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segunda-feira, 12 de julho de 2021

Relato de positivo - Marielle (G2)

Você já se perguntou quanto tempo vale a pena esperar?

E se uma mulher te dissesse que tentou engravidar por 9 anos e meio mas que viveria cada segundo novamente só pra ter seus filhos no ventre? 

A história da luta da Marielle contra a infertilidade tem tantas voltas e reviravoltas que parece uma novela. Como sempre essa história começa com o clássico médico prescrevendo anticoncepcional para um problema que não se trata com esse medicamento! E só atrasa o sonho da mulher de se tornar mãe. Quantos anos, quantos profissionais  e principalmente, quanto empoderamento pessoal é necessário para se chegar até essa quantidade de diagnósticos, tratá-los e finalmente alcançar o tão almejado positivo? Por que tem que ser tão difícil, financeiramente e emocionalmente custoso?

Vejo tanta vitória na vida dessas mulheres que resolveram ser protagonistas da própria história e tomar as rédeas da sua fertilidade.

Essa é uma linda história, que conta sobre a árdua jornada da mãe de dois bebês arco-íris e sua luta contra a infertilidade. Eles crescem lindamente e em breve irão estrear nesse mundão trazendo muito amor. 

 ❤


“Tu vens, tu vens, eu já escuto teus sinais...”

Minha história com a infertilidade começou quando eu tinha 16 anos e fui diagnosticada com SOP. Era só uma menina descobrindo o próprio corpo e que tinha ciclos totalmente irregulares desde a menarca. Eu não tentava engravidar nessa época, mas sempre digo que foi aí que a luta começou. Minha primeira ginecologista quando soube que eu estava há 6 meses sem menstruar jurava que eu estava grávida, não queria pedir os exames investigativos, então coube a mim convencê-la que eu não tinha a menor possibilidade de estar grávida e queria sim que ela me ajudasse entender o que estava acontecendo. Foi então que ela aceitou pedir uma série de exames e o meu primeiro diagnóstico veio como uma bomba: "- Você tem SOP e vai ter muita dificuldade para engravidar. Vou te passar um anticoncepcional para tratar." Na época meus pais não concordaram com o tratamento (graças a Deus) e eu não tomei. 

Conheci o amor da minha vida em 2011, aos 19 anos. Nos casamos após 4 meses de namoro. Tanto eu quanto meu marido sempre tivemos o sonho de sermos pais novos. Com 9 meses de tentativas comecei a procurar médicos e o “tratamento” era sempre o mesmo: anticoncepcional. Até que me rendi e resolvi tomar. Bastou uma cartela pra eu ter escapes todos os dias além de uma dor de cabeça insuportável. Parei por conta própria e decidi que à partir daquele dia eu iria estudar e ser protagonista da minha própria história com a infertilidade.

Mudei de cidade em 2014 e já praticamente craque em SOP fui em busca de médicos que me ajudassem no tratamento. Descobrimos que meu marido tinha uma leve alteração de quantidade e motilidade dos espermatozoides, então ele iniciou as vitaminas e eu com diagnóstico de Resistência à Insulina comecei a tomar glifage. Em 2015, 3 meses após o início desse tratamento engravidei. Eu descobri o que era felicidade de verdade no dia 19/01/15 no momento que descobri que meu primeiro filho estava ali comigo. Mas na mesma velocidade que eu fui ao céu, levei uma rasteira e desabei. Meu primeiro filho não tinha mais batimentos cardíacos e eu precisava de uma curetagem. Eu entrei para o centro cirúrgico aos prantos e só me lembro de gritar pro médico que eu sonhava em entrar ali pra tirar meu filho e levar pra casa, mas eu estava saindo com o colo vazio, deixando ele ali sem vida. 

Minha curetagem foi complicada, a recuperação ainda pior. Precisei passar por uma internação 3 dias depois, pois eu não aguentava nem andar de dor. Depois fiquei com sangramento durante 80 dias ininterruptos e com episódios de hemorragia. Nada era descoberto e nenhum remédio resolvia. Quando de repente parou sozinho e voltamos às tentativas. 

Voltei com todo o tratamento da SOP e além disso insistindo com os médicos uma investigação de endometriose. Eu tinha CERTEZA que tinha devido aos sintomas (já marquei check list em quase todos). Os médicos se negavam a investigar porque eles ACHAVAM que eu não tinha. Fiquei 4 anos nessa luta sem sucesso, cheguei a ir em especialistas no assunto na minha cidade e a resposta era sempre não. Então eu cansei e mesmo inconformada aceitei que às vezes eu não tinha mesmo e estava ficando doida. Larguei a história de endometriose de lado e encasquetei com Trombofilia. Já tinha se passado 4 anos da perda do meu primeiro filho, meu único argumento com os médicos era: eu estou demorando muito para engravidar novamente, não quero correr o risco de perder outro filho por não ter um diagnóstico fechado. Mas como vocês já sabem fui ignorada até encontrar uma médica que resolveu me pedir 4 exames de trombofilia. Eu não entendia tanto do assunto e fiz só esses, como não deram nada, fiquei tranquila. Alguns meses depois com SOP controladíssima, dieta de dar orgulho e suplementação correta tive o meu segundo positivo. Meu bebê arco íris estava a caminho. Eu não consigo descrever o que senti quando vi o meu beta positivo. Eu estava totalmente em paz, pois não tinha como dar errado. Um raio não cai duas vezes na mesma pessoa. Mas aí que o tombo foi maior, meu céu de arco íris virou tempestade de novo. Eu não conheço um silêncio mais ensurdecedor que o do coração de um filho sem batimentos. Eu entrei em negação, achava impossível estar acontecendo tudo aquilo de novo, passava dias e noites chorando, desenvolvi síndrome do pânico. Em termos de saúde física pós aborto eu fiquei bem, não precisei de curetagem, não senti dor, não tive sangramento exagerado. Porém psicologicamente eu me afundei. 

Mas teve um certo momento que eu renasci das cinzas. Juntei todos os meus cacos e levantei pq eu devia isso aos meus filhos. A perda do meu primeiro filho foi a transformação de menina pra mulher, a perda do segundo foi a REVOLUÇÃO! Eu peguei a lista de todos os GOs do convênio e marquei consulta um por um. Peguei uma lista completa de exames e fui acumulando guias para fazer todos. Até de doida eu fui chamada por um médico. Mas não me abalei e consegui toda a investigação. E então descobri não apenas uma trombofilia, e sim 3. Protocolo em mãos, fomos pra mais alguns meses de tentativas sem sucesso. 

Entrei direto no G2 no final de 2019, quando estava querendo voltar a fazer o método sintotermal. Depois de meses com gráficos lindos, mas sem positivo, a pulguinha da endometriose começou a coçar de novo e lá vai eu bater boca com médico de novo. Minha histerossalpingografia já indicava um útero totalmente lateralizado, o que era indício ainda mais forte da endo. E como já devem imaginar, além dos focos de endometriose também descobri 2 endometriomas. Além disso foi quando descobri que tenho útero arqueado. 

Adaptei a dieta para antiinflamatória e resolvemos tentar coito programado. Nossa decisão era de que se não desse certo, iríamos para a FIV. Estávamos cansados e seriam nossas últimas alternativas. Nesse meio tempo eu fui diagnosticada com DIP (doença inflamatória pélvica) e logo em seguida com endometrite. Tratei e deu tudo certo.  O espermograma anterior do meu marido estava dentro do aceitável, então só começamos o coito. Eu tinha certeza que dessa vez acertariamos, afinal não tinha mais nenhuma aresta a ser aparada. Enfim, nenhum ciclo positivo, e eu desabei, pois ainda tinha esperança que o positivo viria sem FIV. Já tinha passado por 6 especialistas em reprodução humana, de cidades diferentes e era unânime: meu caso só a FIV poderia resolver. Foi relativamente difícil ouvir de cada um deles esse “veredito”, mas aos poucos fomos nos preparando para o procedimento.

Prontos para a FIV, marido repetiu o espermograma e o resultado nos assustou. Baixíssima quantidade, motilidade e vitalidade. Fomos ao urologista que pediu um US e assim veio o diagnóstico de varicocele. Então ele começou a usar clomid e continuou com a fórmula Thor que já tomava. Depois de 4 meses o espermograma já estava dentro do parâmetro aceitável para FIV e então decidimos começar.

No último ciclo antes da FIV resolvi colher um exame de células nk pra me certificar de que tava tudo bem e o resultado veio 10,7%. Consultei o Dr Leonardo que me passou todo o protocolo de tratamento.

Iniciei a FIV na Semear com uma contagem de folículos em 41 (a maior da minha vida). Com 3 dias de estimulação comecei a passar mal com muita dor de cabeça e enjoos. 3 dias antes da minha coleta comecei a ter febre e veio a suspeita de COVID, fiquei desesperada. Consegui fazer um swab, mas devido a demora do resultado precisamos adiar em um dia a coleta e ai bateu o medo enorme de acabar ovulando antes. O resultado saiu e não era covid, mas eu só piorava. Um dia antes da coleta eu passei o dia no hospital e o diagnóstico era dengue. Minha viagem para Ribeirão estava marcada pra 18h e eu sai do hospital às 17h. Viajamos ainda na incerteza se seria possível fazer a coleta. Tive que fazer um hemograma 1h antes da coleta para saber como estavam as plaquetas. Cheguei na clínica já sem conseguir andar de tanta dor e fui direto para o centro cirúrgico esperar a autorização da coleta. Hemograma saiu e coleta autorizada. Começamos o procedimento, quando acordo da sedação tenho a notícia que haviam captado apenas dois óvulos e eu quase desmaiei. O médico veio me explicar que tiveram muita dificuldade e então decidiram esperar 1h para me sedar novamente e tentar captar o que ficou. Segunda tentativa 35 óvulos captados, mas pra isso precisaram perfurar a minha bexiga (procedimento “comum” em casos parecidos com o meu). Passado esse perrengue começaram a aparecer as noticias boas. Dos 37 óvulos, 35 eram maduros e 32 foram fertilizados. E 6 dias depois o nosso total de 12 blastocistos.

Tive indicação de bloqueio hormonal por causa da endometriose, mas eu não quis. Estávamos muito cansados e decidimos arriscar sem o bloqueio. Decidi descansar um ciclo antes da TEC. Em março quando fui me preparar para a transferência descobri um presente que a estimulação me deixou: mais 3 endometriomas. No momento eu desesperei e pensei até em cancelar. Meu marido me deu o maior apoio pra não desistir, ele disse que confiava muito em tudo que eu estava fazendo pra controlar a endometriose e pediu que eu não desistisse de transferir nesse ciclo. Resolvi ouvi-lo e manter o programado. Preferi o preparo natural, acompanhei a ovulação com exames de sangue, ultrassom e testes de ovulação. No dia da ovulação fiz aplicação de Lipofundin. Depois de confirmada a ovulação iniciei utrogestan, clexane, reuquinol e predsim. Dia 30/03/2021 fizemos nossa transferência de dois embriões 3AA. Eu não consigo descrever em palavras a emoção desse dia. Depois da TEC fiz tudo que diziam que era bom kkk Suco da TEC, escalda pés, oléo essencial de lavanda pra todo lado, physalis, meia nos pés. Eu queria pecar pelo excesso mesmo kkkk Entre a TEC e o beta existe uma eternidade de 9 dias, uma montanha russa de sentimentos, mas eu não aguentei e fiz no meu D8, um dia depois do aniversário do meu marido. Beta lindo de 228 e caímos no choro de muita emoção. Deu certo de primeira. Dia 07/04/2021 também foi um dos dias mais felizes de toda a minha vida e eu digo também pq o positivo da minha amiga Renata G. foi algumas horas antes do meu. E a ela eu devo muita gratidão. Ela que sempre me ajudou e me levantou quando caí. Sonhávamos em ir para o G3 juntas e viver essa fase ao lado dela está sendo incrível.

Entre o beta e o ultrassom foi outra eternidade até saber se os dois embriões tinham implantado. No primeiro ultrassom com 5s vimos dois sacos gestacionais e uma semana depois vimos os dois embriões com seus corações batendo forte. Foi a realização de um sonho, há tantos anos eu esperava por esse som e ele veio logo em dobro. Agora temos um arco íris duplo.

Eu queria abrir um espaço para agradecer o meu marido que sempre foi a razão por eu nunca desistir. Eu não vejo a hora dos nossos filhos saírem correndo pela casa chamando esse homem maravilhoso de pai. Agradeço também aos meus filhos que partiram, eles cumpriram a missão deles aqui comigo, eles me transformaram, salvaram a minha vida e a dos irmãozinhos que estão vindo.

Queria dizer que esse grupo salva e tenho eterna gratidão pela Anne tê-lo criado. Agradeço também as amigas que fiz aqui e que foram essenciais nessa jornada, sem vcs eu nada seria: Gabi Mesquita, Andreza, Fernanda e Tati que estão no G4; Aline, Ana Cristina, Ana, Lili, Vic e Re no G3; Camyla, Yara (meus dois anjos), Cinara, Nadine, Nanda, Raquel, Maraísa, Daiane, Mariana e Gabi Meyer que eu espero ansiosamente no G3, tenho certeza que vou recebê-las em breve. 

E a todas vocês que estão aqui eu imploro: NÃO desistam! A caminhada é longa, cansativa, cheia de obstáculos, mas no momento que vc vê aquele beta positivo, o coração batendo na tela do ultrassom, TUDO vale a pena. Foram 9 anos e meio de tentativas, altos e baixos, mas eu viveria cada segundo novamente só pra ter os meus filhos comigo. 

Diagnósticos: SOP, Endometriose, Endometriomas, células NK, Trombofilias (SAF, fator V de Leiden e MTHFR no alelo C677T), DIP, Endometrite, útero arqueado, varicocele.

Protocolo na gestação: 

  • Clexane 60mg 
  • Reuquinol 400mg
  • Predsim 20mg
  • Lipofundim
  • Glifage 1500mg
  • Utrogestan 600mg
  • AAS 100mg
  • Cálcio 1000mg
  • Ferro 30mg
  • Sophia Suprema
  • Omega 3

Palavras chave: relato, positivo, gravidez, gêmeos, FIV, bebê arco-íris, método sintotermal, gráfico, temperatura basal, SOP, Resistência à Insulina, Glifage, metformina, Endometriose, Endometriomas, células NK, Trombofilias (SAF, fator V de Leiden e MTHFR no alelo C677T), dieta antiinflamatória, coito programado, Endometrite, útero arqueado, varicocele,  aborto, curetagem, hemorragia, DIP (doença inflamatória pélvica), fórmula Thor, fórmula Sophia, Covid, Lipofundin, utrogestan, clexane, reuquinol, predsim, physalis.

Beta HCG, teste de gravidez, foto e Ultrassom da Marielle.

 




ATENÇÃO:

As opiniões acima possuem caráter meramente informativo e não substituem a consulta com um médico e ou nutricionista.

O relato acima representa a opinião da autora do mesmo e não da administração do blog.

Não é finalidade deste blog a análise ou emissão de qualquer tipo de diagnóstico às usuárias, tarefa esta reservada unicamente ao seu respectivo médico ou nutricionista de confiança.

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Minha segunda gravidez - um bebê muito desejado

Olá amores, como vocês estão?

Venho hoje, no auge das minhas 40+4 semanas de gravidez, contar que estou novamente grávida.

Estava relendo o relato do positivo do Arthur, onde anunciei com 23 semanas! Dessa vez ganhei hahaha! Enquanto faço um escalda pés pra ajudar a induzir o parto, venho contar-lher dessa mais nova benção nas nossas vidas.

Nossa baby girl

Dessa vez fomos abençoados com uma menininha e não vemos a hora de conhecê-la. 

Vou contar um pouquinho da minha breve trajetória como tentante, em que eu pude viver algumas frustrações que a maioria de vocês tem vivido por anos a fio. 
Ingenuamente eu acreditava que seria rápido (e foi!), mas não foi um "inesperado pa-pum" igual foi a gravidez de Arthur. Teve choro, teve frustração, e enquanto eu tentava abraçar aqueles sentimentos da Anne recém tentante, também me conscientizava que minha jornada ainda era muito mais curta do que a da maioria das tentantes. Era um duelo de sentimentos: "não foi dessa vez ainda" X "em tudo daí graças". 
Queria dizer que essa jornada foi breve mas leve. Mas seria mentira. Foi pesada. Minha ansiedade foi à mil. Mas aprendi muito, principalmente a ser mais empática com as mulheres que estão nessa luta contra a infertilidade. 

A seguir, descrevo meus ciclos pós parto em amamentação em livre demanda, talvez possa ajudar alguma tentante na mesma situação.

Em ago/2019 resolvemos que era hora de tentar o segundo bebê. Porém minha menstruação ainda não tinha voltado, eu estava com 1 ano e 8 meses pós parto, amamentando em livre demanda. Pensei que deveria fazer alguma coisa, então tomei óleo de prímula. Tomei de manhã e à tarde minha menstruação desceu. O primeiro ciclo eu estava cheia de esperanças e comecei a fazer teste de ovulação no 7DC. Acho que fiz mais de 50 TOs, muitas vezes 2 por dia, mas nada de ovular! Tive um ciclo de 71 dias, provavelmente anovulório.

No segundo ciclo em out/2019 resolvi fazer algo diferente. Fiz Ultrassom pra acompanhar a ovulação e tbm TO, e ovulei no 37DC. Já estava desanimada com o ciclo tão longo, mas ovulei! Dedos cruzados, acho que agora vai! Porém 4 dias depois tive um spotting e 5 dias depois menstruei. Fiquei arrasada, estava com uma fase lútea curtíssima, nem deu tempo de chegar o 7DPO pra dosar a progesterona. Esse ciclo durou 41 dias.

Começamos o terceiro ciclo em dez/2019. Ovulei no 23DC e tive uma fase lútea de 8 dias. Dosei a progesterona no 7DPO e deu 2.78 ng/mL. Não deu tempo de suplementar. Ainda não foi dessa vez

O quarto ciclo em jan/2020 durou 28 dias, porém ovulei no 23DC dando uma fase lútea de 5 dias. Comecei a usar a progesterona mas não deu tempo. A menstruação desceu. 

Em fev/2020 foi meu quinto e último ciclo antes de resolvermos não tentar mais por conta da pandemia. Durou 31 dias, ovulei no 18DC, comecei a progesterona no 4DPO e no 12DPO fiz um teste de gravidez. Deu negativo e chorei horrores. Pq era a última tentativa antes dessa pandemia maluca que ninguém sabia nada a respeito. Era a última chance de ter um bebê em 2020, algo que eu tinha planejado. Mas dou graças que os planos de Deus são muito maiores que os nossos e ele enxerga muito além, permitindo o que é do agrado dele e fechando portas quando também não é do agrado dele.
Eu sequei as minhas lágrimas, sozinha no banheiro, e lembrei: "em tudo dai graças".

Após isso, passei a ter ciclos regulares de 26-28 dias, porém não estava mais medindo a TB.
Não nos sentíamos seguros ainda de tentar um bebê em meio à uma guerra invisível contra um vírus que ninguém conhecia e não havia tratamentos ainda. 

Em julho voltei a medir a TB, mas ainda estávamos evitando.

Em setembro/2020 começou meu último ciclo. Não estava efetivamente tentando, cheguei a namorar 3 dias antes da ovulação, mas daí quando chegou mais perto, eu pensei: "não é hora ainda, não estou preparada, ainda tenho medo." A ovulação veio e nem usei progesterona na fase lútea. Mas preparada ou não, a regra é clara: namorou no PF, tem que arcar com as consequências. 😅😅
No 9DPO, eu ia fazer alguns exames no laboratório, e antes de sair fiz um teste de gravidez da Clearblue, que deu tão negativo que gritava na minha cara: NÃO. Nunca vi um TG tão negativo como o meu e olha que eu enxergo linha fantasma até onde não tem! 😂😂 Desencanei, fui pro laboratório, dosei um monte de coisa e nem sonhei em fazer um beta (que com certeza viria zerado!).
No 14DPO minha TB se mantinha alta e não entendia o que estava acontecendo. Eu não estava usando progesterona e minha fase lútea estava durando 10 dias, no máximo 11.
Nesse dia, um domingo, meu marido não saía do meu pé e eu precisava respirar, pensar. 
Saí pra caminhar na chuva, à noite (dentro do meu quintal). Bem doidona mesmo, mas precisava urgentemente respirar. Conversei com as meninas (admins), e me animaram a fazer um TG no dia seguinte, no 15DPO. Levantei por volta das 7h e fiz, com a primeira urina. Esperei os 3 minutos e virei o teste pra ver o resultado. 
Quase tive um treco: positivaço! Eu estava grávida. Corri dosar o beta e a progesterona. Beta HCG: 613,10 mUI/mL. Pgt: 20,04 ng/mL. Já comecei a suplementação com Utrogestan. O segundo beta deu 1.841,00 mUI/mL. Que felicidade, finalmente meu bebê havia chegado! Não poderia estar mais agradecida e feliz.

Os enjôos logo começaram e eu fiquei bem prostrada. Alguns dias eram 24h por dia passando mal e eu ficava bem pra baixo, sem conseguir fazer praticamente nada. Mas tentava pensar que uma hora iria passar, o jeito era curtir cada momento, com enjôo mesmo.

Com 9 semanas fizemos a sexagem e descobrimos que estamos esperando uma menina. 🎀

Amamentei o Arthur até as 16 semanas de gestação, quando ele tinha 3 anos e 1 mês.
No início é bem difícil amamentar, realmente dói muito! E acredito que tenha diminuído bastante meu leite também porque ele começou a reclamar e dizer que havia acabado. Mas ele continuava mamando pra dormir e ficou assim por algumas semanas. Aproveitei muito os últimos meses, porque sabia que o desmame estava próximo. Mas fiquei muito feliz porque foi um desmame natural e gentil, com nós dois. 🥰

Na torcida por todas vocês, desde sempre e para sempre. Minha maior alegria será recebê-las no G3 e no G4.
Fiquem firme na dieta e na suplementação, pois aumentam exponencialmente a chance de engravidar!

Agradeço minhas amigas admins que sempre estiveram do meu lado apoiando e encorajando, vocês são muito especiais para mim. Obrigada, obrigada, obrigada, inclusive pelo puxões de orelha! Nunca poderei agradecer o suficiente tamanho apoio em tudo, desde a amizade como presente pessoal até a missão que abraçaram juntas.

Um beijo enorme no coração de cada uma.

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Relato de positivo - Renata G. (G2)

Às vezes me falta inspiração para escrever a introdução dos relatos.

Mas relatos como esse, que nos deixam sem fôlego, é a própria inspiração. Um relato de bebê arco-íris é extremamente especial. Uma jornada longa, sofrida, uma coleção de diagnósticos e uma bomba relógio: um espermograma que se deteriorava a cada dia.

Como manter a fé e a esperança diante de tantos percalços e a dor de já ter perdido um filho?

A gente percebe que para a Renata nenhum obstáculo é tão grande, quanto a vontade de vencê-lo! E assim ela colocava lenha na fogueira da fé, confiante de que um dia alcançaria o prêmio. Que mulher guerreira!

 ❤


“Não existe fim para aqueles que acreditam em recomeço.” 🌈

Fui diagnosticada com hipotireoidismo e SOP aos 13 anos. Na época, minha endocrinologista me passou o anticoncepcional oral “como forma de proteger meus ovários”. Só tive a menarca e, como a menstruação passou alguns meses sem vir, já comecei a usar o AC. A partir daí, não parei mais de usar. Quando tentava parar, a pele e o cabelo ficavam horríveis. Como não queria engravidar, era bem cômodo usar a pílula. 

Encontrei o grande amor da minha vida em 2010. Nos casamos em novembro de 2016 e, depois de um ano, decidi interromper de vez o uso da pílula. Queria regular meus ciclos para quando quisesse engravidar. Foi bem difícil, a pele e o cabelo ficaram horríveis mais uma vez. Mas resisti! Fiz dieta low carb e perdi peso. Sempre fiz bastante atividade física, então continuei meus treinos de musculação, ginástica localizada e aeróbicos. Mas, mesmo assim, a menstruação não vinha espontaneamente. Não estávamos tentando engravidar, então eu não tinha pressa ainda. No final de agosto de 2018, li sobre os chás de uxi amarelo e unha de gato. Fiquei animada e decidi usar. Não consegui encontrar os chás e tomei as cápsulas. A menstruação veio naturalmente no final de setembro. E, 2 ciclos depois, engravidamos! Sem nem mesmo tentar (apenas não evitamos). Essa foi a gravidez do nosso bebê anjo, o André, que mudou completamente as nossas vidas. Eu o sinto ao meu lado todos os dias, e a experiência de ter sido mãe dele é que meu deu forças para viver depois que ele se foi ❤️. 

O André foi um bebê natimorto às 35 semanas e 4 dias de gestação. A causa do óbito foi insuficiência placentária. Eu tinha várias trombofilias e, infelizmente, eu não sabia disso. Durante as investigações, descobri lúpus discoide também. 

Entrei aqui no G2 em dezembro de 2019. Fomos liberados para tentar engravidar após 6 meses do meu parto (em março de 2020), mas meu ciclo ainda estava bagunçado, bem longo e irregular. Nesse mesmo mês, tentamos num ciclo natural. Usei teste de ovulação, já fazia a suplementação e estava me alimentando bem e fazendo atividade física. Não engravidamos. Minha médica sugeriu induzir a ovulação com Letrozol e acompanhar com ultrassons. Isso nos daria uma maior chance. Fomos em frente. Induzimos a ovulação por 2 ciclos e nada. Em junho, minha médica sugeriu que poderia ser algo com meu marido, pois comigo estava tudo ótimo. Isso a estranhava, pois engravidamos tão rápido da primeira vez! 

Meu marido fez o espermograma e veio bem diferente do que costumava ser. Ele sempre teve o espermograma ótimo. Neste, de junho de 2020, 80% dos espermatozoides eram imóveis. A quantidade também havia diminuído muito, para 32 milhões (antes, era por volta de 140 milhões). A morfologia de Kruger ainda estava ótima, 10%. Eu fiquei  bem preocupada e pedi indicações de urologista aqui no G2. A admin Ana nos indicou o Dr. Conrado Alvarenga. O dr. Conrado pediu para repetir o espermograma, e ele veio pior ainda. Meu marido fez o exame de ultrassom testicular e aparecia varicocele grau 3. Essa seria provavelmente a causa do espermograma ruim. Fez também o exame de fragmentação de DNA espermático, com o resultado de 28%. A indicação do dr. Conrado era operar imediatamente. Meu marido já suplementava com antioxidantes há meses. Então, o quadro dele não mudaria, a não ser com cirurgia. Marcamos para agosto, 3 meses depois do primeiro espermograma ruim. O dr. sugeriu congelarmos espermatozoides, pois meu marido só tem um testículo, e as coisas estavam piorando muito rápido. No dia do congelamento, recebemos o laudo: apenas 4% de espermatozoides móveis e 3% Kruger. Cerca de 38 milhões foram congelados em 2 dias, com abstinência de menos de 24h (para reduzir a fragmenatação de DNA). 

Eu fiquei muito preocupada, pois a piora do quadro dele foi muito aguda. Sentia que tínhamos que agir mesmo naquele momento. E isso foi CRUCIAL! 

3 meses depois, meu marido repetiu o espermograma; ele estava azoospermico. Nenhum espermatozoide foi encontrado na amostra. Ficamos arrasados. Mas logo nos apegamos ao fato de que tínhamos as amostras congeladas e de que esse era o nosso milagre, nossa grande chance! 

Decidimos partir imediatamente para a FIV após o segundo espermograma zerado, 4 meses após a cirurgia. O meu marido fez tratamento com HCG e Letrozol para tentarmos espermatozoides “frescos” na FIV, mesmo que fossem poucos. Começaríamos a indução em dezembro de 2020, mas eu tive um cisto folicular. Então deixamos para janeiro. Na minha indução, tivemos 36 óvulos, 35 maduros! Meu marido teve apenas 60 espermatozoides (60 unidades mesmo!) na amostra a fresco, então decidiram usar a amostra congelada! No final, formamos 14 embriões! 😍 11 embriões em D5 e 3 embriões em D6. Recebemos esse resultado no dia 06/02. Nesse mesmo dia, 2 anos antes, eu descobria a gravidez do André. Foi um dia muito especial!! 💖

Enviamos 10 embriões para a análise genética e 5 eram euploides. Congelamos esses 5 e os outros 4 que não fizemos biópsia. No total, ficaram 9 congelados na clínica. Descansamos um ciclo e nos preparamos para transferência em ciclo natural. Meus ciclos estavam relativamente regulares desde que parei com a indução por Letrozol no ano passado. Como eu engravidei naturalmente em 2018, meu médico quis fazer a TEC (transferência de embrião congelado) num ciclo natural. Acompanhamos com muitos ultrassons, exames de sangue e até o TO da Clearblue. Ovulei entre o 21/22 DC. Antes da ovulação, meu endométrio estava lindo, 8,3 mm, trilaminar. Mas passei um perrengue na ultra seguinte! 🤯 Fui fazer a ultra no 1 DPO e meu endométrio estava “compactado”, secretor, com 6,3 mm. O médico da ultra (aqui de Brasília mesmo, que não é especialista em FIV), falou que “não estava gostando do meu endométrio, porque teria afinado muito”. Fiquei muito triste, arrasada. Achei que o dr. Lucas ia cancelar a minha TEC! Mas, assim que mandei a mensagem com o exame, ele me explicou que aquilo era normal e esperado. E que estava lindo meu endométrio; “Não ia cancelar nada não!” 😂 kkk (isso pq eu já tinha chorado muito). No dia da TEC, eu estava bem insegura, mas ele disse mais uma vez que meu endométrio estava lindo! 🥰 

Então, na segunda-feira, dia 29/03/2021, 5 dias depois da ovulação, transferimos nosso embrião, de classificação 5AA. Uma experiência linda, guiada pelo nosso médico maravilhoso e super competente, o dr. Lucas Yamakami. 🌟 No mesmo dia, fiz o protocolo de Paulus com o Dr. Décio Teshima, também um médico maravilhoso! Eu já fazia acupuntura há anos (desde antes da gestação anterior) com minha melhor amiga aqui em Brasília. Ela fez os cursos da Erika Nery e da Núbia Amado. Quando viajei para SP para fazer a estimulação ovariana, procurei o dr. Décio e fiz 2 sessões com ele. Ele me passou também um fitoterápico de acordo com meu diagnóstico da MTC, que eu usei até a noite antes da TEC. Tomei também o famoso “suco da TEC” do dr. Décio. Comecei 3 dias antes e parei de tomar depois do D5 após a transferência (enjoei um pouco do sabor kkkk). Fiz repouso relativo após a TEC e, depois, mais uns 10 dias. Agora que voltei a fazer caminhadas leves. Essa foi uma recomendação do Dr. Lucas; “sem esforço físico, mas vida normal”. 

Após a TEC, foram dias de muita expectativa, uma montanha russa de emoções! Tinha muito medo de não dar certo, mas também muita esperança! Não tive coragem de fazer teste de farmácia antes do beta. Fiz o beta “às escuras”, no D9 após a transferência (como meu médico recomendou). E foi um Betão: 210! 😍 Nem consigo descrever como eu me senti. Dia 07/04/2021 foi um dos melhores dias da minha vida! Eu e meu marido choramos muito de alegria e também de alívio! Esse mesmo dia já havia sido muito triste para a minha família, pois foi o dia em que meu avô paterno faleceu, há 32 anos. Esse meu avô é quem está enterrado junto do meu bebê André. Nós jamais nos esqueceremos disso, uma verdadeira ressignificação e renascimento! ❤️🌈 

Quero pedir a vocês, meninas, que nunca desistam do sonho da maternidade. Aproveitem muito as informações daqui, pois elas são valiosíssimas! Devo esta vitória em grande parte às orientações que obtive neste grupo maravilhoso! Tenho certeza de que, assim como a minha hora chegou, a de vocês também chegará. E eu espero todas vocês lá no G3 (grupo de gestantes)! ❤️ 

Diagnósticos:

  • Fator masculino (astenozoospermia e depois azoospermia) 
  • SOP
  • Tireoidite de Hashimoto
  • Lúpus Discoide
  • Trombofilia (Fator V de Leiden, Pai -1 4g/4g, MTHFR duplo heterozigoto, deficiência de Proteína S, ECA D/D e antifosfatidiletanolamina)

Protocolo:

  • Sophia Suprema 
  • Vitamina D 5000 ui 
  • Mega DHA (1 cápsula)
  • Ferro quelado ou Noripurum 100mg
  • Vitamina C 500 mg (junto com o ferro antes de dormir, para melhorar a absorção) 
  • Fitoterapia Chinesa (apenas antes da TEC)
  • Acupuntura (com Protocolo de Paulus, suco da TEC e alimentação anti-inflamatória e de acordo com a MTC)
  • Água inglesa (após ciclo de estímulo ovariano)
  • NAC (2x 600 mg) - apenas antes da TEC 
  • Mio Inositol (2 g) - apenas antes da TEC
  • Glifage XR (3x 500 mg)
  • AAS (Aspirina Prevent de 100 mg)
  • Plaquinol (400 mg) 
  • Clexane (usei de 40 mg e agora uso de 60 mg)
  • Predsim  (10 mg, apenas para a TEC, comecei 4 dias antes, junto com Utrogestan) 
  • Utrogestan (2 x 200 mg após a ovulação. Agora uso 3 x 200 mg)
  • Coronavac (tomei a primeira dose 3 dias antes da TEC e tomarei a segunda dose grávida)

Método sintotermal para acompanhamento da evolução. A Renata fez FIV mas mesmo assim fez o gráfico para acompanhar seu ciclo.
Gráfico de temperatura basal da Renata

 

Beta HCG e US da Renata

Palavras chave: relato, positivo, gravidez, bebê arco-íris, método sintotermal, gráfico, temperatura basal, hipotireoidismo, Tireoidite de Hashimoto, SOP, low carb, lúpus discoide, azoospermia, FIV, acupuntura, trombofilia, Fator V de Leiden, Pai -1 4g/4g, MTHFR duplo heterozigoto, deficiência de Proteína S, ECA D/D, antifosfatidiletanolamina, Sophia Suprema, NAC, glifage, AAS, Plaquinol, Clexane, Predsim, vacina Covid-19 Coronavac.

 




ATENÇÃO:

As opiniões acima possuem caráter meramente informativo e não substituem a consulta com um médico e ou nutricionista.

O relato acima representa a opinião da autora do mesmo e não da administração do blog.

Não é finalidade deste blog a análise ou emissão de qualquer tipo de diagnóstico às usuárias, tarefa esta reservada unicamente ao seu respectivo médico ou nutricionista de confiança.

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Relato de positivo - Tatiane (admin) (G2)

Queridas,

Esse não é um relato de positivo qualquer. Nenhum é, eu sei, mas esse tem uma particularidade que eu peço atenção: este relato é mais do que nada um grande alerta para todas as tentantes e gestantes.

Já me antecipando, esse relato fala de IIC, a insuficiência istmocervical, um encurtamento do colo do útero que causa parto prematuro.

A Tati está grávida novamente, desta vez à espera da Mariana, já com 34 semanas! Felizmente já passou o risco de prematuridade extrema, ela está cerclada e muito bem cuidada! A gente não vê a hora de ver o rostinho da Mariana, vai ser uma enorme alegria para todas no grupo. E a Tati poderá gritar para o mundo: Finalmente meu arco íris chegou!!! ❤

 Boa leitura! ❤


Finalmente meu arco íris chegou!!!

Peço a Deus e Maria que me abençoem com esta gestação com final feliz!!!

Minha história é longa... Em dezembro de 2013 parei o anticoncepcional, passou 2014, 2015, 2016... em 2016 pensei, se não engravidar ano que vem investigarei o que tem de errado, mas no dia 16 de janeiro fui surpreendida pelo meu primeiro positivo, dois dias depois fiz US imaginando já visualizar o bebê, não vi, mas o médico disse que era normal, que dentro do saco gestacional tinha uma elevação e aí surgiria o embrião, depois soube que isso era a vesícula vitelinica, uma semana depois fui fazer outro US e ouvi o som mais lindo de todos, os batimentos do meu primeiro filho! Uma semana depois comecei com uma borrinha, a GO disse ser normal, mandou usar utrogestan, pedi para fazer US e ela sugeriu fazer só se viesse sangue vivo, depois de uma semana aquela borra ficou rosada, falei com a médica e fui fazer US, já faziam duas semanas que os batimentos haviam parado, aquele foi um dos piores dias da minha vida! Liguei pra médica, era uma sexta feira, ela disse pra mim ir ao consultório segunda, eu fiquei apavorada e só disse, mas Dra. está sem vida há duas semanas, não tem risco? Ela me mandou ir no outro dia e fizemos a curetagem, dia 11/02/2017!A dor física foi praticamente zero, mas a dor da alma foi paralisante! Pedi pra médica que gostaria de analisar o embrião, para descobrir o que havia dado errado... ela disse que mandaria pra biópsia, eu que não entendia nada aceitei, foi feito apenas um anatomopatológico que não apareceu nada! Pedi se podia investigar algo em mim e soube que só fazem isso após 3 perdas!

Sai da consulta e liguei em um hematologista, no dia da consulta ele disse que só investigavam trombofilia após 3 perdas, mas que ele considerava um absurdo, que iria investigar a mim como se eu fosse alguém da família dele!

Pediu uma grande lista de exames, apenas o MTHFR C677T heterozigoto como diagnóstico, ele pediu que eu usasse AAS para o resto da vida, que nunca mais tomasse anticoncepcional e que quando engravidasse teria que usar enoxaparina! Me passou umas vitaminas com ferro e 5 mg de ácido fólico! Depois me mostrou artigos no Google falando que a MTHFR causava má formação, sai do consultório aos prantos... eu dava aula de desenvolvimento embrionário e sabia que tudo que ele me mostrou estava ligado a má formação por falta de ácido fólico! Fiquei arrasada... os dias passaram comecei a ler sobre MTHFR, entrei em grupos no face e no WhatsApp, fui aprendendo e descobri que meu hematologista foi um anjo que descobriu minha mutação, mas que dela ele entendia muito pouco, vi que a solução para a má formação era apenas tomar o ácido fólico na forma ativa, aquilo trouxe paz ao meu coração! Comecei a comprar vitaminas e tomar, por conta mesmo! Li sobre células NK também, quiz muito fazer o exame, decidi ir em busca de um GO mais experiente, pois não poderia mais esperar 3 anos até uma próxima gestação, cheguei com muitos exames, disse que queria fazer o das células NK, ele sugeriu que eu relaxasse e que parasse de fazer exames, que células NK causando aborto era muito raro, que ele ia me dar um remédio e eu já engravidaria! Antes de chegar a ele eu acompanhei com testes de ovulação por dois meses, sem sucesso, namorava nos dias do teste positivo e nada de engravidar! Ele me passou o famoso clomid, disse que não passaria US seriada, pois isso só aumentaria minha ansiedade e não seria bom! Depois do primeiro mês de clomid tive sangramento de nidação, comemorei, beta indeterminado de pouco mais de 9 mUI/ ml, no outro dia uma menstruação fortíssima, provavelmente gravidez química, em agosto de 2018! O médico mandou mesmo assim tomar o clomid novamente, por conta fiz US, folículo cresceu e não rompeu! Minha menstruação vinha mesmo assim... tomei clomid novamente, fui fazer US em outro médico da cidade vizinha que diziam ser melhor, ele vendo o US do ciclo passado e acompanhando o ciclo que eu estava disse que o meu problema era ter o folículo não roto, que existia remédio para isso é me indicou dois médicos em Cuiabá! Nesse ciclo eu mudei de cidade, minha mãe achou que meu ritmo de trabalho estava atrapalhando, eu dava aula na faculdade algumas manhãs e outras atendia consultório de fisioterapia, a tarde ou estava na UTI neonatal ou na clínica e à noite dava aula todos os dias, e ainda tinha plantões em alguns finais de semana! Minha mãe perguntou quanto eu ganhava e me ofereceu um emprego com ela ganhando o mesmo, mesmo amando muito minha profissão e apaixonada por dar aula eu decidi ir, pois ter um filho era minha prioridade... tb estaríamos mais perto de Cuiabá e seria mais fácil buscar tratamento! Optamos por morar com minha mãe, pois queríamos guardar dinheiro para enoxaparina e até para FIV se necessário! Depois do diagnóstico de folículo não roto o GO disse que não era área dele e que eu deveria tentar o clomid por 6 meses... fui no especialista em reprodução humana, estava no penúltimo dia de clomid, ele fez US, olhou o US do ciclo anterior e disse que era simples e que eu até poderia engravidar naquele ciclo, que eu fosse embora e voltasse no 12º DC, mas preparada para ficar em Cuiabá, pq o medicamento que ele usaria, o choriomon que é HCG poderia ter que ser aplicado mais pra frente! Cheguei lá, no 12º DC, ele falou que tinha 3 foliculos bons, mandou aplicarem o choriomon e fazer o teste em 14 dias, eu já pensei mil coisas, era pra vir e ficar, me mandou embora, ter relação em tais dias, achei que ele era um charlatão e que aquilo não funcionaria! Dia 24/11/2017 fui fazer um teste sem nenhuma esperança, apareceu grávida 2-3 semanas, fui chorando contar ao marido, o beta deu 211... o médico pediu pra repetir em 3 dias, pois era sexta, fiz outro na segunda e deu 213, imaginei que não era bom, mas o médico pediu outro na quarta que deu 560, ufa!!! Agora só esperar a US de 7 semanas! Mas antes disso o sangramento e a descoberta que não estava desenvolvendo! Decidimos fazer AMIU para fazer o cariótipo, era normal 46 XX. O médico sugeriu fazermos o tratamento de intralipid para células NK, mas a partir daí cada mês um empecilho, tentamos em abril desse ano, queria tanto meu positivo antes do dia das mães, mas ele não chegou... depois da ultima perda confesso que eu estava um pouco revoltada com Deus e esse negativo piorou um pouco... o médico pediu histeroscopia, um mês sem tentar... início do ciclo, um cisto, não podia tentar... era final de maio, só fui liberada para tentar final de julho, induzimos para o coito programado, cheia de sintomas e gráfico lindo, vários testes de farmácia e um beta negativo... senti vontade de desistir, mas o médico pediu que eu fosse lá no 2º dia da menstruação, pediu espermograma do marido e me orientou começar os indutores no dia seguinte, e voltar no 10° dia do ciclo, outro US, apenas 2 foliculos no ovário direito, quase prontos para o HCG, pediu pra voltar no outro dia, tudo certo... aplicou choriomon, mandou parar aspirina e iniciar enoxaparina e prymogina, marcou os dias das relações sexuais e pediu pra iniciar o utrogestan 5 dias após, antes de usar o comprimido dosei progesterona e estava em 18, tinha certeza que havia ovulado... os dias vão passando e eu sem nenhum sintoma, tive uma pontinha de esperança ao ler o relato da Fer semana passada dizendo que no ciclo não teve dor nos seios, não comprei nenhum TG... domingo fui a missa, ao entrar na igreja senti uma emoção muito profunda, chorei a missa toda e finalmente me senti acolhida por Deus após a ultima perda, consegui finalmente me aproximar Dele após tanto tempo, pedi que ele me surpreendesse, afinal na segunda era dia do beta! Acordei, tomei café e fui para o laboratório, o resultado demorou uma eternidade, mas quando saiu fui surpreendida pelo criador... beta 61,4... 3 semanas e 3 dias!!! Hoje meu coração é só gratidão e alegria, graças a Deus estou tranquila e em paz! Desejo isso a todas vocês meninas! Agradeço toda ajuda é aprendizado que consegui ter aqui!

Meninas confiem... Se Deus colocou esse desejo em nosso coração Ele vai realizar!

Betas HCG da Tatiane

ATUALIZAÇÃO:

A gestação estava evoluindo bem, mas com 21 semanas e 2 dias, na US morfológica do 2º trimestre eu descobri a insuficiência do colo do útero (IIC), nesse dia meu colo já tinha apenas 7mm e estava com dilatação. O ultrassom tb apontou sludge*, a obstetra fez cerclagem de emergência, mas o sludge não foi tratado**. Após 3 semanas de cerclagem com repouso absoluto a cerclagem rompeu, eu fui internada, mas o sludge já havia causado corioamnionite***, e em função disso, dois dias após a internação a bolsa rompeu e depois de 11 horas Matheus nasceu com 24 semanas e 4 dias, pesou 780 gramas e mediu 33cm. Ele viveu 3 dias ao nosso lado na UTI neonatal, depois se tornou mais um anjo, que aumentou ainda mais o desejo da mamãe e do papai de não desistirem de terem filhos aqui na terra!

Esse relato foi postado para alertar mamães sobre a importância de medir o colo uterino por via transvaginal para acompanhar a possibilidade de IIC, incompetência do colo uterino e nesse caso fazer a cerclagem com segurança!

* Sludge é "um agregado denso de partículas no líquido amniótico próximo ao orifício interno do colo uterino." (Fonte)

** O sinal do “sludge” do líquido amniótico trata-se de fator de risco para parto prematuro. Nas pacientes com sinal do “sludge” associado a comprimento do colo menor que 25mm ou alto risco para parto prematuro, o uso de antibióticos reduz a chance de nascimento espontâneo antes de 34 semanas. (Fonte) 

*** Corioamnionite é uma inflamação das membranas fetais (âmnio e córion), do liquido amniótico, placenta e/ou decíduas devido a uma infecção bacteriana.

segunda-feira, 29 de março de 2021

Relato de positivo - Ana Carolina (G2)

Boa tarde galerinha!

Vocês gostam de relato de bebê arco íris? Pois preparem-se para ler esse lindo relato, muito bem escrito por sinal, que fala de fé e de um belo arco íris após a tempestade.

Esse relato nos faz ver o poder da suplementação mesmo após 13 anos de uso contínuo de anticoncepcional. 

Mostra a confiança de uma mulher empoderada que sabe ler os sinais de seu corpo através de úteis ferramentas como o método sintotermal. 

Acredite: a dor da perda pode ser ressignificada e tua história terá um lindo "felizes para sempre", como a da Ana.

 Desfrutem. ❤


Escrever um segundo relato de positivo é mexer numa caixinha de memórias boas e ruins. Vou recapitular minha história como tentante pra chegar até os dias de bênçãos que vivo atualmente.

Aos 17 anos eu comecei a usar anticoncepcional. Fui direto pro adesivo transdérmico porque foi o único ao qual eu não tive reação alérgica. Usei o Evra por 13 anos e nunca passou pela minha cabeça que ele poderia me trazer qualquer problema num futuro distante onde eu decidisse engravidar. Em janeiro de 2015 numa consulta médica reclamei de baixa libido e decidimos suspender o uso por algum tempo. Eu me adaptei tão bem que decidi não usar mais, visto que já planejamos engravidar em fevereiro do ano seguinte. Sim! Eu, a leonina, controladora, possessiva e metódica tinha decidido o dia e a hora de engravidar. Pobre de mim, mal sabia o que ainda havia de enfrentar!

O fim do ano chegou e as coisas mudaram drasticamente. Fui desligada do serviço dos meus sonhos depois de 8 anos dedicados totalmente a empresa. Ouvi de todas as pessoas que eu deveria interromper o meu sonho de ser mãe, mas meu coração pedia exatamente o contrário, e ainda no aviso prévio decidimos começar de vez as tentativas. O tempo passou, o aviso venceu, a vida foi seguindo e nada! Nesse meio tempo descobrimos que minha vitamina D estava em 17, e a medica me passou uma suplementação de 1000 UI por dia pra chegar nos 30 que era o ideal. Isso me despertou muita curiosidade quanto a suplementação e nutrição funcional; eu precisava entender exatamente tudo que eu poderia fazer pelo meu corpo pra que ele funcionasse com propriedade até ser capaz de gerar outra vida. Pesquisei muito até encontrar tudo que eu precisava em um único lugar: Um blog maravilhoso que devorei inteiro na mesma noite, e já fiz anotações de 3 páginas de um caderno sobre suplementação e mudanças de hábitos para começar logo na manhã seguinte.

Relutei um pouco em entrar no grupo do WhatsApp porque não tenho muito paciência para grupos, mas logo minha sede de informação era tão grande que entrei e fiquei quietinha só observando. Ali eu aprendi tanto sobre tantas coisas que eu nem sabia que existiam, e conheci meninas que possuem muito mais conhecimento que a maioria dos médicos com os quais terei contato ao longo de toda a minha vida. Rapidamente eu montei meu protocolo de suplementação que, com alguns acréscimos, se manteve o mesmo até os dias atuais.

Depois de pouco mais de um ano tentando eu fui encaminhada pra um especialista, e acho que aquela foi a consulta mais dolorida da minha vida. Não teve nada demais na consulta, mas era eu brigando com cada célula do meu corpo que não queria estar passando por tudo aquilo. Foi uma dor física que me deixou realmente muito abalada, mas como tudo, passou. O médico me pediu a histerossalpingografia, aquele exame de nome tão difícil que causava tanto medo. Fomos fazer, e foi muito mais dolorido do que eu imaginava, mas o resultado foi animador. Espermograma do marido estava ok também. De volta no consultório, o médico me falou pelas entrelinhas que poderia ter alguma coisa na trompa esquerda mas que deveríamos esperar mais uns tres meses. Esses médicos devem viver a cada três meses porque esse prazo foi o que eu mais ouvi nesses últimos anos. Três meses depois, lá estava eu de volta, sem nada de bebê e sem diagnóstico de nada também. Dessa vez eu e o marido íamos tomar antibiótico por 10 dias para tratar uma possível inflamação nas trompas e saí de lá com um pedido de RM da pelve para descartar endometriose. Eu não tinha queixas, mas melhor ter certeza do que ficar na dúvida né!

Nessa consulta eu fui muito taxativa com o médico. Disse a ele que eu conhecia muito bem o meu corpo, e que sabia que ele vinha respondendo por tudo que eu fazia por ele. Que eu tinha plena convicção de que seria capaz de engravidar de forma natural e que nunca havia passado pela minha cabeça outra forma de engravidar, que meu objetivo com ele era de fazer qualquer exame para diagnosticar alguma doença ou irregularidade que comprometesse a minha fertilidade, mas que até o momento nós continuávamos no zero a zero. O médico concordou com tudo o que eu disse, falou que como eu tinha  32 anos ele ainda não queria pensar em reprodução assistida, e confesso que saí de lá aliviada.

Tomamos os remédios, mas não fiz a RM. Passou natal, ano novo e carnaval chegou. Era a hora de encarar tudo novamente! Pedi uma nova guia do exame e agendei pro 11 dia do meu ciclo a fim de não atrapalhar meu periodo fertil. Foi outro exame sofrido, onde passei muito mal com o preparo intestinal. Me via dentro daquele tubo frio e orava sem cessar para que Deus operasse um milagre ali. Naquele dia meu folículo dominante no ovário esquerdo estava com 26mm e se rompeu. Quando vi que a TB (temperatura basal) amanheceu alta no outro dia eu catei o marido logo cedo, mesmo sem aguentar e ainda passando mal. Foi nesse dia que fizemos nosso primeiro filho!

Naquela semana eu encontrei com uma amiga que é evangélica, e ela me disse que Deus estava a incomodando pra que eu lesse o livro de Samuel na bíblia. Eu larguei pra lá e acabei não lendo, mas depois de alguns dias me lembrei disso e fui ler o que dizia naquela passagem. Uma história muito linda que me tocou de uma forma diferente e de repente, fez todo sentido na minha vida. Deus precisa de gente de bem no mundo, para lutar por dias melhores, com muito amor pra dar o exemplo por ai, e eu coloquei o meu ventre e o meu filho como instrumento para que isso aconteça.

Os dias se passaram e eu já desconfiava da gestação, ainda sem acreditar que com tão poucos namoros minha hora tinha chegado. Um dia ao chegar em casa minha cachorrinha me fez uma bela surpresa, fez xixi e coco na minha cama todinha. Ela nunca tinha feito isso na vida! Isso me acendeu alerta total, mas ainda assim eu preferi aguardar o atraso com segurança pra não perder a dignidade e empoderamento que adquiri a duras penas nessa longa jornada.

Meninas, sempre fui uma pessoa extremamente positiva e acho que isso me ajudou muito. Eu me permiti viver os lutos de cada ciclo que começavam, mas nunca deixei que isso tirasse o meu brilho. Cada uma de nós sabemos o esforço e a dor que é viver um sonho que não acontece, num mundo de tantas incertezas. Se eu pudesse dar um único conselho: acredite no seu corpo! Acredite que tudo que nós fazemos por ele vai ter retorno, perceba os mais sutis sinais que ele nos dá. Sejam gratas por ter condições de fazer o que fazem, cada uma dentro de sua possibilidade, e não desanimem nunca. A nossa hora só Deus sabe, mas precisamos estar prontas e lindas pra carregar esses bebês que serão pura luz em nossas vidas! Foram dois anos e quatro meses de espera e onze gráficos completos, mas que valeram cada segundo para viver o que vivi.

Meu primeiro positivo veio no dia 12 de março de 2018. Tivemos um início de gestação lindo e sem nenhuma intercorrência. Vi meu bebê, ouvir seu batimento cardíaco, tudo perfeito! No dia 04 de maio tive um corrimento caramelo que me deixou intrigada, achei melhor ir na emergência e fazer um ultrassom. Caí do céu e vivi a dor mais intensa da minha vida no momento em que olhei a imagem na tela. Meu bebê estava exatamente do mesmo tamanho que eu vi cerca de 5 semanas atrás. Nosso primeiro ultrassom foi feito com 7 semanas e 6 dias e meu bebê parou de desenvolver com 8 semanas e 5 dias. Optei por esperar a expulsão natural. Sangrei por dois dias, mas na segunda feira (dia 07 de maio) a noite eu nao aguentei, tive febre, vômito, diarreia e depois de esperar por quase 7 horas de trabalho de parto ativo eu fui para o hospital e pedi para fazer a AMIU.

Vivi uns dois meses anestesiada, eu parecia estar melhor do que as pessoas que convivem comigo. Era Deus cuidando de mim para que a dor fosse cicatrizando!

Duas semanas depois do procedimento eu voltei a medir a TB porque eu precisava ver meu corpo funcionando novamente. De lá para cá tive dois ciclos anovulatórios, mas tudo bem. Não me lembro em qual momento voltei pro grupo, mas demorei um pouco porque eu precisava de um tempo pra mim. Eu só pensava em engravidar de novo, mas queria fazer tudo pra ter certeza de que não perderia mais um bebê por alguma “falha” minha. Me senti desamparada pela minha GO, que nem sequer pediu um ultrassom pra ver se estava tudo bem depois do procedimento. Voltei no especialista, que mesmo sem poder fazer muito, me acolheu da forma que eu precisava e respeitou o meu desejo de investigar trombofilia. Enquanto eu fazia os exames, consegui marcar consulta com a Dra. Monica Nardy. Qualquer adjetivo que eu colocar pra ela aqui, será pouco pra descrever o que ela é na vida das pacientes. A dor une as pessoas e tenho certeza de que nossos anjos brincam lado a lado no céu, enquanto nos encontramos aqui na terra. Ela chorou com minha história e me indicou a hematologista que trata ela. Consegui marcar com a hemato para dois dias depois, verdadeira providência divina porque a agenda dela tem 3 meses de espera. Na consulta ela avaliou os pedidos que o fertileuta tinha feito e completou com os que faltavam. Depois de dois meses de briga com o plano de saúde para conseguir fazer todos os exames sem pagar, tive a certeza de que tudo estava bem e que eu não tinha trombofilia. Ali me senti pronta pra me jogar de corpo e alma nos períodos férteis!

Marquei uma cirurgia ortognatica para resolver um problema de ATM pro dia 01 de setembro, minha condição pra fazer a cirurgia era ter certeza de que eu não estava grávida. Menstruacao veio dia 27 de agosto, então lá fui eu pra cirurgia a tempo de pegar o período fértil. Correu tudo bem e o PF (período fértil) veio com uma libido que nem me lembrava que tinha! Duas semanas depois da ovulação, como uma mulher empoderada que aprendi a ser, li todos os sinais do meu corpo e tinha certeza de que estava grávida! No dia previsto pra menstruação descer, dia 24 de Setembro de 2018, com a TB nas alturas, fiz um TG e deu super positivo!!! Beta HCG maravilhoso pra acalmar meu coração. Exatos 4 meses após a tempestade meu arco íris voltou!

Quatro dias depois eu tinha consulta de novo com a Dra Mônica, dessa vez pra mostrar o resultado dos exames da hemato, e levei junto o beta positivo. De novo choramos juntas, agora pelo meu milagre...ela também já estava grávida mas ainda não sabia! Pedi pra dosar a progesterona e ela achou por bem já suplementar direto até as 12 semanas, manteve toda a minha suplementação (que por sinal elogiou demais e não mudou uma vírgula).

Decidi esperar para anunciar a gravidez porque o medo nessas horas vem forte junto com toda a emoção. Dia 26 de Novembro fizemos a TN e descobrimos o sexo da minha bebê, uma princesa pinta o meu mundo de cor de rosa!!

Sou muito grata a Anne por ter se dedicado tanto a ajudar todas nós! Sou grata pela vida de cada uma que cruzou por mim aqui, pelas amigas que fiz, por todas que estão gravidinhas e principalmente por cada uma de vocês que vou deixar por enquanto. Logo logo vocês estarão todas grávidas e cheias de luz pra gente iluminar ainda mais esse mundão! Eu prometi e repito que enquanto eu vida tiver, irei orar a Deus pelas mulheres que sonham em ser mãe, para que aprendam a colecionar as pedras que aparecerem no caminho e a construir belos castelos.

Ah, lembram da história do livro de Samuel que minha amiga me pediu pra ler? Então, em resumo da história, Ana (a mãe) viveu anos de infertilidade até engravidar, e quando conseguiu prometeu que daria seu filho em sacrifício. Quando ele completou 3 anos ela o levou para a igreja e lá ele ficou para ser servo da palavra de Deus. Quando eu li isso eu entendi que Deus queria que meu filho fosse testemunha viva do milagre que ele nos concedeu, mas eu falava com Deus que não teria coragem de dar o meu filho em sacrifício, eu não sabia como fazer isso. Eu esqueci completamente dessa história durante o meu luto, e só depois que eu engravidei novamente isso voltou na minha memória. Então eu fui entender que essa passagem era um aviso de que tudo aconteceria como precisava acontecer! Nenhuma mãe tem coragem de sacrificar a vida do seu filho e não era isso que Deus esperava de mim. Ele estava me avisando que Ele faria tudo na hora certa e que eu só precisava crer nos planos e promessas que fez na minha vida! Ah meninas, Deus é perfeito e nos coloca provações na vida porque sabe que vamos superar todas elas.

Creiam no propósito de vocês, tenham fé, e não questionem as dificuldades que vão surgir. Aceitem de bom grado porque logo tudo se ajeita e nosso coração transborda de alegria. Deus abençoe cada uma de vocês com calma, paciência e muita fé de que tudo vai dar certo!

Durante todo esse tempo eu usei:

Marido usou:

Gráfico de Temperatura basal da Ana Carolina

Palavras chave: relato, positivo, gravidez, método sintotermal, gráfico, temperatura basal, trombofilia, suplementação, fórmula Sophia, fórmula Thor, cloreto de magnésio, Two Per Day, lugol, elixir de inhame, Mega DHA, óleo de copaíba, período fértil, AMIU, aborto retido, bebê arco íris. 





ATENÇÃO:

As opiniões acima possuem caráter meramente informativo e não substituem a consulta com um médico e ou nutricionista.

O relato acima representa a opinião da autora do mesmo e não da administração do blog.

Não é finalidade deste blog a análise ou emissão de qualquer tipo de diagnóstico às usuárias, tarefa esta reservada unicamente ao seu respectivo médico ou nutricionista de confiança.

terça-feira, 9 de março de 2021

Relato de positivo - Débora - Canadá (G2)

Olá tentantes empoderadas! 

Já estamos em março de 2021 e ainda não postei nenhum relato inspirador pra vocês. 

Olhem só esse relato, da Débora! A mulé já tá na segunda gravidez e só agora consegui tempo de postar esse relato maravigold.

Olhem o tamanho desse ciclo, ovulação no 35DC!! Não percam as esperanças JAMAIS! E não deixem de medir a TB, ela é essencial! Hoje é maravilhoso ter a companhia diária da Débora no G3 e no G6. No G6 como mãe do Nathan e no G3, o grupo das gestantes, curtindo sua nova gravidez. 


Olá meninas, que honra poder estar escrevendo este depoimento. Meu coração está cheio de alegria...
“Que minha coragem seja maior que meu medo e que minha força seja tão grande quanto minha fé.”
Me chamo Debora e minha saga de tentante pode não parecer tão longa, mas com certeza tem a mesma ansiedade e vontade de muitas de vocês.
Conheci meu marido em 2013 numa história de reencontros familiares (reaproximação de parentes distantes). Coisas do destino. Quando ele surgiu eu logo me senti diferente… cuidada, desejada, amada e muito respeitada… Nossa, não vou me aprofundar na nossa história por que dariam muitas palavras neste relato, rsrssr…
Começamos a namorar em abril/2013 (acredite se quiser…Online…Ele morava no Canadá e eu no Brasil), em Julho/2013 noivamos em Belém/Brasil.
Em fev/2014, decidi vir p/ Canadá p/ fazer intercâmbio, fiquei aqui por quase 9 meses…nessa época até queríamos um bebê, mas tudo era novo: relacionamento, eu não estaria aqui ainda p/ sempre …ainda n tinha me formado…então resolvemos por algum tempo naquele ano (2014) que eu tomaria anticoncepcional embora meus ciclos fossem muito irregulares,  tinha medo de ter uma gestação e ficar longe dele, só que mesmo assim errei diversas pílulas, tomava fora do horário, ou n tomava…No fim, n engravidei. (Fiquei pensativa, mas deixei passar).
Em Set/2014 retornei p/ Brasil (Belém) e recomecei de onde tinha parado a minha vida, nessa época comecei a me cuidar um pouco mais, deixei de usar o anticoncepcional, até mesmo por que ele tinha ficado aqui e eu no Brasil, então não tinha motivos para continuar, também comecei a fazer exames regulares ( Tipo um Check-up), trabalhar, tentei terminar minha faculdade…seguimos nossa vida, e ainda namorando online…
Em Dez/2014-Jan/2015 ele esteve no Brasil (SP) mais uma vez e mais uma vez estivemos juntos por todo o tempo, eu na ocasião estava 100% desprotegida, e quando  ele voltou p/ canada eu fiquei com o ciclo atrasado (ou melhor irregular/longo) sempre achando que poderia estar com um bebê…e somava-se assim, mais alguns testes queimados e sem respostas. Meus médicos sempre afirmavam que não havia nenhum problema aparente, a não ser a minha vida corrida, sem tempo, sem relaxamento, então relacionavam minha irregularidade menstrual com um alto nível de estresse, pois em nenhum exame tinham me diagnosticado com ovários policísticos, endometriose, por exemplo…, Mas uma vez vida seguia…
Em Jul/2015 resolvi me mudar p/ SP. La eu tinha mais esperanças nos médicos e no mercado, por que fui p/ trabalhar e tentar diminuir a distância quando estivéssemos juntos nos natais e ano novo. Comecei assim uma busca por um profissional da área, sem ser minha sogra ( Ela é obstetra/ginecologista/Mastologista), encontrei uma médica colombiana…Fiz todos os exames, revelei a médica que iria tentar engravidar após aquele ano, que meus planos era ir embora do Brasil e tentar engravidar com o marido, mas como tinha um plano bom, queria fazer qualquer tratamento para corrigir minha menstruação sem que me evitasse ganhar um bebe quando tivéssemos oportunidade de pratica ( tentar).
Ela me receitou um regulador menstrual, me pediu p/ tomar por 5 ciclos. Tomei 4 ciclos, no 5 ciclo…por algum motivo tomei uma pílula que fazia referência à última etapa do medicamento, ou seja…descontrolou tudo, fazendo que eu tivesse muitas dores de cólicas, e sangramento que me parecia mais hemorragia por alguns dias. Minha vida deu uma parada…parei imediatamente o medicamento, visitei minha sogra p/ me ajudar, pois tratava-se de uma emergência e eu não queria voltar na médica e nem procurar outra, fiquei assustada. Ela me requisitou vários exames p/ acompanhar o que estava acontecendo… então descobrimos que eu estava com um cisto folicular bem, mas bem grande…acredito que as Adm., lembram das dimensões que citei aqui no Grupo bem no início quando entrei…pois bem, aí começou o mistério… Ela me aplicou uma medicação para estimular a menstruação vir e esperar para ver se o cisto iria se dissolver, ou se seria preciso uma cirurgia …Mas graças a Deus, após a menstruação ter vindo acompanhamos, e não estava mais nada. Tudo estava normal…então resolvi que seria a hora de procurar um novo profissional para me acompanhar.
Encontrei uma nova médica, especialista em reprodução e muito mais preocupada e então começamos a verificar tudo, hormônios, acompanhamento de US p/ verificar se haviam ovulações regulares ou não, queríamos descobrir o motivo para o atraso menstrual. Como conclusão, em minhas US, fui diagnosticada com ovários multi-foliculares, ou seja, meus ovários produziam folículos, mas certos meses esses folículos não tinham força suficiente para eclodirem e liberarem os óvulos, também descobrimos uma alteração no FSH, mas ela me tranquilizou, e disse que o FSH as vezes alterava por conta de estresse, hábitos…ou seja, mais uma vez o estresse sendo o motivo…Sendo assim, acreditei e na época me lembro de pedir um estimulador de ovulação, e claro, ela se recusou…disse que não poderia super estimular meus ovários sendo que meu “noivo” não estava comigo fisicamente, eu iria produzir óvulos, e joga-los no lixo…junto com a menstruação, então resolvi seguir fazendo exames de acompanhamento…esse tratamento durou quase 6 meses.
O tempo passou e em Jan/2017 resolvemos que iria vir embora p/ Canadá p/ casarmos e consequentemente, providenciar minha imigração. Obvio que parei o acompanhamento com minha medica no brasil, ela me indicou um medicamento que foi super difícil de encontrar na época…acabei encontrando umas duas a três cartelas, era mais um regulador menstrual mas dessa vez diferente e com efeitos mais simples…Tomei três ciclo, três ciclo lindo…Jan/mar/Abr…em Maio, menstruação super atrasou…Me lembro que fiquei bem inchada, meu marido achava que eu estava gravida…na época estava nervosa por que ainda não tinha aplicada minha imigração e imigrar gravida era sem dúvida uma tarefa um tanto quanto demorada e mais detalhada do que o normal…além do tratamento sim, ser muito caro para quem tem residência temporária ( turista como era meu caso na época).
Então, durante todo o meu processo de imigração eu não podia fazer absolutamente nada. Casamos em Maio e aplicamos em Julho de 2017…o Processo levava pelo menos 1 ano, então era o jeito tentar fazer do jeito mais simples: Relaxando, tava fazendo Yoga (p/ o estresse, lembram?). Mas quem disse que conseguia relaxar?! Em Julho ainda, pesquisando sobre tudo, em tudo…conheci o blog da Anne…Li “de cabo a rabo”. Estudei tudo, sobre tudo…fiquei muitooooo impressionada com a ajuda das meninas e cada vez eu estudava mais, foi então que comecei a me aprofundar nos livros, artigos científicos e o que encontrava na internet ou na biblioteca daqui, ficava encantada com o poder da suplementação vitamínica, seja ela via suplemento (medicação) ou com a alimentação. Bom, com isso acabei então fazendo um protocolo p/ mim…N tinha como introduzir Sophia…nem Thor no marido pela dificuldade de entrar alguns tipos de dosagens de suplementos vitamínicos no Canadá, resisti… E tentei montar o mesmo protocolo do Sophia, ou próximo…além de claro, utilizar o App Fertility Friend…
Fiquei bem desenvolvida, acabei virando administradora do G0 a convite da Miriã e Anne <3, foi também um grande aprendizado e experiência, conheci talvez muitas de vocês e li cada caso com muito carinho e tenho certeza que tentei ajudar como fui ajudada…
Bem, foi meu primeiro gráfico, comecei a medir a partir do DC 33, como veio depois minha menstruação, estava no 6dpo…introduzir as vitaminas no ciclo seguinte: Vitamina D, Ácido fólico, Coenzima 10, Ômega 3, Vitex, melatonina, Óleo de prímula além de diminuir a ingestão de carboidrato, tentando fazer uma leve low carb…Já praticava Yoga desde fev, então continuei seguindo o marido e indo praticamente todos os dias da semana…Por fim, o ciclo, findou-se com 51Dias…e pode acreditar (Curto)…depois, Meu próximo ciclo, tive muitos problemas…Tive que voltar p/ Brasil, mudei a rotina, fuso horário…e tenho certeza que um estresse e uma sensação de incapacidade tomaram conta de mim, foi um período bem crítico…foi  simplesmente um ciclo de 130 dias…Fui em novembro p/ Brasil e a menstruação só desceu em fevereiro do outro ano…Detalhe, diagnostico: Ovários multi-foliculares…mas sem cisto. Segundo a médica eu havia ovulado de um lado e estava a ovular do outro o que causou o atraso…Nesse período, eu fiquei terrivelmente sem chão, pq se eu ovulei, perdi…pq naquelas alturas não tinha medido corretamente e nem meu corpo estava acostumando com o clima, fuso. Imagine você, saindo de -30 graus e indo para +30 em Belém…Foi PUNK…No meio do ciclo também tive um problema bem sério de sinusite. Tive que me medicar com antibióticos...resumo: Não deu…130 dias.
Voltei então p/ cá, p minha casa…Com três pacotes daquele mesmo regulador menstrual que a primeira médica me deu e três pacotes de anticoncepcional (acredite se quiser, minha sogra me deu *)…resolvi que não iria tomar o anticoncepcional (lógico) …até mesmo por que fugiria de toda a teoria que tanto tinha estudado e aceitado como princípio de saúde. Sendo assim, resolvi reiniciar as três cartelas de regulador…Resolvi também nesta época sair da administração do G0, eu precisava focar em mim..
Três cartelas de regulador tomadas, três ciclos regulados…no próximo ciclo, minha esperança não cabia no peito, mas foi em vão…o ciclo irregular de novo 67 dias com gráfico marcando uma ovulação duvidosa…e naquela altura eu sem plano de saúde brasileiro e nem o canadense, à espera da bendita imigração. Resolvi para tudo, parei as vitaminas…, mas não parei de medir com bastante cautela a temperatura basal...
Em junho, minha imigração começou a sair…dia 16 de Julho, me tornei residente permanente, e a convicção de que nosso primeiro passo após validar a imigração na fronteira seria  ir atrás do meu seguro de saúde e começar a visitar médicos de família para tentar que fossemos remanejados para um médico especialistas…É, aqui no Canadá, o serviço é de ótima qualidade mas você não escolhe muito o que tem que fazer, você tem que seguir os passos…dizendo que queria saber se eu podia ou não ter filhos, e se por um acaso não pudesse...queria ser ir encontrar um profissional para me ajudar.
Nesse meio tempo, 20 de Julho se iniciava mais um ciclo menstrual junto com toda aquela tempestade de mudanças, bênçãos…Encontrei assim, um médico, expliquei toda a minha história que vocês acabaram de ler acima, e ele disse: Vamos começar do zero…Me pediu  exames normais de um adulto, mulher…fiz o check-up…exames de sangue, tudo certo, Papanicolau tudo certo, câncer tido certo, enfim...me receitou também ultrassonografia pélvica…esse eu fui fazer apenas em setembro, por que no consultório que queria, tinha que esperar mesmo…Esperei.
Durante essa espera, comecei a trabalhar em dois turnos e estudar também, então meus dias ficavam super cheios e depois ainda tinha que dar atenção p/ marido, treinar, cuidar da casa, da minha cachorrinha(que pensa que é gente) e claro…de mim. Chegou o dia da ultrassom pélvica ( 7 de setembro), já estava na fase lútea,15dpo...mas minhas TB’s estavam bem altas, um pouco mais do que o normal…No trabalho comecei a ter uns desejos estranhos ( Salmão com sausage)…boca cheia de água, mas já era empoderada, e a única coisa que me fazia ter esperanças eram as TB’s altas. No momento do ultrassom, perguntei a técnica se ela podia ver algum feijãozinho crescendo, ela disse que não e também ainda era cedo demais, visto que meu ciclo era irregular…Após sair da clínica, já meio desacreditada, meu médico me ligou e me pediu p/ ir na clínica no outro dia, no primeiro horário. Fui junto com o marido, por que o assunto havia de ser sério…pelo alarme que ele havia feito.
No outro dia estávamos na clínica, o médico entrou dizendo que havia visto na meu ultrassom uma massa no meu rim, que poderia ser um erro de imagem ou algum problema no rim. Mas precisava da minha autorização p/ fazer uma tomografia, na hora autorizei, enquanto ele saiu da sala para preparar a requisição, eu mostrei p/ meu marido meu gráfico e disse que achava que estava gravida…podem ter certeza, pela primeira vez na vida, eu me sentia diferente e com medo de me submeter ao exame e provocar algum problema no bebezinho…eu tinha naquela hora um não do dia anterior ( quando perguntei se a moça via algo na ultra) e para mais um não, de exame de sangue para ter certeza…não seria muito cruel.
Quando o médico voltou, mostrei meu gráfico e disse que desconfiava. Ele n me entregou o papel, por que conhecia o método de controle basal, me mandou for um exame de sangue, o resultado ele me daria assim que o laboratório divulgasse, podia ser no outro dia ou na segunda. Claro, fiz o exame e obriguei meu marido a ir comigo comprar o teste de farmácia, comprei o mais sensível, por que sabia que se eu tivesse…estaria bem no início.
Fomos p/ casa, iria esperar até o outro dia p/ fazer com 1a urina, eu tinha dois testes…pensei…vou fazer um agora, e se der muito fraco ou não der, amanhã repito e espero o médico ligar…nessas alturas, meu marido estava cortando a grama do jardim, eu sem avisa-lo, subi…me tranquei no banheiro…e peguei um teste…Eu naquela hora desliguei…enquanto o xixi tentava encontrar o teste, lá estavam as listras azuis…Em questão de segundos estava lá…super forte como meu coração naquela hora…sai correndo…com o short desabotoado, abri a janela do quarto de cima, onde vai ser o quarto do meu bebe e gritei.. “Amooooooooor, eu to gravida!!!!” O cortador de grama estava numa barulheira…eu mostrava o teste, gritava e ele não entendia nada, então desci e ele me encontrou na porta do deck, e eu mostrei e confirmei….nos dois choramos calados, sorrindo. Era um choro de felicidade, de alivio e de esperança, uma misturada louca! Enfim, nosso amor tinha virado gente naquele ciclo...<3
Passou um filme na minha cabeça, naquela última semana, na cama, antes de dormir ele disse p/ mim “ Amor, eu queria entender porque Deus faz isso com a gente, por que? por que ele n te deixa engravidar…”
Eu fui ali forte por nós dois e disse: “Amor, temos um ao outro. Temos saúde, paz e nos amamos, Deus sabe que a hora que eu e você estivermos preparados ele vai nos abençoar!” …naquela noite fomos dormir e em pouco dias…Nossa benção chegou...
Hoje estou com 12 semanas e 4 dias, descobri com 4 semanas.
Meu médico me disse assim: “Como que você conseguiu descobri tão cedo? ninguém no canada começa um pre natal com 4 semanas..
Eu apenas respondi ...”aprendi a me conhecer!”...).
Graças a Deus, está tudo normal, fiz a transluscência Nucal hoje (tudo perfeitinho) batimentos fortes entre 155-165bpm….e estou aqui p/ contar p/ você o que você já sabe…não existe ciclo longo, existe o ciclo de Deus, ele sabe a hora certa para tudo.
Aqui abaixo, vou postar meu ciclo do positivo e as fotos mais lindas do mundo. Meu grãozinho crescendo.
O relato foi grande, eu sei...Mas não dava para encurtar demais...
Desejo a vocês muita saúde e esperança no coração e fé em Deus, por que mais do que ele ninguém!
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Gráfico de temperatura basal da Débora

Palavras chave: relato, positivo, gravidez, método sintotermal, gráfico, temperatura basal, SOP, LUF. 

 




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