sábado, 30 de dezembro de 2023

Chá da Naoli: receita original e adaptada para entrar em trabalho de parto naturalmente

Olá, queridas leitoras!

Há cerca de seis anos, venho adiando escrever este post, sempre pensando: 'Ah, farei isso mais tarde'. Mas quem está no mundo da maternidade sabe bem como o tempo voa (e como é corrido!) - vocês vão entender o que eu digo! 😄 

Inspirada por uma amiga muito especial que me pediu a receita do chá, e aproveitando que as crianças estão com os avós, finalmente encontrei um momento de tranquilidade para me dedicar a compartilhar esta história e receita com vocês

Quero começar a contar sobre o finalzinho da gestação do Arthur, meu primeiro filho. Imagine a cena: lá estava eu, grávida de 40 semanas e 4 dias e ansiosíssima* para experimentar o famoso Chá da Naoli, quando percebo que estou sem um ingrediente chave - as folhas de abacate. O que fazer? Bom, o jeito foi recorrer aos vizinhos! Essa missão inesperada acabou se tornando uma história hilária na minha família, com meu tio herói da vez, batendo de porta em porta em busca das preciosas folhas.
* Pelas minhas contas eu estava de 40 semanas e 4 dias, porém pelo primeiro Ultrassom, eu estava com 1 semana a mais, ou seja, 41 semanas e 4 dias. O limite do meu obstetra eram as 42 semanas.
Além da saga das folhas de abacate, há outra parte importante da minha jornada para o trabalho de parto: a acupuntura. Nas duas gestações, juntei essa prática milenar ao Chá da Naoli, mas com resultados diferentes. Na primeira gravidez, tudo funcionou maravilhosamente, mas na segunda, as coisas não foram tão simples. Suspeito que a possível diabetes gestacional que enfrentei (embora os exames fossem limítrofes, os sintomas estavam lá) tenha sido um fator decisivo para essa diferença.

Essa experiência me mostrou que cada gravidez é um universo único, cheio de surpresas e lições. Acompanhe a história completa, e descubra como esse chá especial e a acupuntura fizeram parte da minha jornada rumo à maternidade.

Conheça Naoli Vinaver - Uma autoridade em parto natural

Naoli Vinaver é uma renomada parteira mexicana, conhecida por sua abordagem holística no cuidado materno e no parto natural. Com décadas de experiência, Naoli se destaca como uma professora, escritora e palestrante influente no mundo da obstetrícia natural. Sua expertise é buscada em várias partes do mundo, e ela contribui significativamente para o empoderamento das mulheres no processo do parto. Ela é frequentemente convidada para conferências internacionais e workshops, onde compartilha seu conhecimento e experiências.  Seus livros e cursos são recursos valiosos para profissionais da área e para mulheres interessadas no parto humanizado.

Além do famoso "Chá da Naoli", ela desenvolveu várias técnicas e métodos que promovem um parto mais natural e menos intervencionista. Naoli é uma defensora fervorosa do parto humanizado, lutando pela autonomia das mulheres e pelo respeito às suas escolhas durante o parto.

O Poderoso Chá da Naoli

O "Chá da Naoli" não é apenas uma bebida. É uma fusão de sabedoria tradicional e conhecimento prático, criado para apoiar as mulheres nas fases finais da gravidez. Este chá é feito com ingredientes naturais, cada um escolhido por suas propriedades únicas para aquecer, estimular e energizar o corpo da mulher, auxiliando no início do trabalho de parto.

Ingredientes para fazer o Chá da Naoli. Contém folha de abacate, chocolate amargo, pimenta do reino, manjericão, paus de canela e alecrim.
Imagem de minha autoria. Ingredientes para o chá da Naoli.

Ingredientes tradicionais:

  • 2/3 paus de canela;
  • Chocolate puro;
  • 5-10 bolas de pimenta negra;
  • 3 folhas de abacate;
  • 1-2 raminhos de alecrim;
  • Açúcar mascavo ou mel para adoçar.
Ingredientes opcionais para melhorar o efeito das contrações:
  • Gengibre fresco;
  • Páprica (pimentão vermelho);
  • Orégano, manjericão, tomilho;
  • Folhas de Zoapatle ou tintura zoapatle em brandy.

Receita adaptada - como eu fiz:

  • 3 paus de canela;
  • 20 cravos;
  • 50g de nibs de Cacau (cacau 100%, são pequenos fragmentos da amêndoa do cacau);
  • 10 bolas de pimenta negra (pimenta do reino) inteiras;
  • 3 folhas de abacate frescas;
  • 2 raminhos de alecrim fresco;
  • açúcar mascavo para adoçar.
  • fatias de gengibre fresco;
  • orégano, manjericão e tomilho em quantidades de meia colher de chá.
O Zoapatle, ou Montanoa tomentosa, é uma planta tradicional mexicana, conhecida por suas propriedades que podem estimular as contrações uterinas. Embora faça parte da receita original do Chá da Naoli, essa planta não é comumente encontrada no Brasil, o que pode tornar difícil replicar a receita exatamente como Naoli Vinaver sugere. Por essa razão, optei por não incluir o Zoapatle na minha adaptação da receita.

Minha experiência pessoal com o Chá da Naoli

Como mãe de dois, experimentei o Chá da Naoli em ambas as minhas gestações. Na primeira, com 40 semanas e 4 dias, tomei o chá e realizei acupuntura para indução, entrando em trabalho de parto poucas horas depois. Já na segunda, apesar de repetir o processo com 40 semanas e 5 dias, acabei necessitando de indução medicamentosa no hospital com 41 semanas e 5 dias. Ambos os meus filhos, Arthur e Alessia, nasceram de parto normal.

O Chá da Naoli realmente funciona? 

Sim, o Chá da Naoli pode funcionar para induzir o trabalho de parto. Baseando-me em minha própria experiência e nos relatos de outras mulheres, percebi que a mistura especial de ingredientes naturais como canela, pimenta preta e folhas de abacate, oferece um potencial significativo. 
Na minha primeira gravidez, o Chá da Naoli pareceu desempenhar um papel crucial no início do meu trabalho de parto poucas horas após o consumo. No entanto, na minha segunda gestação, mesmo repetindo o uso, acabei necessitando de indução medicamentosa, o que indica que a eficácia pode variar de acordo com diversos fatores, incluindo condições individuais de saúde, como a possível diabetes gestacional que eu experienciei. Cada gravidez é única, e os efeitos do chá podem variar de mulher para mulher. 
Portanto, é essencial consultar um profissional de saúde antes de tentar qualquer método natural de indução. As experiências positivas de várias mães e a sabedoria de parteiras experientes como Naoli Vinaver reforçam que, quando utilizado corretamente, o Chá da Naoli pode ser uma ferramenta natural valiosa no preparo para o parto.

Importância do Acompanhamento Profissional

É crucial entender que cada gestação é única. Embora o Chá da Naoli seja uma ferramenta poderosa, seu uso deve sempre ser acompanhado por um profissional de saúde qualificado. A sabedoria de Naoli Vinaver nos lembra que o parto é um processo natural, mas que cada mulher deve ser respeitada em suas necessidades e individualidade.

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Predominância estrogênica - as melhores dicas para reverter esse diagnóstico

A jornada para a maternidade pode ser desafiadora, especialmente quando obstáculos inesperados como desequilíbrios hormonais surgem no caminho. Mulheres que sonham em engravidar, as "tentantes", enfrentam muitas vezes um inimigo silencioso: a predominância estrogênica. Este fenômeno, caracterizado por um desequilíbrio entre os níveis de estrogênio e progesterona, pode ser um fator complicador na busca pela concepção.

Neste post, mergulharemos fundo nos intricados padrões hormonais, esclarecendo como uma alteração no equilíbrio delicado entre estrogênio e progesterona pode influenciar a fertilidade. Também compartilharei dicas vitais e orientações para restabelecer o equilíbrio hormonal e dar passos largos em direção à gravidez saudável e esperada.

O Papel do Estrogênio e da Progesterona na Fertilidade

O estrogênio e a progesterona desempenham papéis essenciais no ciclo menstrual. O estrogênio estimula o crescimento do revestimento uterino (endométrio) durante a primeira metade do ciclo, enquanto a progesterona, produzida após a ovulação, estabiliza o endométrio para facilitar a implantação do embrião. Um desequilíbrio entre esses dois hormônios pode criar condições adversas para a concepção.

Estatística Importante:

Estima-se que disfunções ovulatórias, frequentemente decorrentes de desequilíbrios hormonais, sejam responsáveis por aproximadamente 21% a 25% dos casos de infertilidade em mulheres, sendo a predominância estrogênica um dos mais comuns.

Padrões Hormonais e a Fertilidade

Entender os diferentes padrões hormonais é crucial para decifrar as questões de fertilidade:

  • Padrão Saudável: Os níveis de estrogênio e progesterona estão ótimos e em equilíbrio, promovendo um ambiente reprodutivo favorável.
  • Estrogênio alta: Níveis de estrogênio estão aumentados enquanto a progesterona permanece a mesma, resultando em desequilíbrio.
  • Progesterona baixa: Estrogênio está ótimo, mas a progesterona está diminuída, também criando um desequilíbrio.
  • Combinação de estrogênio alto + progesterona baixa: Ambos estrogênio e progesterona estão fora dos níveis ótimos, representando um desequilíbrio significativo.

Entendendo a Predominância Estrogênica

A predominância estrogênica pode se apresentar de diferentes formas:

  • Quando o estrogênio está ALTO e a progesterona está baixa ou normal, isso pode levar a um quadro clínico que dificulta a implantação do embrião.
  • No caso do estrogênio NORMAL e progesterona baixa, a janela de implantação pode ser afetada, impactando as chances de gravidez.
  • Se ambos, estrogênio e progesterona estão BAIXOS, com a progesterona ainda mais baixa, o suporte para a gravidez inicial pode ser insuficiente, podendo resultar em uma perda gestacional (aborto).
Padrões de predominância estrogênica. Fonte: Dr Tara Burke.

Revertendo a Predominância Estrogênica: Estratégias e Dicas

Aqui estão as melhores dicas para reverter a predominância estrogênica e melhorar suas chances de engravidar:

  • Nutrição estratégica: Foque em alimentos que apoiam o metabolismo do estrogênio e melhore a saúde intestinal, como fibras e probióticos.
  • Gerenciamento do estresse: Aprenda técnicas de relaxamento e considerar terapias como a ioga e meditação para reduzir os níveis de cortisol.
  • Atividade física: Exercícios regulares podem ajudar a equilibrar os hormônios e a manter um peso saudável, crucial para manter os níveis hormonais ótimos.
  • Evitar disruptores endócrinos: Minimize a exposição a xenoestrogênios encontrados em plásticos, cosméticos e pesticidas. Opte por cosméticos naturais, com selos orgânicos e óleos essenciais que podem ajudar tanto a tua pele quanto os teus hormônios.
  • Suplementação e medicina integrativa: Considere suplementos como o DIM (Diindolylmethane) e ervas como Vitex que podem ajudar a balancear os níveis hormonais, mas sempre sob orientação médica.
  • Monitoramento e testes: Mantenha um diálogo aberto com seu médico, fazendo testes regulares para monitorar e ajustar os níveis hormonais conforme necessário.
  • Evitar anticoncepcionais hormonais: Discuta alternativas de contracepção não hormonal com seu médico para evitar a influência destes no equilíbrio hormonal. DIU de cobre, método de Billings e método sintotermal são ótimas alternativas. 

Fitoterápicos e suplementos para equilibrar hormônios

Baseando-se nas orientações da Dra. Tara Burke, aqui estão os principais aliados naturais para restaurar o equilíbrio hormonal:

  • Black Cohosh (Cimicifuga racemosa)
    • Auxilia na redução de sintomas da menopausa, como ondas de calor.
    • Pode regular ciclos e minimizar sintomas associados ao estrogênio elevado.
    • Uma revisão sistemática publicada no American Journal of Obstetrics and Gynecology avaliou a segurança do Black Cohosh e concluiu que, embora geralmente seguro, é necessário cautela devido a relatos de efeitos adversos hepáticos. 
      • Liske, E., et al. (2002). "Clinical efficacy and safety of a unique extract of black cohosh root (Remifemin): a hormone-free alternative to hormone replacement therapy." Obstetrics & Gynecology, 99(2), 389-395.
  • Maca (Lepidium peruvianum)
    • Um adaptógeno poderoso para melhorar a saúde hormonal.
    • Contribui para o aumento da fertilidade e equilíbrio dos hormônios femininos.
    • Uma revisão publicada no Food & Function destacou os efeitos medicinais da Maca, incluindo melhorias na função sexual e na fertilidade.
      • Gonzales, G. F., et al. (2014). "Maca (Lepidium meyenii Walp), a review of its biological properties." Revista Peruana de Medicina Experimental y Salud Pública, 31(1), 15-25.
  • Kava (Piper methysticum)
    • Eficaz no alívio da ansiedade e na redução de sintomas da menopausa.
    • Pode melhorar a qualidade do sono e promover relaxamento, essencial para tentantes.
    • Uma revisão sistemática publicada no Cochrane Database of Systematic Reviews concluiu que o Kava é eficaz no tratamento da ansiedade, mas recomenda cautela devido a potenciais efeitos hepatotóxicos.
      • Pittler, M. H., & Ernst, E. (2003). "Kava extract for treating anxiety." Cochrane Database of Systematic Reviews, (1), CD003383.
  • DIM (Diindolilmetano)
    • Ajuda no metabolismo saudável do estrogênio, reduzindo seus níveis excessivos.
    • Suporta o equilíbrio hormonal e a saúde do fígado.
    • Um estudo publicado no Journal of Nutrition demonstrou que o DIM modula o metabolismo do estrogênio, potencialmente reduzindo o risco de cânceres hormônio-dependentes.
      • Indole-3-Carbinol Is a Negative Regulator of Estrogen. The Journal of Nutrition, v. 132, n. 6, p. 1340-1346, 2002.
      • Effect of Diindolylmethane on Estrogen-related Hormones, Metabolites, and Biomarkers of Breast Cancer Risk: A Randomized Controlled Trial. Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, v. 26, n. 3, p. 435-442, 2017.
  • Vitex (Vitex agnus-castus)
    • Regula os ciclos menstruais e promove níveis saudáveis de progesterona.
    • Ideal para mulheres com fases lúteas curtas.
    • Uma revisão publicada no Planta Medica destacou a eficácia do Vitex no tratamento de distúrbios menstruais e da síndrome pré-menstrual.
      • Wuttke, W., et al. (2003). "Chaste tree (Vitex agnus-castus)--pharmacology and clinical indications." Phytomedicine, 10(4), 348-357.

Estudos científicos que apoiam essas estratégias:
  • DIM e metabolismo do estrogênio: Um estudo publicado no Journal of Nutrition mostrou que o DIM ajuda a promover a eliminação de metabólitos de estrogênio prejudiciais, reduzindo a predominância estrogênica. 
    • Indole-3-Carbinol Is a Negative Regulator of Estrogen. The Journal of Nutrition, v. 132, n. 6, p. 1340-1346, 2002.
    • Effect of Diindolylmethane on Estrogen-related Hormones, Metabolites, and Biomarkers of Breast Cancer Risk: A Randomized Controlled Trial. Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, v. 26, n. 3, p. 435-442, 2017.
  • Magnésio e ansiedade hormonal: Pesquisa no Journal of Research in Medical Sciences evidenciou que a suplementação de magnésio melhora os sintomas de ansiedade relacionados ao ciclo menstrual.
    • Fonte: The Effects of Magnesium Supplementation on Subjective Anxiety and Stress—A Systematic Review. Nutrients, v. 9, n. 5, p. 429, 2017.
    • Magnesium in Prevention and Therapy. Nutrients, v. 7, n. 9, p. 5388-5406, 2015.

Identificando os Sintomas da Predominância Estrogênica

É crucial reconhecer os sinais da predominância estrogênica, pois os sintomas podem não só afetar a qualidade de vida diária, mas também fornecer pistas importantes para esse desequilíbrio hormonal. Entre os sintomas mais comuns, incluem-se:
  • Diminuição da libido: Uma queda no desejo sexual pode ser um dos primeiros sinais de que os níveis de estrogênio estão desproporcionais em relação à progesterona.
  • Sintomas de TPM: Se você está experienciando sintomas pré-menstruais mais intensos, isso pode ser um indicativo de que o estrogênio está em excesso.
  • Ciclos irregulares: A irregularidade menstrual é um sinal clássico de que algo está desbalanceado no sistema reprodutivo.
  • Mudanças de humor: Flutuações inesperadas de humor, incluindo irritabilidade ou depressão, podem ser sintomáticas de níveis hormonais anormais.
  • Dificuldade de concentração: Dificuldades cognitivas como perda de foco ou "brain fog" são frequentemente relatadas por mulheres com predominância estrogênica.
  • Inchaço: O acúmulo de líquidos e a sensação de inchaço podem ocorrer devido à influência do estrogênio no equilíbrio de fluidos e sódio.
  • Fogachos: Comuns durante a perimenopausa, os fogachos também podem ser experimentados por mulheres com níveis elevados de estrogênio.
  • Sensibilidade mamária: Seios doloridos e sensíveis fora do ciclo menstrual normal podem ser um sinal de alerta.
  • Ganho de peso: O aumento de peso inexplicado, especialmente na região abdominal, pode estar associado ao desequilíbrio hormonal.
  • Insônia: Dificuldades para dormir ou manter o sono podem estar ligadas aos altos níveis de estrogênio.
  • Acne: As temidas "espinhas" podem estar relacionadas tanto ao estradiol alto quanto à progesterona baixa. Entenda mais sobre isso abaixo.
Reconhecer esses sintomas é um passo fundamental para buscar ajuda e iniciar o caminho para o reequilíbrio hormonal. Se você está enfrentando esses sinais, é aconselhável discuti-los com seu médico. Um plano de ação pode incluir desde mudanças no estilo de vida e dieta até intervenções médicas específicas, como a terapia de reposição hormonal bioidêntica ou o uso de moduladores seletivos do receptor de estrogênio.

Curiosidade:

Estudos mostram que o estrogênio elevado pode reduzir os níveis de magnésio no corpo, piorando sintomas como insônia e ansiedade.

A Acne como Sintoma da Predominância Estrogênica

A acne pode ser um sintoma revelador de desequilíbrios hormonais, e na predominância estrogênica, ela apresenta características distintas:
  • Acne relacionada à progesterona baixa: É comum que as espinhas piorem logo antes do período menstrual, especialmente no queixo, mas também podem aparecer nas bochechas ou na testa. Durante a fase pré-menstrual do ciclo, a progesterona tem uma queda acentuada, o que pode causar acne. Este tipo de acne geralmente surge junto com outros sintomas de TPM, como alterações de humor, irritabilidade, distúrbios do sono, sensibilidade mamária ou inchaço. É importante notar que esse padrão pode coexistir com a predominância estrogênica.
  • Acne relacionada ao estrogênio alto: Esse tipo de acne tende a aparecer na primeira metade do ciclo menstrual, ou em torno do tempo de ovulação, quando ocorre um pico no nível de estradiol. Um aparecimento repentino de acne durante esse período podem ser um sinal de que o estrogênio está elevado em relação à progesterona.
A acne hormonal pode ser particularmente frustrante, pois muitas vezes resiste a tratamentos típicos de acne e pode exigir uma abordagem mais focada no equilíbrio hormonal para ser efetivamente gerenciada. Tratamentos podem incluir ajustes na dieta, suplementação específica e, em alguns casos, medicamentos prescritos por um profissional de saúde.

Minha experiência com a predominância estrogênica:

Gostaria também de compartilhar a minha experiência pessoal com a predominância estrogênica. 

Em 2014, fiz uma escolha que mudaria minha vida: parei de tomar a pílula anticoncepcional Diclin, minha fiel companheira por quase seis anos. Eu a adorava — não só pelo preço acessível, mas pelos benefícios incontestáveis. Ela me ajudou a emagrecer, me deu uma pele livre de espinhas, cabelos sem oleosidade, menstruações regulares e sem cólicas. E o bônus: um escudo eficaz contra uma gravidez não planejada, já que, casada desde dezembro de 2011, eu ainda tinha um caminho a percorrer na faculdade e muitos desafios — físicos, financeiros e emocionais — para superar.

No entanto, a conscientização sobre os riscos de trombose e embolia, frequentemente associados ao uso prolongado de anticoncepcionais orais, me fez reavaliar minhas escolhas e acabou por me despertar para a realidade dos perigos que eu ignorava. Quanto mais eu pesquisava, mais preocupada ficava. Eu estava numa encruzilhada: abandonar os benefícios que tanto prezava ou ignorar os riscos que começavam a me assombrar? Apesar de ter um estoque de pílulas em casa, decidi que após consumir as últimas três cartelas, buscaria alternativas.

Foi durante um momento banal — um dia qualquer no provador de uma loja — que a decisão foi tomada. Vasinhos vermelhos despontavam em minha pele, como pequenos rios em um mapa. Nas pernas, alguns mais proeminentes, sinais claros de alerta. Como pude não notar antes? Seria a iluminação do local ou a minha própria cegueira?

Com a decisão firme, e após consumir o estoque restante de pílulas, abracei o método sintotermal e o aplicativo Fertility Friend. Tornei-me uma observadora atenta do meu próprio corpo, registrando minha temperatura basal e mapeando meu ciclo.

Implementei mudanças radicais: revolucionei minha dieta, incorporei exercícios à minha rotina e estabeleci o sagrado ciclo de 8 horas de sono.

Mas algo não estava certo. A fase lútea, aquele período crucial pós-ovulação, era consistentemente breve — 12 dias, talvez 13, durante todo o ano de 2014 e 2015. Em 2016, a preocupação cresceu quando diminuiu para 11 dias. Os sintomas de predominância estrogênica eram claros:
  • Acne que desafiava qualquer tratamento (vitaminas, minerais ou cremes tópicos)
  • Ganho de peso (gordura) em áreas específicas do corpo (quadril e coxas, um local bem específico que indica predominância estrogênica)
  • Compulsão alimentar
  • Ansiedade quase palpável
Então, em 2017, aconteceu o inesperado: fiquei grávida! Foi realmente uma surpresa, pois eu não estava tentando. Mesmo com uma fase lútea curta e suspeita de baixa progesterona, fui abençoada com um filho saudável. E em 2021, repeti a dose: grávida novamente, com progesterona inicialmente baixa (20,04 ng/mL), onde suplementei com Utrogestan, mas com uma gestação tranquila.

Esta é minha mensagem de esperança: sim, é possível engravidar e ter uma gravidez saudável mesmo com predominância estrogênica. Que minha história inspire outras mulheres a não desistirem do sonho da maternidade.

Conclusão:

O caminho para a concepção é muitas vezes marcado por descobertas e desafios, onde o equilíbrio hormonal desempenha um papel central. A predominância estrogênica, com suas variadas facetas, pode ser um obstáculo significativo, mas não é intransponível. Com um entendimento claro dos padrões hormonais e como eles afetam a fertilidade, é possível adotar estratégias eficazes para reequilibrar o sistema endócrino.

A nutrição não apenas alimenta o corpo mas também pode ser uma aliada poderosa na regulação hormonal, fornecendo os blocos construtivos necessários para a produção hormonal adequada. Juntamente com a atividade física e o gerenciamento do estresse, estes aspectos formam a tríade fundamental para um estilo de vida que promove o equilíbrio hormonal.

A suplementação e a medicina alternativa oferecem caminhos adicionais que, com a devida orientação médica, podem complementar as mudanças de estilo de vida para reequilibrar os níveis hormonais. A colaboração contínua com profissionais de saúde, através de monitoramento e testes, é essencial para garantir que qualquer intervenção seja segura e eficaz.

Além disso, é importante reconhecer que cada corpo é único. O que funciona para uma pessoa pode não ser a solução para outra. Portanto, a paciência e a persistência são virtudes indispensáveis nessa jornada. Ajustes finos no plano de tratamento podem ser necessários e, para isso, a comunicação honesta e aberta com os profissionais de saúde é vital.

Reverter a predominância estrogênica é mais do que apenas ajustar números em um teste laboratorial; trata-se de restaurar a harmonia ao corpo e criar um ambiente propício à vida. Com as escolhas certas, orientação especializada e um compromisso com o autocuidado, o sonho da maternidade pode se tornar uma realidade palpável.

Aqueles que trilham esse caminho não devem fazê-lo sozinhos. O apoio de parceiros, familiares, amigos e grupos de apoio pode fornecer a força emocional necessária para enfrentar os desafios e celebrar os sucessos. A jornada para equilibrar os hormônios e melhorar a fertilidade é complexa, mas repleta de esperança e possibilidades. Mantenha a resiliência e a esperança como suas companheiras constantes e confie no processo que leva ao objetivo final: uma família saudável e feliz.

Fonte: Supplements to Balance Hormones - Dr Tara Burke

sábado, 28 de outubro de 2023

Xaropes à base de mel: Seguros para bebês abaixo de 12 meses?

Mel fervido para crianças menores de um ano: Entendendo o risco de botulismo.

Quando os pequenos começam a mostrar sinais de gripe ou resfriado, muitos pais e cuidadores se voltam para remédios caseiros tradicionais, como xaropes feitos com mel, limão, gengibre e abacaxi. Essas combinações têm sido usadas há gerações para aliviar sintomas e fortalecer o sistema imunológico. No entanto, surge uma preocupação fundamental quando se trata de oferecer mel para crianças abaixo de um ano: o botulismo infantil.

Ilustração de um pote de mel, um limão, um gengibre e um abacaxi, dispostos em semicírculo com um sinal de cuidado no centro indicando perigo potencial para os bebês.
Xaropes à base de mel não são seguros para bebês menores de 12 anos, nem mesmo fervido.

O que é botulismo infantil?

O botulismo infantil é uma forma rara, porém grave, de intoxicação alimentar que afeta bebês. É causado pelas neurotoxinas produzidas pela bactéria Clostridium botulinum. Embora a bactéria em si possa ser morta pela fervura, os esporos resistentes que ela produz podem não ser totalmente eliminados pelo calor.

Mel: Um alimento maravilhoso, mas com precauções para bebês

O mel é um alimento incrível, repleto de antioxidantes, vitaminas e minerais. No entanto, também pode ser um reservatório para os esporos da bactéria Clostridium botulinum. Por esse motivo, pediatras e especialistas em saúde recomendam veementemente que o mel seja evitado por crianças menores de 12 meses.

Mas e o mel em xaropes caseiros?

É comum ouvir que, quando o mel é usado em combinações como xaropes, ele age mais como um medicamento do que como um alimento. De fato, muitos pediatras podem liberar o mel em formulações de xarope para crianças acima de 12 meses, considerando seus benefícios terapêuticos. No entanto, a linha fundamental é clara: para crianças abaixo de 12 meses, o mel, fervido ou não, deve ser evitado.

Ferver o mel elimina o risco de botulismo?

A fervura pode, de fato, matar a bactéria Clostridium botulinum, mas os esporos resistentes ao calor que a bactéria produz podem sobreviver. Portanto, mesmo que o mel seja fervido junto com outros ingredientes, o risco de botulismo ainda existe.

Os esporos desta bactéria são conhecidos por serem muito resistentes a condições adversas, incluindo calor. No entanto, a fervura pode não ser suficiente para destruir completamente os esporos, especialmente se a fervura for por um curto período de tempo.

É importante notar que, enquanto a fervura pode destruir muitos micro-organismos e suas toxinas, os esporos de Clostridium botulinum são particularmente resistentes. Para eliminar completamente o risco, é necessário submeter os alimentos a tratamentos térmicos mais rigorosos, como a esterilização em autoclave, que é um processo usado na indústria de conservas.

A recomendação de não dar mel a crianças menores de 12 meses é justamente por causa do risco associado aos esporos da bactéria, que podem germinar e produzir toxina no intestino de um bebê, levando ao botulismo infantil.

Conclusão

Como pais e cuidadores, sempre queremos o melhor para nossos pequenos. Enquanto o mel tem muitos benefícios maravilhosos para adultos e crianças mais velhas, seu risco para bebês menores de 12 meses não deve ser subestimado. Seja sempre cauteloso e, em caso de dúvida, consulte o pediatra do seu filho.

Referências:

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Aterramento (Grounding): Como a prática pode melhorar a fertilidade e aumentar as chances de engravidar

Se você já se sentiu renovada após um passeio ao ar livre, descalça na praia ou no campo, saiba que essa sensação não é mera coincidência. O ato de se conectar com a Terra, conhecido como "Aterramento" ou "Grounding", tem ganhado cada vez mais destaque nas pesquisas científicas por seus inúmeros benefícios à saúde, incluindo a melhoria da fertilidade.

Ilustração de uma mulher de 30 anos, brasileira, sentada de pernas cruzadas em uma praia, com as ondas tocando suavemente seus pés, emanando um brilho que simboliza a conexão com a terra (grounding/earthing/aterramento)
O contato com a natureza tem o poder de influenciar positivamente a tua fertilidade

O que é Aterramento?

O Aterramento, ou Grounding, refere-se ao simples ato de fazer contato direto com a superfície da Terra, seja caminhando descalço na grama, areia ou até mesmo jardim. Este contato permite que nosso corpo receba uma abundância de elétrons da Terra, promovendo uma série de benefícios fisiológicos e de bem-estar.

Como o Aterramento pode melhorar a fertilidade e aumentar as chances de gravidez?

1. Redução do estresse e ansiedade:

A jornada para a concepção pode ser repleta de ansiedade e tensão. Estudos, como o publicado no Journal of Environmental and Public Health, mostram que o Grounding pode ajudar a reduzir esses níveis de estresse. Ao fazer contato direto com a Terra, nosso corpo tem uma tendência a migrar do modo "lutar ou fugir" (estado simpático) para um estado mais calmo e relaxado (estado parassimpático). Esta transição auxilia na redução dos hormônios do estresse, como o cortisol, criando um ambiente mais propício para a concepção.

2. Diminuição da inflamação:

A inflamação crônica tem sido associada a problemas de fertilidade. O Aterramento, conforme indicado em pesquisas, pode atuar como um anti-inflamatório natural. Ao nos conectarmos com a Terra, recebemos elétrons negativos que neutralizam os radicais livres em nosso corpo, reduzindo a inflamação e promovendo um ambiente mais saudável para a fertilidade.

3. Alívio da dor:

Muitas mulheres enfrentam desconfortos menstruais, como cólicas intensas, ou condições como endometriose. A prática regular do Grounding pode ajudar a aliviar essas dores. Isso ocorre porque o Aterramento reduz a inflamação, que é muitas vezes a causa raiz da dor.

4. Equilíbrio hormonal:

Hormônios desempenham um papel crucial na fertilidade. Desequilíbrios hormonais podem afetar o ciclo menstrual, a ovulação e até mesmo a implantação do embrião. O Aterramento, ao promover a redução do estresse e da inflamação, pode ajudar a equilibrar os hormônios, facilitando a regulação do ciclo menstrual e aumentando as chances de concepção.

5. Melhora do sono:

Um sono reparador é essencial para a saúde reprodutiva. Estudos mostram que o Aterramento pode melhorar a qualidade do sono ao regular o ritmo circadiano e normalizar o perfil diurno do cortisol. Um sono de qualidade também auxilia na regulação hormonal, o que é benéfico para a fertilidade.

6. Estímulo à libido:

A conexão com a natureza, através do Grounding, pode também ser benéfica para a libido. Com a redução do estresse e a melhoria do bem-estar geral, o desejo sexual pode ser naturalmente estimulado, tornando a jornada para a concepção mais prazerosa.

7. Auxílio na perda de peso:

Muitas mulheres notam alterações de peso devido a tratamentos de fertilidade ou desequilíbrios hormonais. O Aterramento, ao promover o equilíbrio hormonal e reduzir a inflamação, pode auxiliar no processo de perda de peso, contribuindo para um corpo e mente saudáveis durante a busca pela maternidade.

Conclusão:

O Aterramento é uma prática simples, mas poderosa, que pode ser facilmente incorporada ao seu dia a dia. Seja caminhando descalça na praia, jardim ou parque, essa conexão com a Terra pode oferecer inúmeros benefícios para sua saúde reprodutiva. Convidamos você a experimentar e sentir os benefícios desta prática milenar e natural. E lembre-se, cada passo na sua jornada de fertilidade é um passo em direção ao seu sonho. Mantenha a esperança e conecte-se com a natureza.

Referências:

Chevalier G, Sinatra ST, Oschman JL, Sokal K, Sokal P. Earthing: health implications of reconnecting the human body to the Earth's surface electrons. J Environ Public Health. 2012;2012:291541. doi: 10.1155/2012/291541. Epub 2012 Jan 12. PMID: 22291721; PMCID: PMC3265077.









quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Albendazol pode alterar a microbiota intestinal? Saiba o que os estudos dizem

Você já ouviu falar sobre os efeitos do albendazol na microbiota intestinal? Esse medicamento antiparasitário é amplamente usado para combater infecções por helmintos, mas será que ele tem o poder de influenciar a composição da nossa flora intestinal? Antes de mergulharmos nesse tópico, vamos entender um pouco mais sobre os helmintos e o papel do albendazol.

Imagem vetorizada de uma balança equilibrada com um lado mostrando comprimidos de albendazol e o outro lado mostrando diversas bactérias intestinais, simbolizando o equilíbrio do tratamento e da microbiota.
Albendazol e o equilíbrio da microbiota intestinal

O que são helmintos?

Helmintos são parasitas intestinais, popularmente conhecidos como vermes, que podem causar várias doenças em humanos. A infecção ocorre principalmente através da ingestão de alimentos ou água contaminados, contato com solo infestado ou através da pele.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), bilhões de pessoas em todo o mundo são infectadas por helmintos, tornando-se um problema de saúde pública significativo, especialmente em regiões com saneamento básico inadequado.

Albendazol: Um aliado antigo e confiável

O albendazol tem sido usado por décadas no tratamento de infecções por helmintos. Devido à sua eficácia e segurança comprovada, é amplamente prescrito e utilizado em campanhas de saúde pública para combater infecções parasitárias. Mas, além de seu efeito antiparasitário, como ele influencia nossa microbiota intestinal?

Vamos explorar o que os estudos científicos recentes têm a dizer.

Estudo feito na Indonésia

Em Makassar, Indonésia, um estudo com crianças de diferentes status socioeconômicos buscou entender a permeabilidade intestinal antes e depois do tratamento com albendazol. As descobertas foram reveladoras:

  • Helmintos intestinais eram comuns, especialmente em crianças de baixo status socioeconômico.
  • Após o tratamento com albendazol, as infecções por helmintos diminuíram, especialmente em crianças não infectadas anteriormente por helmintos.

O mais interessante é que a composição da microbiota intestinal mudou, mas não devido ao albendazol em si. Em vez disso, foi a presença ou ausência de helmintos que influenciou essas mudanças.

Amaruddin AI, Koopman JPR, Muhammad M, Lenaerts K, van Eijk HMH, Brienen EAT, Geelen AR, van Lieshout L, Wahyuni S, Kuijper EJ, Zwittink RD, Hamid F, Sartono E, Yazdanbakhsh M. Intestinal permeability before and after albendazole treatment in low and high socioeconomic status schoolchildren in Makassar, Indonesia. Sci Rep. 2022 Mar 1;12(1):3394. doi: 10.1038/s41598-022-07086-7. PMID: 35233023; PMCID: PMC8888571.

Estudo feito em Gana

Já em Gana, um estudo focou especificamente nos efeitos de uma dose única de albendazol (400 mg) no microbioma intestinal de indivíduos infectados por ancilóstomos. O que os pesquisadores descobriram?

  • A infecção por ancilóstomos estava associada a uma maior diversidade de bactérias no intestino.
  • Indivíduos curados da infecção mostraram uma alteração significativa na composição da microbiota em comparação com o estado pré-tratamento.
  • Curiosamente, aqueles que não foram curados da infecção não mostraram mudanças significativas na composição da microbiota.

Mais uma vez, a principal conclusão foi que a infecção por ancilóstomos e sua eventual erradicação influenciavam a composição da microbiota intestinal, e não o albendazol em si.

Appiah-Twum F, Akorli J, Okyere L, Sagoe K, Osabutey D, Cappello M, Wilson MD. The effect of single dose albendazole (400 mg) treatment on the human gut microbiome of hookworm-infected Ghanaian individuals. Sci Rep. 2023 Jul 12;13(1):11302. doi: 10.1038/s41598-023-38376-3. PMID: 37438457; PMCID: PMC10338455. 

Conclusão

Ambos os estudos apontam para uma conclusão semelhante: o albendazol, por si só, não parece ser o principal agente de mudança na composição da microbiota intestinal. Em vez disso, são os parasitas para os quais o albendazol é administrado que têm um papel fundamental.

Portanto, é fundamental entender que, ao falar sobre os efeitos do albendazol na microbiota, estamos realmente falando sobre os efeitos da erradicação de parasitas intestinais. Essa é uma descoberta crucial, pois destaca a importância de abordar a saúde intestinal de maneira holística, considerando todos os fatores envolvidos.

Para quem busca um intestino saudável, vale a pena ficar atento a essas nuances e sempre buscar informações atualizadas e confiáveis. Afinal, nossa saúde intestinal é a chave para o bem-estar geral!

E aí, ficou com alguma dúvida ou quer saber mais sobre o assunto? Deixe seu comentário e vamos conversar!

Este artigo foi baseado em estudos científicos e tem o objetivo de informar. Sempre consulte um profissional de saúde antes de tomar qualquer decisão relacionada ao seu tratamento ou medicamento.

terça-feira, 3 de outubro de 2023

O Guia Completo das melhores marcas de ômega-3 na forma de TG

O ômega-3 é aclamado por seus vastos benefícios à saúde, mas nem todos os suplementos de ômega-3 são criados da mesma forma. O ômega-3 na forma de Triglicerídeos Reesterificados (TG) tem se destacado como uma opção superior em comparação à forma de éster etílico (EE).

Entenda as Diferenças: TG vs. EE

  • Ômega-3 EE: Produzido ao concentrar e purificar o óleo de peixe, é uma forma mais barata, mas nem sempre a melhor para a absorção pelo corpo.
  • Ômega-3 TG: Submetido a um tratamento adicional que o torna semelhante ao ômega-3 natural encontrado nos alimentos. Esta forma é um pouco mais cara, mas é mais facilmente absorvida pelo corpo.

Por que o ômega-3 na forma de TG é Superior?

  • Biodisponibilidade: O ômega-3 TG é mais biodisponível, tornando-o mais eficiente para o corpo absorver e utilizar.
  • Estabilidade: O TG é menos propenso à oxidação, preservando a qualidade e benefícios do óleo.
  • Conforto digestivo: Pessoas que consomem ômega-3 TG tendem a relatar menos desconforto gastrointestinal do que aquelas que tomam EE.

Por que Escolher Ômega-3 TG?

  • Absorção superior: O TG é 30-70% mais absorvível do que o EE.
  • Maior estabilidade: Menor chance de oxidação com TG, garantindo um óleo fresco e saudável.
  • Benefícios digestivos: O TG é menos provável de causar efeitos colaterais gastrointestinais.
  • Forma natural: TG mimetiza o ômega-3 encontrado em alimentos naturais.
Em resumo, ao escolher um suplemento de ômega-3, opte pela forma TG para garantir o máximo de benefícios para sua saúde. E não se esqueça de conferir abaixo os produtos recomendados!

Selo IFOS e MEG-3: Entenda a Importância deles para a Saúde

No universo da saúde e do bem-estar, os selos de qualidade desempenham um papel crucial para garantir a eficácia e a segurança dos produtos consumidos. Dois selos que têm ganhado destaque e reconhecimento no mercado são o IFOS e o MEG-3. Mas o que esses selos representam e por que são tão importantes? Vamos mergulhar nesse assunto!


Selo IFOS: O que é e para que serve

O IFOS, ou International Fish Oil Standards, é um programa global e independente de certificação e teste de óleo de peixe. Este selo é um padrão reconhecido internacionalmente que avalia a pureza, segurança e qualidade dos suplementos de óleo de peixe. Quando um produto ostenta o selo IFOS, isso significa que ele foi submetido a rigorosos testes de laboratório e atendeu a padrões estritos de pureza e concentração.

A presença deste selo nos produtos garante que:
  • O produto está livre de contaminantes como metais pesados e PCBs.
  • A quantidade de ômega-3 declarada no rótulo corresponde ao conteúdo real.
  • O óleo de peixe é fresco e não está oxidado.
Dessa forma, o selo IFOS funciona como um indicativo de confiança, assegurando que você está consumindo um produto de alta qualidade e livre de substâncias prejudiciais à saúde.


Selo MEG-3: O que é e para que serve

O selo MEG-3 é uma marca registrada pertencente à DSM, uma empresa líder no setor de nutrição e saúde. O MEG-3 refere-se a um tipo específico de ingrediente de óleo de peixe rico em ômega-3. Este selo indica que o produto contém óleo de peixe de fontes sustentáveis e de alta qualidade.

Os benefícios de escolher produtos com o selo MEG-3 incluem:
  • Garantia de uma fonte confiável e rastreável de ômega-3.
  • Sustentabilidade, visto que o óleo de peixe provém de pesqueiros gerenciados de forma responsável.
  • Produto de alta concentração e pureza.
O selo MEG-3, portanto, é sinônimo de compromisso com a saúde do consumidor e com o meio ambiente.


Por que escolher um ômega-3 que tenha o selo IFOS ou MEG-3?

A saúde é um bem precioso e, para cuidar dela, é essencial escolher produtos que sejam seguros e eficazes. Os selos IFOS e MEG-3 são indicativos de qualidade, pureza e sustentabilidade no mundo dos suplementos de óleo de peixe. Ao optar por produtos com esses selos, você está fazendo uma escolha informada e contribuindo para o seu bem-estar e para um planeta mais sustentável.

Melhores marcas de Ômega-3 TG:

1) MENOR PREÇO: Ômega-3 TG - Nutrends

Para quem não se importa de ingerir mais cápsulas para obter uma quantidade maior de DHA e EPA, o ômega-3 TG da Nutrends é uma excelente escolha com custo-benefício. Possui o selo MEG-3 que certifica a ausência de metais pesados e outras impurezas em sua composição. Possui 180 mg de EPA e 120 mg de DHA por cápsula.

Em setembro/2023, o produto está custando R$ 47,91 em 120 cápsulas (R$ 0,40 por cápsula), com excelentes avaliações na Amazon. Porém o preço já chegou a R$ 38,76 em 120 cápsulas (R$ 0,32 por cápsula).

Ômega-3 com certificação MEG-3 e 120 cápsulas. Imagem com as informações nutricionais do suplemento.
Ômega-3 TG da Nutrends

2) MELHOR CUSTO-BENEFÍCIO: Nutrify Real Foods

A Nutrify ganha na categoria custo benefício. Com selo IFOS, de isenção de metais pesados, ela conta com 420 mg de EPA e 260 mg de DHA por cápsula.

No laudo IFOS deu:
  • EPA: 512 mg por cápsula
  • DHA: 345 mg por cápsula
A dosagem de EPA e DHA revelada pelo IFOS é bem maior do que a que está informada no rótulo. Ou seja: o produto é ainda MELHOR do que a especificação do rótulo.

Em setembro/2023, o produto está custando R$ 143,90 em 120 cápsulas (R$ 1,19 por cápsula), com excelentes avaliações na Amazon. Porém o preço já chegou a R$ 99,77 em 120 cápsulas (R$ 0,83 por cápsula). Fiquem de olho nas promoções!

Ômega-3 com certificação IFOS e 120 cápsulas. Imagem com as informações nutricionais do suplemento.
Ômega-3 TG da Nutrify

2) A MAIS CONHECIDA: Vitafor

A Vitafor ganha na categoria das marcas mais conhecidas e procuradas. Com selo IFOS, de isenção de metais pesados, a versão "Ômega 3 EPA DHA" conta com 420 mg de EPA e 260 mg de DHA por cápsula.

No laudo IFOS deu:
  • EPA: 236 mg por cápsula
  • DHA: 140 mg por cápsula
A dosagem de EPA e DHA revelada pelo IFOS é maior do que a que está informada no rótulo e isso é excelente para o consumidor, pois significa que o produto é ainda mais concentrado do que a especificação do rótulo.

Em outubro/2023, o produto está custando R$ 65,80 em 120 cápsulas (R$ 0,55 por cápsula), com excelentes avaliações na Amazon. Fiquem de olho nas promoções.

Ômega-3 da Vitafor com certificação IFOS e 120 cápsulas. Imagem com as informações nutricionais do suplemento.
Ômega-3 EPA DHA da Vitafor

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Super novidade no ar: Vitamia, a minha nova loja de suplementos

Olá, meninas!

Hoje tenho a felicidade de dividir com vocês uma novidade maravilhosa! Lembram-se da minha lojinha, a Baby to Be? Aquele espaço que reuniu muitas de nós na busca pelo lindo sonho da maternidade se transformou, evoluiu para um projeto mais amplo e receptivo: a Vitamia!

🌱 Uma Nova Fase
Depois de muita reflexão e aprendizado, percebi que havia a necessidade de expandir nossos horizontes e oferecer uma variedade maior de produtos, não apenas para as tentantes, mas para toda a família!

💪 Vitamia: Sua Vida em Suas Mãos
O nome “Vitamia” nasce da fusão entre “vitamina”, simbolizando saúde e vitalidade, e “vitta mia”, expressão que ressoa empoderamento e controle sobre a própria vida.

🌸 Diversidade de Produtos
Na Vitamia, você encontrará não só produtos especializados para quem está na jornada para engravidar, como testes de ovulação, termômetros para medir a temperatura basal e suplementos específicos, mas também uma gama diversificada de produtos naturais e suplementos para todas as idades, inclusive para as crianças, afinal muitas das tentantes já são mães!

🌟 Convite Especial
Quero convidar você, leitora querida, a explorar a Vitamia, descobrir nossos produtos e compartilhar suas experiências conosco! Sua opinião é muito importante para criarmos um espaço cada vez mais acolhedor e útil para todas nós! A Vitamia tem uma excelente curadoria de produtos premium, pensados especialmente nas mulheres com MTHFR. Enviamos para todo o Brasil!

  • Acesse a loja Vitamia.com e descubra um mundo de possibilidades para seu bem-estar e de sua família!
  • Instagram
Estou super feliz de compartilhar a Vitamia com vocês e adoraria saber o que vocês pensam! Agradeço muito por estarem comigo nesta caminhada e por continuarem a inspirar e a motivar cada passo que damos juntas!

Com todo o meu carinho,
Anne 🌿

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Ômega-3 TG vs Ômega-3 EE: uma análise baseada em ciência

O ômega-3 é um ácido graxo essencial conhecido por seus benefícios à saúde, incluindo a melhoria da função cerebral e a redução do risco de doenças cardiovasculares. 

O mercado de suplementos de ômega 3 está crescendo a passos largos, e com isso surge uma questão relevante: qual é a melhor forma de ômega 3 a ser consumida? Nem todos os suplementos de ômega-3 são iguais, mas poucas pessoas conhecem as diferenças.

Neste artigo, abordaremos a superioridade do ômega 3 na forma de Triglicerídeos Reesterificados (TG) em comparação com a forma de ácidos graxos Etil Ésteres (EE). Vamos explorar as diferenças entre essas duas formas e explicar por que o ômega-3 TG pode ser superior ao EE em termos de absorção e eficácia.

O Processo de Produção: TG vs EE

O que é Ômega-3 EE?

A forma de éster etílico (EE) é criada quando o óleo de peixe passa por um processo de concentração e purificação. Primeiro, é removido tudo que não é necessário, como outras gorduras e impurezas. Depois, adiciona-se álcool (etanol) para estabilizar os bons ácidos graxos que restam. É um jeito mais barato de fazer suplementos de ômega-3, mas nem sempre é o melhor para o nosso corpo.

O que é Ômega-3 TG?

O Ômega-3 na forma de Triglicerídeos Reesterificados (TG) passa por um tratamento extra. Depois de adicionar o álcool, como no caso do EE, a indústria remove esse álcool e coloca de volta uma substância chamada glicerol. Isso faz com que ele fique mais parecido com o ômega-3 que encontramos naturalmente em alimentos como peixe.

Este processo extra faz o produto final ser um pouco mais caro, mas também faz com que nosso corpo absorva o ômega-3 mais facilmente. Em outras palavras, você está pagando um pouco mais, mas está recebendo algo que o seu corpo vai usar melhor.

Eficiência de absorção: A superioridade dos Ômega-e TGs

Biodisponibilidade

Quando falamos de "biodisponibilidade", estamos falando sobre quanto do suplemento realmente pode ser usado pelo nosso corpo. Estudos mostram que o ômega-3 na forma de TG é mais biodisponível do que na forma de EE. Isso significa que uma maior quantidade de EPA e DHA no triglicerídeo de óleo de peixe pode ser absorvida e utilizada pelo organismo em comparação ao EE.

O papel da lipase pancreática

O nosso pâncreas produz algo chamado "lipase pancreática", que é um tipo de enzima. Pense nessa enzima como uma tesoura que corta as moléculas de gordura para que o corpo possa absorvê-las melhor.

Agora, essa "tesoura" funciona muito melhor nos Ômega-e TGs do que nos EEs. Isso quer dizer que, quando você toma ômega-3 em forma de TG, mais do produto é cortado em pedaços que o corpo pode usar efetivamente. Em comparação, a versão EE é mais difícil de ser "cortada" e, portanto, menos dela é usada pelo corpo.

Resumindo, o ômega-3 em forma de TG é melhor absorvido e aproveitado pelo corpo do que o ômega-3 em forma de EE. Isso acontece porque as enzimas do nosso pâncreas, responsáveis por quebrar essas gorduras para que possamos usá-las, funcionam mais eficazmente nos TGs.

Estudos Científicos Sobre TG e EE

Dyerberg et al.

Este estudo duplo-cego constatou que o ômega-3 na forma de TG tem uma biodisponibilidade 70% maior em comparação com o EE.

Dyerberg, J., et al. "Bioavailability of Marine N-3 Fatty Acid Formulations," Prostaglandins, Leukotrienes, and Essential Fatty Acids, vol. 83, no. 3, 2010, pp. 137-141.

Neubronner et al.

Este estudo mostrou que a forma TG promove um aumento mais rápido e maior do Índice de Ômega-3 (Iω3), uma medida do percentual de ômega-3 nos lipídeos das células sanguíneas, em comparação com EE.

Neubronner, J., et al. "Enhanced increase of omega-3 index in response to long-term n-3 fatty acid supplementation from triacylglycerides versus ethyl esters," European Journal of Clinical Nutrition, vol. 65, no. 2, 2011, pp. 247-254.

Schuchardt et al.

Aqui, foi observada uma redução significativa nos níveis de triglicerídeos séricos com o uso de suplementos TG, algo que não foi replicado com o uso de EE.

Schuchardt, J.P., et al. "Incorporation of EPA and DHA into plasma phospholipids in response to different omega-3 fatty acid formulations–a comparative bioavailability study of fish oil vs. krill oil," Lipids in Health and Disease, vol. 10, 2011, pp. 145.

Estabilidade e Oxidação

O que é Oxidação?

Antes de tudo, é útil entender o que significa "oxidação" neste contexto. Oxidação é uma reação química que pode fazer com que o óleo de peixe se deteriore, ou seja, fique rançoso. Quando um óleo oxida, ele não apenas perde seu frescor, mas também pode gerar compostos que são ruins para a saúde.

Ômega-3 EE vs TG: Qual é mais estável?

Estudos científicos mostram que o ômega-3 na forma de triglicerídeos reesterificados (TG) é mais estável do que na forma de éster etílico (EE). Isso significa que o TG é menos propenso à oxidação, o que é uma grande vantagem.

Por que o Ômega 3-TG é mais estável?

Você pode estar se perguntando: por que isso acontece? Em termos químicos, a estrutura molecular dos TGs é mais resistente às condições que favorecem a oxidação, como a exposição ao ar e à luz. Ou seja, eles são como um castelo de cartas mais bem construído que o EE, menos propenso a "desmoronar" quando enfrenta fatores externos.

Consequências da oxidação de um Ômega 3

A oxidação não é apenas uma questão de o óleo ficar rançoso e com mau gosto; ela também pode afetar a eficácia do suplemento. Quando o óleo de peixe oxida, ele pode perder parte de seus benefícios para a saúde. Pior ainda, produtos oxidados podem criar compostos nocivos que você definitivamente não quer no seu corpo.

Conforto gástrico: a diferença entre o ômega-3 TG e EE

Além de ser mais facilmente absorvível, o TG também tende a ser mais amigável para o seu sistema digestivo. Algumas pessoas que tomam ômega-3 na forma de EE relatam desconforto gastrointestinal, como náuseas ou indigestão. Os estudos mostram que o TG é menos propenso a causar esses tipos de efeitos colaterais, tornando-o uma opção mais confortável para muitas pessoas.

Recomendação ao consumidor: escolha cuidadosa

É crucial que os consumidores estejam cientes dessas diferenças ao escolher um suplemento de ômega-3. Optar pelo TG, apesar do preço ligeiramente mais elevado, oferece vantagens significativas em termos de biodisponibilidade, estabilidade e eficácia. O Ômega-3 TG é 30-70% mais absorvível que o EE. Isso significa que mais do ômega-3 que você ingere realmente será usado pelo seu corpo, em vez de ser desperdiçado.

Com base em estudos científicos e evidências, fica claro que a forma TG de ômega-3 é superior à forma EE pois é mais facilmente absorvida pelo corpo, tende a ser mais suave para o sistema digestivo e é mais próxima da forma de ômega-3 que você encontraria em alimentos naturais.

Portanto, ao escolher um suplemento de ômega-3, é prudente optar por uma marca que oferece o ômega-3 na forma de TG (Triglicerídeos reesterificados) para maximizar os benefícios para a saúde.

Por que escolher o TG e não o EE?

  • Melhor absorção: TG é 30-70% mais absorvível que EE.
  • Mais estável: O TG tem menor risco de oxidar e deixar teu ômega-3 rançoso.
  • Conforto gástrico: Menos efeitos colaterais gastrointestinais em comparação com EE.
  • Forma mais natural: TG é mais próximo da forma de ômega 3 encontrada em alimentos naturais.

Melhores marcas de Ômega-3 TG:

1) MENOR PREÇO: Ômega-3 TG - Nutrends

Para quem não se importa de ingerir mais cápsulas para obter uma quantidade maior de DHA e EPA, o ômega-3 TG da Nutrends é uma excelente escolha com custo-benefício. Possui o selo MEG-3 que certifica a ausência de metais pesados e outras impurezas em sua composição. Possui 180 mg de EPA e 120 mg de DHA por cápsula.

Em setembro/2023, o produto está custando R$ 47,91 em 120 cápsulas (R$ 0,40 por cápsula), com excelentes avaliações na Amazon. Porém o preço já chegou a R$ 38,76 em 120 cápsulas (R$ 0,32 por cápsula).

Ômega-3 com certificação MEG-3 e 120 cápsulas. Imagem com as informações nutricionais do suplemento.
Ômega-3 TG da Nutrends

2) MELHOR CUSTO-BENEFÍCIO: Nutrify Real Foods

A Nutrify ganha na categoria custo benefício. Com selo IFOS, de isenção de metais pesados, ela conta com 420 mg de EPA e 260 mg de DHA por cápsula.

No laudo IFOS deu:
  • EPA: 512 mg por cápsula
  • DHA: 345 mg por cápsula
A dosagem de EPA e DHA revelada pelo IFOS é bem maior do que a que está informada no rótulo. Ou seja: o produto é ainda MELHOR do que a especificação do rótulo.

Em setembro/2023, o produto está custando R$ 143,90 em 120 cápsulas (R$ 1,19 por cápsula), com excelentes avaliações na Amazon. Porém o preço já chegou a R$ 99,77 em 120 cápsulas (R$ 0,83 por cápsula). Fiquem de olho nas promoções!

Ômega-3 com certificação IFOS e 120 cápsulas. Imagem com as informações nutricionais do suplemento.
Ômega-3 TG da Nutrify


Referências:

Dyerberg, J., et al. "Bioavailability of Marine N-3 Fatty Acid Formulations". Prostaglandins, Leukotrienes, and Essential Fatty Acids, vol. 83, no. 3, 2010, pp. 137-141.

Neubronner, J., et al. "Enhanced increase of omega-3 index in response to long-term n-3 fatty acid supplementation from triacylglycerides versus ethyl esters". European Journal of Clinical Nutrition, vol. 65, no. 2, 2011, pp. 247-254.

Schuchardt, J.P., et al. "Incorporation of EPA and DHA into plasma phospholipids in response to different omega-3 fatty acid formulations–a comparative bioavailability study of fish oil vs. krill oil". Lipids in Health and Disease, vol. 10, 2011, pp. 145.

terça-feira, 1 de agosto de 2023

Mulheres com endometriose têm mais risco de aborto e parto prematuro, apontam estudos

Olá, queridas. Hoje, vamos explorar um tema crucial para todas que estão na jornada rumo à maternidade: a endometriose.

Foto de uma mulher de 30 e poucos anos, com uma expressão pensativa, segurando uma lupa sobre um trabalho de pesquisa impresso sobre endometriose. Atrás dela, há uma representação gráfica desbotada de um útero com áreas destacadas representando o crescimento da endometriose.
A ciência mostra que mulheres com endometriose tem um impacto direto na fertilidade.

Endometriose e Fertilidade: Entendendo os riscos de aborto e parto prematuro com base em estudos científicos

A endometriose é uma doença crônica que afeta aproximadamente 10% das mulheres em idade reprodutiva. É uma condição complexa e, muitas vezes, mal compreendida, onde o tecido semelhante ao endométrio cresce fora do útero, causando dor e, potencialmente, problemas de fertilidade.

Recentemente, pesquisas científicas têm lançado luz sobre os riscos amplificados de aborto espontâneo e parto prematuro associados à endometriose. Portanto, vamos mergulhar mais fundo nessas pesquisas para entender melhor os desafios a serem enfrentados.

Um estudo publicado em 2017 por Saraswat e colaboradores observou 14.655 mulheres com endometriose e 134.123 mulheres sem a doença. Após o ajuste para possíveis fatores de confusão, eles descobriram que mulheres com endometriose têm um risco 76% maior de aborto espontâneo e um risco 26% maior de parto prematuro[1].

O aumento do risco de aborto espontâneo é particularmente notável. Para dar um pouco mais de contexto a este número, a taxa geral de aborto espontâneo na população é de cerca de 10-20%. No entanto, com um risco aumentado de 76%, essa taxa se aproxima de 18-35% para mulheres com endometriose.

Os pesquisadores especulam que a inflamação crônica causada pela endometriose pode prejudicar a implantação do embrião e o desenvolvimento subsequente da gravidez, levando a uma maior incidência de abortos e partos prematuros.

Por sua vez, outro estudo realizado por Stephansson et al. (2010) reforça essas descobertas. Eles examinaram os registros de saúde de 1.442 mulheres com endometriose e 13.482 mulheres sem a doença. Após o ajuste para fatores de confusão, eles descobriram que mulheres com endometriose têm um risco 33% maior de parto prematuro[2].

Os pesquisadores apontaram que a inflamação e a distorção anatômica resultantes da endometriose podem afetar adversamente a progressão da gravidez, levando ao parto prematuro.

Lembramos que a presença de endometriose não significa necessariamente que você enfrentará esses problemas. No entanto, a consciência desses riscos é crucial para que possamos buscar o suporte apropriado e tomar medidas preventivas sempre que possível.

Aqui no Projetando um Bebê, estou comprometida em fornecer as informações mais atualizadas para apoiar vocês na jornada para a maternidade. Vamos juntas explorar maneiras de promover uma saúde ideal, uma dieta equilibrada, e de otimizar a fertilidade - estratégias ainda mais importantes ao lidar com condições como a endometriose.

Como sempre, consulte um profissional de saúde se você tem ou suspeita que tem endometriose. Lembre-se de que você não está sozinha nessa jornada. Estamos juntas nessa!

Referências dos estudos:

[1] Saraswat, L., Ayansina, D. T., Cooper, K. G., Bhattacharya, S., Horne, A. W., & Bhattacharya, S. (2017). Impact of endometriosis on risk of further gynaecological surgery and cancer: a national cohort study. BJOG: An International Journal of Obstetrics & Gynaecology, 124(1), 56-64. doi: 10.1111/1471-0528.14167.

[2] Stephansson, O., Kieler, H., Granath, F., & Falconer, H. (2011). Endometriosis, assisted reproduction technology, and risk of adverse pregnancy outcome. Human Reproduction, 24(9), 2341-2347. doi: 10.1093/humrep/dep265.