O primeiro ciclo após o anticoncepcional

Eita que faz tempo que eu não apareço! 

Bom, gente, essa vida é uma loucura. A gente faz milhares de planos, alguns se concretizam, outros não, surgem outros, enfim, a vida vira esse emaranhado que todo mundo conhece.

É faculdade, é trabalho, é casa, família, blog, sonhos...

Quanto à faculdade estou na reta final. Faltam menos de duas semanas para entregar o meu trabalho final de graduação (TFG), que já está bem encaminhado. Pois bem... Não dizem que “há três coisas que um homem deveria fazer na sua vida: plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro”? Pois bem, o livro, já estou escrevendo e quase terminando (não venham me dizer que monografia não serve, #viroaloca kkkk). Sem contar que a Cíntia Anira defende que blog se encaixa nessa categoria, rs.. A árvore vou plantar um dia, ah se vou (se bem que, quando eu estava na quinta série, plantei uma série de feijõezinhos no algodão, mas tá, eu sei que não conta, humpf). E o filho... oras, bolas, esse blog não é um projeto de um bebê? 

Pois bem, gente, feita a introdução, vamos ao assunto.

Este foi meu primeiro ciclo após tomar pílula anticoncepcional por quase 6 anos. Sempre tomei a mesma: Diclin. Eu me sentia ótima com ela, afinal, era a mais barata (10 pila a cartela), emagreci, minhas espinhas sumiram, meu cabelo deixou de ser oleoso, não tinha mais cólicas terroríficas e a Miss Red vinha sempre regulada, com pouco fluxo. Sofria pouco com as mudanças de humor na TPM. Ou seja: eu defendia minha pílula com unhas e dentes. Sem contar o óbvio: não tínhamos plano de ter filhos ainda. Afinal, nos casamos em dezembro/2011 e ainda faltavam 3 anos para eu terminar a faculdade. Aliado à isso: falta de condições físicas (espaço exíguo), financeiras e psicológicas (a loca aqui).

Daí que... um dia eu li um artigo que me deixou de cabelos em pés. Os perigos da pílula: riscos altíssimos de trombose e embolia. Me aprofundei no assunto. E cada vez ficava mais preocupada. Mas fala se a pessoa tava disposta a deixar todos os benefícios da pílula por receio dos riscos? Eu colocava na balança e parecia que estava trocando seis por meia dúzia. Conversei com médicos, marido, amigos, e não conseguia chegar a nenhuma conclusão. Até que um dia... (nas minha histórias sempre tem "um dia", acostume-se, rs) no provador de uma loja, eu vi algo muito estranho. Minhas costas, meus ombros e minhas pernas estavam tomados de "fiozinhos" vermelhos. Cheguei mais perto para ver o que eram: vasinhos estourados. Não parece ser terrível, né? Concordo. Mas na hora fui tomada pelo pânico. Olhei minhas pernas com mais atenção. Em alguns lugares, havia vasos ainda maiores estourados. Gente, eu sou uma pessoa minimamente culta e inteligente. Como eu nunca havia percebido aquilo antes? Eu tenho espelho em casa!! Não moro em uma caverna! Não sei se foi a iluminação do provador que favoreceu, só sei que naquele momento eu decidi que pararia com a pílula. Porém a pessoa aqui tinha um estoque em casa. Decidi então, junto com o marido, de que tomaria apenas mais três cartelas. 

Portanto, dia 25/08/14, numa segunda-feira, tomei a minha última pílula, no 23 DC.

Como o planejamento é começar a tentar um baby apenas em maio/2015, eu teria 9 meses pela frente. Seria como a "gestação de um empoderamento" (fala sério, ficou bonito, rs). Portanto determinei dois métodos de proteção: preservativo e método de Billings (não é tabelinha, tá? rs). O método de Billings é muito bom, simplesmente adorei. Porque você não apenas se cuida para não conceber (ou ao contrário), como você começa a conhecer profundamente teu corpo. É maravilhoso e estou encantada. Para endossar esse momento, tenho participado ativamente do grupo Tentantes Empoderadas no Facebook, que tem meninas maravilhosas, que estão gestando o sonho de ser mãe enquanto o tão sonhado positivo não vem! Lá aprendi tantas coisas! Além de todas as dicas básicas de tomo medir a temperatura basal, observar o muco e o colo do útero, descobri que existe um site show de bola (tem app também), chamado Fertility Friend. Poxa vida, ele é encantador. Nele você marca informações sobre temperatura, muco, etc, e ele gera um gráfico lindão!

Bom, empoderamento não é só isso! É saber processar a informação e fazer a escolha mais acertada. Dessa forma, resolvi que minha vida precisava de algumas mudanças drásticas, principalmente no que se refere à saúde. Com isso, decidi que:

• Mudaria drasticamente minha alimentação. Corta tudo, amiga: doce, fritura, refrigerante, farinha branca etc. Meu café da manhã agora é minha principal refeição, com aveia, farelo de aveia, banana e linhaça. Aliás, uma dica pras meninas que querem engravidar: a linhaça é ótima para aumentar o muco, apenas não se esqueça de beber bastante água também.
• Eu começaria a fazer exercícios regularmente. Eu era muito desleixada e resolvi que preciso ser determinada e ir pra academia pelo menos três vezes na semana. Escolhi até os dias, com base na minha rotina atual: terça, quinta e sábado de manhã. No quesito exercícios, pelo menos 40 minutos de esteira. Não menos do que isso. 
• Eu iria dormir 8 horas diárias. Bom, esse objetivo eu ainda não consigo cumprir todas as noites. Às vezes o TFG tá no embalo e eu não consigo parar. Daí acabo dormindo em média 6 hs por noite. Mas dormir bem é essencial para emagrecer e ficar de bem com a vida.

Enfim... mudança gera mudança. Você muda uma coisinha, vê que ficou bem melhor e começa a querer mudar tudo. Depois que estabeleci uma rotina, fiquei bem mais organizada e com muito mais tempo para fazer o que preciso.

Bom, nos próximos 8 meses até maio/2015, quero conhecer profundamente meu corpo, observar os sinais e ver com ele funciona.

Então... bora comigo gestar esse empoderamento? =)