravidez Química, oi? O que é isso? Pra mim, ou era negativo ou positivo e o meu beta tinha positivado, não entendia o que ele falava, a dor e a revolta tomou conta de mim e fui para o retorno dilacerada, ele me explicou do jeito dele e mais uma vez, eu ouvi que estava dentro das estatísticas, gritei, esperneei, não podia aceitar aquilo, ele me pediu para fazer um exame chamado MTHFR que deu homozigoto no c677t, ele disse que não era esse o motivo dos negativos, mas, quando engravidar, deveria usar anticoagulante. Isso tudo aconteceu em Dez/17. 
Voltei para casa sem chão e sem alma, mas, eu era forte e tinha que superar mais essa, porque eu ainda tinha mais uma esperança congelada, mas, dessa vez, eu faria tudo diferente, já que ele o médico, não queria me ajudar eu faria tudo sozinha e após voltar de férias coletivas, comecei a pesquisar na internet tudo sobre gravidez e fertilizações negativas, até que encontrei um Anjo, quer dizer, o Blog Projetando um Bebê, isso aconteceu em Fev/18, minha nossa quanta informação, fiquei por dias zonza, não entendia nada do que estava escrito, lia e relia várias vezes a mesma coisa, e a ficha começou a cair, quando fiz as fiv’s minha vitamina d estava em 28 e os médicos disseram estar ótimo, bem vamos adiante, fiz a provinha e cai no G2, se no blog tinha informação, no grupo do WhatsApp era uma enxurrada de conteúdo, a todo instante eu aprendia coisas novas, quando contei minha história, de cara a administradora Nara me disse, "Emi, vc tem trombofilia e precisa anticoagular", ai foi o start de tudo, voltei para estaca zero e comecei a pesquisar médicos que as meninas indicavam no grupo, comecei o método sintotermal e as vitaminas, tudo junto e misturado, quanto mais eu estudava, mais apaixonada eu ficava pelo grupo, quanta admiração, quanta organização, tinha tudo pronto ali, era só eu seguir, eu estava tão agradecida por Deus ter colocado aquele grupo de estudos na minha frente e rapidamente comecei as investigações, passei por alguns médicos e aos poucos fui conseguindo as guias para fazer os exames como relacionado no arquivo amigo e ai, vocês podem imaginar né, cada exame feito era um novo diagnóstico, mas, todos os dias, quando eu orava eu agradecia a Deus e no final eu sempre dizia: diagnóstico não é destino
E assim, eu descobri: hashimoto, Pai-1 heterozigoto, MTHFR c677t homozigoto, fan reagente, anticorpos alterados SAAF, células NK em 12% no sangue, crossmatch negativo e endometrite, onde a biopsia deu negativa, mas aos olhos do Dr. Ricardo (RDO) eu tinha endometrite e tinha que tratar, além do hipotireoidismo e a endometriose, que eu já sabia!  
Preciso dar uma pausa, para contar que em meados de out/2018 fui convidada pela Carol Dias, a ajudar no G0, nossa que emoção, que medo, e a primeira coisa que escrevi para ela foi: será que eu dou conta? E ela, toda linda, me disse, mas é claro que sim, e com muita gratidão, fui para o G0, era minha hora, de retribuir um pouquinho, tudo que elas haviam me ensinado. 
Bem voltando para minha história, vocês acreditam que numa conversa no grupo das administradoras, descobri que tive outra GQ (gravidez química)? Isso mesmo, outra, em mar/19 fui no Dr. Luba e ele me passou vários exames para fazer e junto um beta quantitativo, que fiz no meu 4DC e deu 2,1 mUi e eu nem me abalei, segui a vida, nesse dia, as meninas estavam falando sobre betas baixos e eu me lembrei desse meu, mandei no grupo junto com o gráfico e na hora, a Anne disse que eu tive uma GQ que o gráfico mostrava nitidamente e o beta havia dado baixo assim, porque eu havia feito após a menstruação, provavelmente se eu tivesse feito dias antes, teria dado bem maior, olha foi um dia bem intenso por aqui, vieram mais dúvidas, medos e questionamentos, mas, uma certeza, eu iria conseguir, estava faltando muito pouco. 
Então, em jul/19 resolvi tomar AC, seguir o protocolo de alguns médicos antes da tec, a fim de estagnar os focos da endometriose, e assim o fiz por 3 ciclos, em nov/19 refiz a RM, um dos endometriomas havia sumido, alguns focos havia melhorado e aparecido outros, em lugares diferentes, ok, peguei firme na dieta, nos antioxidantes, nas sessões de acupuntura e na auto-hemoterapia (meninas, façam, não tenham medo, AHT significa uma vida sem doenças e sem remédios) e bora tomar os antibióticos para tratar a endometrite, esse capítulo da minha vida, daria umas 50 páginas rs mas, vamos tentar encurtar rs. Aqui entra a Thais Mencia e a Gabi Mesquita, minha nossa, não tenho palavras para agradecer essas duas, elas foram os anjos que Deus me enviou naquele momento para me ajudar e orientar, muito obrigada meninas! Que Deus, retribua tudo que vocês fizeram por mim. 
E, em 17/02/20 terminamos os antibióticos, agora era só esperar a menstruação chegar e iniciar o preparo do endométrio e na semana seguinte, com o coração acelerado e a Fé invadindo minha alma, procurei o médico e iniciamos, foram dias preocupantes, afinal estava iniciando também a propagação do covid-19, senti muito medo, mas, eu tinha feito toda uma preparação, havia tomado o AC, os antibióticos, foram meses, não podia simplesmente adiar por um ou dois ciclos, eu voltaria lá em Jul/19, a idade batendo na porta, o ham baixo, ajoelhei e pedi a Deus que nos amparasse, cuidasse de nós neste momento e assim eu lhe entrego minhas vontades e minha gestação, que seja feita a sua vontade, pois, eu havia feito tudo que estava ao meu alcance, por mais medo que eu estivesse, não senti vontade de desistir, então, Deus na frente e em 16/03/20 fizemos a tec, 2 embriões congelados em D3, desde nov/17. Ahhh meninas, como explicar esse dia? Foi mágico, um momento tão tranquilo, e após a transferência, meu marido pegou na minha mão e disse: deu certo, dessa vez, foi diferente! 
E voltamos para casa, a felicidade tomou conta de mim, mas, tínhamos 11 dias adiante, dias difíceis, ora eu vivia a maternidade plena e após alguns instantes, o medo invadia minha alma, meu coração, se eu não soube dizer como sobrevivi aqueles 11 dias da segunda fiv, esses 11 dias atuais, também não saberei dizer, fui simplesmente vivendo e pedindo a Deus, que fizesse sua vontade e que me fizesse aceitar e não desistir, se o meu momento ainda não estivesse chegado, bem, lentamente os dias foram passando e além do sentimental, tinha a parte da medicação que também me preocupava, ai Deus mandou mais alguns anjos para me amparar e quero também agradecer publicamente a Edna, a Tatiane, Ana Cristina, Aline Cardozo e a Andreza, ahhh a Andreza, esse anjo acalmou meu coração em quase todos os dias, ela tinha certeza que havia dado certo e essa luz iluminava meus pensamentos, ela acendeu duas velinhas para meus filhos, como agradecer esse gesto de amor e compaixão? 
E o dia mais temido chegou, dia 27/03 era dia de fazer o beta, nesse dia eu estava vivendo sim a maternidade, e por um instante passou pela minha cabeça em não ir fazer o beta, pois, sem ele, eu continuaria vivendo aquele momento feliz e não queria que acabasse jamais, mas, minha sanidade me levou até o laboratório e a angústia se fez presente nas demais horas desse dia e por volta das 23 hs saiu o resultado mais lindo que eu já vi e vivi, um sentimento de amor e gratidão, de realização e merecimento, 140,8 mUi, comecei a gritar e chorar ao mesmo tempo e meu marido me perguntando se era positivo ou negativo e eu só conseguia pensar, eles estão aqui, Deus nos abençoou e levou para ele todo aquele sofrimento que nos acompanhava por mais de 6 anos e é com lágrimas nos olhos, mas, dessa vez de alegria, de muita alegria, que eu agradeço à todas as mulheres guerreiras, as que eu citei e as que estão presentes no G2. 
Muito obrigada, por todo carinho, preocupação, ensinamentos e orações, vocês fizeram a diferença na minha vida, aqui eu fui capaz de me redescobrir e me preparar para ser a melhor mãe que meu filho(a) pode ter e o meu conselho, é o mesmo que lemos aqui todos os dias. Diagnóstico não é destino! E essa frase, é meu testemunho. Deus está conosco sempre, por mais árduo que seja o caminho. Minha eterna gratidão a Anne, pelo belo trabalho que fez e faz todos os dias, se doa por puro amor, sua missão não é fácil, mas, Deus a tem acolhido com muitas mulheres-maravilhas! 
Hoje estamos com 9 semanas, de muito amor e cumplicidade, meu guerreirinho(a), está aqui crescendo firme e forte, com a benção de Deus. 

Meu protocolo: 
AAS
Clexane
Meticorten
Vitaminas
Probiótico intestinal
Probiótico vaginal (oral)
Probiótico vaginal (creme)
Adesivos de Estradot
Smoflipid
Escalda-pés
Chá de erva doce
Physalis
Abacaxi
Acupuntura
Utrogestan
Duphaston
Progesterona transdérmica
Palavras chave: relato, positivo, gravidez, FIV, TEC, clexane, AAS, Smoflipid, probióticos, vitaminas, tireoidite de hashimoto, Pai-1 heterozigoto, MTHFR c677t homozigoto, fan reagente, anticorpos alterados, SAAF, células NK, crossmatch negativo, endometriose, endometrite.