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sexta-feira, 8 de maio de 2020

Relato de positivo - Emi

Oi meus amores, tudo bem?
Tava com saudades de publicar relato de positivo aqui.

O relato de hoje é maravilhosooooooooo!!! Primeiro porque é de admin querida, segundo porque fala sobre vitória!
Genteeee... quem gosta de ler um romance, vai se deliciar com cada linha!
A Emi tem o dom da escrita. Pra mim, esse relato foi uma narrativa deliciosa. Foi como ler um lindo romance, com todos os seus percalços, mas com um final feliz. ❤

Quantos diagnósticos! A Emi venceu cada um deles e carrega o mais puro amor no ventre. Diagnóstico não é destino! Repita isso, você que está afogada em meio à tantos diagnósticos.


“Senhor, que disseste “crescei e multiplicai-vos” dá-me a graça da maternidade, concede-me que este plano da criação se cumpra em mim. Amém.”

Não poderia iniciar esse relato, sem antes agradecer a minha mãe, por tudo, pelos conselhos, preocupação, orações, dedicação, ela ficava horas na internet procurando sobre (in)fertilidade, médicos e procedimentos, eu só não desisti, porque ela estava ao meu lado, o tempo todo! Minha eterna gratidão. 
Aos 35 anos me casei, conheci o significado de cumplicidade, amor e cuidados. Antes mesmo do casamento, resolvemos que eu pararia o AC (em dez/2013), meu fluxo era pouco, tinha a questão do hipotireoidismo e aquela sensação que não seria rápido engravidar, mas, nunca passou pela minha cabeça, que seria tão difícil. Bem, iniciei os exames básicos com meu ginecologista de rotina, ele me receitou clomid, sem US seriada é claro e eu fiz, acreditando que esse remedinho me engravidaria, triste ilusão! No retorno, ele me diagnosticou com ISCA e me encaminhou para um médico de reprodução, alegando que não tinha mais nada o que investigar em mim. Procurei outros ginecologistas, uns 3 e todos me disseram a mesma coisa: estava tudo bem com meus exames, era pura ansiedade e se eu não quisesse esperar, que procurasse um médico de reprodução. E foi o que eu fiz, porém, essa aceitação demorou mais 2 anos e meio. 
Em meados de mai/2016 procurei o Instituto Ideia Fértil, novamente exames ok, fizemos alguns tratamentos como: coito programado e inseminação artificial, todos os resultados negativos, a equipe que me acompanhada suspeitou de endometriose, nunca tinha ouvido falar, eu era totalmente assintomática, pela explicação da doutora, jamais eu teria essa doença, mas, como já tínhamos feito alguns tratamentos e muitos exames, vamos lá, bora fazer a videolaparoscopia, afinal era mais um exame, sem procurar muito, encontrei um médico pelo convênio e fui, operei em dez/2016, pronto, agora não tem mais nada me impedindo de engravidar, nessa altura do campeonato, eu já estava mais de um ano casada. 
Na menstruação seguinte, iniciamos a minha primeira fertilização in vitro, tive apenas 05 folículos captados, onde 03 se desenvolveram embriões, transferimos 02 em D3 a fresco e congelamos 1, também em D3. Mais uma vez negativo, entrei para a estatística, ok, chorei, desesperei, mas, não é hora de desistir, bora preparar o endométrio e transferir o guerreiro que estava congelado e mais uma vez, recebemos o beta negativo. Não era possível, estava tudo bem comigo, forninho limpinho, hormônios ok, o que deu errado desta vez? Nada, é normal as primeiras fertilizações serem negativas, tem que continuar, minha nossa não tinha mais estrutura para tudo aquilo, era demais pra mim, uma pressão psicológica, uma dor inexplicável, eu estava perdida não sabia o que fazer, a quem recorrer, foi quando resolvi mudar de clínica. Uma amiga, da minha irmã havia feito duas fertilizações com sucesso e resolvi procurar esse médico tão maravilhoso e competente. 
Na primeira consulta, meu marido já não gostou dele, porque ele disse que o espermograma não estava tão bom assim e que a solução para o nosso caso, era apenas fertilização mesmo, bem, bati o pé e disse que faria com ele, um senhor experiente, era tudo que precisávamos naquele momento, mais uma desilusão, esse médico me pediu apenas exames hormonais e iniciamos a minha segunda fertilização, de cara, fomos obrigados a interromper o ciclo, porque a medicação que ele me deu, não foi suficiente e tive apenas 03 folículos. 
No ciclo seguinte, iniciamos com uma dose maior e conseguimos captar 05 folículos, onde 04 se desenvolveram embriões, novamente transferimos 02 em D3 a fresco de classificação A e A e congelamos 02, também em D3 de classificação A e B. 11 dias se passaram e não sei como eu sobrevivi, fiz o beta que deu 35,6 mUi era positivo, eu estava grávida, tínhamos conseguido, em 48 horas refiz, e o beta deu 45,0 mUi, eu sem entender nada, liguei para o médico que me disse ao telefone: Pode parar a medicação, porque essa gravidez não vai evoluir, é uma Gravidez Química, oi? O que é isso? Pra mim, ou era negativo ou positivo e o meu beta tinha positivado, não entendia o que ele falava, a dor e a revolta tomou conta de mim e fui para o retorno dilacerada, ele me explicou do jeito dele e mais uma vez, eu ouvi que estava dentro das estatísticas, gritei, esperneei, não podia aceitar aquilo, ele me pediu para fazer um exame chamado MTHFR que deu homozigoto no c677t, ele disse que não era esse o motivo dos negativos, mas, quando engravidar, deveria usar anticoagulante. Isso tudo aconteceu em Dez/17. 
Voltei para casa sem chão e sem alma, mas, eu era forte e tinha que superar mais essa, porque eu ainda tinha mais uma esperança congelada, mas, dessa vez, eu faria tudo diferente, já que ele o médico, não queria me ajudar eu faria tudo sozinha e após voltar de férias coletivas, comecei a pesquisar na internet tudo sobre gravidez e fertilizações negativas, até que encontrei um Anjo, quer dizer, o Blog Projetando um Bebê, isso aconteceu em Fev/18, minha nossa quanta informação, fiquei por dias zonza, não entendia nada do que estava escrito, lia e relia várias vezes a mesma coisa, e a ficha começou a cair, quando fiz as fiv’s minha vitamina d estava em 28 e os médicos disseram estar ótimo, bem vamos adiante, fiz a provinha e cai no G2, se no blog tinha informação, no grupo do WhatsApp era uma enxurrada de conteúdo, a todo instante eu aprendia coisas novas, quando contei minha história, de cara a administradora Nara me disse, "Emi, vc tem trombofilia e precisa anticoagular", ai foi o start de tudo, voltei para estaca zero e comecei a pesquisar médicos que as meninas indicavam no grupo, comecei o método sintotermal e as vitaminas, tudo junto e misturado, quanto mais eu estudava, mais apaixonada eu ficava pelo grupo, quanta admiração, quanta organização, tinha tudo pronto ali, era só eu seguir, eu estava tão agradecida por Deus ter colocado aquele grupo de estudos na minha frente e rapidamente comecei as investigações, passei por alguns médicos e aos poucos fui conseguindo as guias para fazer os exames como relacionado no arquivo amigo e ai, vocês podem imaginar né, cada exame feito era um novo diagnóstico, mas, todos os dias, quando eu orava eu agradecia a Deus e no final eu sempre dizia: diagnóstico não é destino
E assim, eu descobri: hashimoto, Pai-1 heterozigoto, MTHFR c677t homozigoto, fan reagente, anticorpos alterados SAAF, células NK em 12% no sangue, crossmatch negativo e endometrite, onde a biopsia deu negativa, mas aos olhos do Dr. Ricardo (RDO) eu tinha endometrite e tinha que tratar, além do hipotireoidismo e a endometriose, que eu já sabia!  
Preciso dar uma pausa, para contar que em meados de out/2018 fui convidada pela Carol Dias, a ajudar no G0, nossa que emoção, que medo, e a primeira coisa que escrevi para ela foi: será que eu dou conta? E ela, toda linda, me disse, mas é claro que sim, e com muita gratidão, fui para o G0, era minha hora, de retribuir um pouquinho, tudo que elas haviam me ensinado. 
Bem voltando para minha história, vocês acreditam que numa conversa no grupo das administradoras, descobri que tive outra GQ (gravidez química)? Isso mesmo, outra, em mar/19 fui no Dr. Luba e ele me passou vários exames para fazer e junto um beta quantitativo, que fiz no meu 4DC e deu 2,1 mUi e eu nem me abalei, segui a vida, nesse dia, as meninas estavam falando sobre betas baixos e eu me lembrei desse meu, mandei no grupo junto com o gráfico e na hora, a Anne disse que eu tive uma GQ que o gráfico mostrava nitidamente e o beta havia dado baixo assim, porque eu havia feito após a menstruação, provavelmente se eu tivesse feito dias antes, teria dado bem maior, olha foi um dia bem intenso por aqui, vieram mais dúvidas, medos e questionamentos, mas, uma certeza, eu iria conseguir, estava faltando muito pouco. 
Então, em jul/19 resolvi tomar AC, seguir o protocolo de alguns médicos antes da tec, a fim de estagnar os focos da endometriose, e assim o fiz por 3 ciclos, em nov/19 refiz a RM, um dos endometriomas havia sumido, alguns focos havia melhorado e aparecido outros, em lugares diferentes, ok, peguei firme na dieta, nos antioxidantes, nas sessões de acupuntura e na auto-hemoterapia (meninas, façam, não tenham medo, AHT significa uma vida sem doenças e sem remédios) e bora tomar os antibióticos para tratar a endometrite, esse capítulo da minha vida, daria umas 50 páginas rs mas, vamos tentar encurtar rs. Aqui entra a Thais Mencia e a Gabi Mesquita, minha nossa, não tenho palavras para agradecer essas duas, elas foram os anjos que Deus me enviou naquele momento para me ajudar e orientar, muito obrigada meninas! Que Deus, retribua tudo que vocês fizeram por mim. 
E, em 17/02/20 terminamos os antibióticos, agora era só esperar a menstruação chegar e iniciar o preparo do endométrio e na semana seguinte, com o coração acelerado e a Fé invadindo minha alma, procurei o médico e iniciamos, foram dias preocupantes, afinal estava iniciando também a propagação do covid-19, senti muito medo, mas, eu tinha feito toda uma preparação, havia tomado o AC, os antibióticos, foram meses, não podia simplesmente adiar por um ou dois ciclos, eu voltaria lá em Jul/19, a idade batendo na porta, o ham baixo, ajoelhei e pedi a Deus que nos amparasse, cuidasse de nós neste momento e assim eu lhe entrego minhas vontades e minha gestação, que seja feita a sua vontade, pois, eu havia feito tudo que estava ao meu alcance, por mais medo que eu estivesse, não senti vontade de desistir, então, Deus na frente e em 16/03/20 fizemos a tec, 2 embriões congelados em D3, desde nov/17. Ahhh meninas, como explicar esse dia? Foi mágico, um momento tão tranquilo, e após a transferência, meu marido pegou na minha mão e disse: deu certo, dessa vez, foi diferente! 
E voltamos para casa, a felicidade tomou conta de mim, mas, tínhamos 11 dias adiante, dias difíceis, ora eu vivia a maternidade plena e após alguns instantes, o medo invadia minha alma, meu coração, se eu não soube dizer como sobrevivi aqueles 11 dias da segunda fiv, esses 11 dias atuais, também não saberei dizer, fui simplesmente vivendo e pedindo a Deus, que fizesse sua vontade e que me fizesse aceitar e não desistir, se o meu momento ainda não estivesse chegado, bem, lentamente os dias foram passando e além do sentimental, tinha a parte da medicação que também me preocupava, ai Deus mandou mais alguns anjos para me amparar e quero também agradecer publicamente a Edna, a Tatiane, Ana Cristina, Aline Cardozo e a Andreza, ahhh a Andreza, esse anjo acalmou meu coração em quase todos os dias, ela tinha certeza que havia dado certo e essa luz iluminava meus pensamentos, ela acendeu duas velinhas para meus filhos, como agradecer esse gesto de amor e compaixão? 
E o dia mais temido chegou, dia 27/03 era dia de fazer o beta, nesse dia eu estava vivendo sim a maternidade, e por um instante passou pela minha cabeça em não ir fazer o beta, pois, sem ele, eu continuaria vivendo aquele momento feliz e não queria que acabasse jamais, mas, minha sanidade me levou até o laboratório e a angústia se fez presente nas demais horas desse dia e por volta das 23 hs saiu o resultado mais lindo que eu já vi e vivi, um sentimento de amor e gratidão, de realização e merecimento, 140,8 mUi, comecei a gritar e chorar ao mesmo tempo e meu marido me perguntando se era positivo ou negativo e eu só conseguia pensar, eles estão aqui, Deus nos abençoou e levou para ele todo aquele sofrimento que nos acompanhava por mais de 6 anos e é com lágrimas nos olhos, mas, dessa vez de alegria, de muita alegria, que eu agradeço à todas as mulheres guerreiras, as que eu citei e as que estão presentes no G2. 
Muito obrigada, por todo carinho, preocupação, ensinamentos e orações, vocês fizeram a diferença na minha vida, aqui eu fui capaz de me redescobrir e me preparar para ser a melhor mãe que meu filho(a) pode ter e o meu conselho, é o mesmo que lemos aqui todos os dias. Diagnóstico não é destino! E essa frase, é meu testemunho. Deus está conosco sempre, por mais árduo que seja o caminho. Minha eterna gratidão a Anne, pelo belo trabalho que fez e faz todos os dias, se doa por puro amor, sua missão não é fácil, mas, Deus a tem acolhido com muitas mulheres-maravilhas! 
Hoje estamos com 9 semanas, de muito amor e cumplicidade, meu guerreirinho(a), está aqui crescendo firme e forte, com a benção de Deus. 

Meu protocolo: 
AAS
Clexane
Meticorten
Vitaminas
Probiótico intestinal
Probiótico vaginal (oral)
Probiótico vaginal (creme)
Adesivos de Estradot
Smoflipid
Escalda-pés
Chá de erva doce
Physalis
Abacaxi
Acupuntura
Utrogestan
Duphaston
Progesterona transdérmica
Palavras chave: relato, positivo, gravidez, FIV, TEC, clexane, AAS, Smoflipid, probióticos, vitaminas, tireoidite de hashimoto, Pai-1 heterozigoto, MTHFR c677t homozigoto, fan reagente, anticorpos alterados, SAAF, células NK, crossmatch negativo, endometriose, endometrite.



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