O ano de 2022 está acabando e eu não publiquei nenhum relato de positivo. 😢 Mandei as crianças para a casa dos avós, liguei o notebook e decidi: vou publicar um relato. A surpresa foi ver esse relato pendente, datado do dia 28 de dezembro de 2020... Há 2 anos atrás. Fiquei chocada com a coincidência. Lauuuuu... fazem 2 anos!!
Antes de escrever a introdução, eu leio o relato com muuuuita calma pra mergulhar no sentimento e tentar captar a emoção do momento da escrita. E quando terminei de ler o relato, respirei aliviada e com um sorriso no rosto. Pensei: preciso dar esse spoiler.
Quando a Lau escreveu seu relato de positivo, há 2 anos atrás, ela estava "doente de medo de acontecer algo, de fazer algo errado, de perder..." (palavras dela). Pois eu venho do futuro dizer que a Lau teve uma gestação abençoada e a pequena é o amor da vida dela, a melhor amiga, o melhor presente que ela poderia ganhar dos céus.
Te convido a fazer o mesmo mergulho que eu fiz. E voltar para a superfície com esse spoiler: a esperança venceu o medo e o coração aflito encontrou paz e descanso.
Diagnóstico não é destino! Se você tem endométrio fino que não espessa com nenhum protocolo, não jogue a toalha. Acredite, pois é possível engravidar.
A caminhada é longa e tenho certeza que os desafios de hoje estão tirando tua paz. Mas tudo passa porque a bondade de Deus é imensa e em Seu imenso poder ele transforma a dor em amor.
❤
Olá!
Mal posso acreditar que estou escrevendo o relato do meu positivo. Deus sabe o quanto sonhei com esse dia!
Minha história como tentante não é muito longa, mas foi um caminho de muitas descobertas, muito sofrimento, mas também onde encontrei pessoas maravilhosas que passaram por todos os momentos comigo. E isso deixou tudo muito mais leve.
Tenho 33 anos e tomei anticoncepcional dos 15 aos 32 anos sem parar – sequer dei um intervalo de um mês durante todos esses anos, pois o meu maior medo era engravidar. 🙄
Há dois anos e pouco conheci meu marido, logo fomos morar juntos, casamos (dia 23 de dezembro de 2019) e tcharam: ali nasceu a vontade de ser mãe. Parei meu anticoncepcional na mesma semana do nosso casamento, certa de que iria engravidar no mês seguinte. Afinal, nós crescemos ouvindo que engravidar é super fácil e que as pessoas engravidam quando querem ne?! 👍🏻
E assim começou minha fase como tentante. Sou uma pessoa muito, mas muito ansiosa e curiosa e gosto de estar por dentro de tudo. Por isso, já logo no primeiro mês de tentativas eu entrei para alguns grupos de whats e comecei a ler tudo que via na frente sobre fertilidade. Em janeiro e fevereiro de 2019 meu marido viajou durante meu período fértil e fiquei muito triste. Em março, tive um ciclo onde não detectei ovulação, então imagino que tenha sido um ciclo anovulatório. Em abril decidi procurar um especialista e exigi (rs) que ele me passasse todos os exames, inclusive a temida histerossalpingogafria, alguns de trombofilia e etc. Fui chamada de ansiosa e criticada em alguns grupos por estar indo atrás de diagnósticos tão precocemente.
Fato é que fiz muitos (muitos mesmo) exames laboratoriais e de imagem. Comecei a fazer controle de ovulação com ultra, mesmo sem induzir, todos os meses. Única alteração foi a deficiência de proteína S – a referência do lab é 60% e aminha ficou em 58% e nunca repeti. No mais, os de sangue todos normais.
Foi com as ultras que percebi que meu endométrio era muito fino e que eu tinha uma deficiência de estrogênio. Nos primeiros ciclos controlados com ultra, ele não passava de 5mm mesmo um dia antes da ovulação.
Foi nesse momento que entrei no G2, em busca de conhecimento sobre o tema.
Conheci o Dr Leonardo. Ele fez alguns protocolos com muito estrogênio e conclusão: dois ciclos anovulatórios. Na última consulta ele me disse: com esse endométrio você não engravida e eu não sei mais o que fazer. Fiquei arrasada. Ele também me passou um protocolo pra endometrite, que eu fiz, mesmo sem ter feito histeroscopia.
Busquei outro médico e encontrei o Dr Alexandre Lobel. Um médico maravilhoso também, mas que não deu muitas esperanças sobre aumentar o endométrio, mas ele me pediu vários outros exames como cariótipo do casal, ressonância magnética de pelve e principalmente a histeroscopia. Esse acompanhamento dele me deixou mais tranquila porque eu sabia que não estava parada e que estava fazendo algo por mim e pelo meu filho. Nenhum resultado veio alterado, todos normais. E ai ele me disse que era pra eu tentar por mais uns 6 meses e se não conseguisse, a indicação dele seria FIV. Nesses seis meses ele sugeriu fazer coito programado, mas que com ele seriam 2 mil reais de acompanhamento e mais mil de medicação. Fiquei em choque. E sem saída.
E foi nesse momento em que eu desanimei mesmo. Mas mesmo assim coloquei uma meta em minha cabeça: que se não conseguisse até o meio de 2021 partiria pra FIV porque assim eu poderia estimular bem meu endométrio sem me preocupar em ter uma ovulação.
Esse mês de dezembro eu resolvi usar indutor e fazer o controle também, claro. Foi meu segundo ciclo com indutor. Apliquei choriomon e precisaba namorar nos dias seguintes e adivinhem: meu marido viajou exatamente no dia que eu precisava dele em casa. Surtei, brigamos. Fiquei na dependência de um namoro que havia acontecido três dias antes da ovulação. Quatro talvez, não sei. Pra piorar, meu endométrio na ultra pós ovulação estava em 6.2mm. Eu sabia que era um ciclo perdido. Sai da clínica de imagem arrasada. Chorei muito quando cheguei em casa porque eu já não tinha mais o que fazer.
Por frescura mesmo, porque somos todas #semvergonha rs resolvi fazer um teste no 10 dpo com uma urina não concentrada do meio da tarde e claro que deu negativo: chorei mais pouco.
Massss por algum motivo chegou no 13 dpo (tenho 15 dias de fase lútea) que também era a data de aniversário de um ano de casamento (23 de dezembro) e eu resolvi fazer outro teste porque eu sempre tenho leves cólicas uns dois dias antes de descer e nesse ciclo não estava sentindo nada. Foi o único “sintoma” que tive. Fiz o teste e no mesmo momento da listinha já subiu. Eu pensei “Olha esse teste me trolando, vou fazer outro”. Fiz outro e positivo. Fiz também o tal do digital que estava guardado há meses na gaveta: positivo. Fui correndo fazer um beta quantitativo e progesterona. Beta em 51 (antes do atraso) e progesterona em 21. Comecei a repor progesterona para ficar mais tranquila.
Nem preciso dizer que fiquei louca de ansiedade porque eu deveria repetir o beta dia 25/12, mas era natal e estava tudo fechado, assim como dia 26. Só consegui repetir hoje. Pelas contas, esperávamos um beta na faixa de 300 e veio m de 700 e pouco! E meu endométrio passou de 6mm para 11mm 😊. Progesterona em 31.
É super recente e pensei em segurar essa informação mais um pouco por conta do medo que dá – quem já passou por isso sabe. Eu estou doente de medo de acontecer algo, de fazer algo errado, de perder... 😞
Só que é minha primeira gestação e conheço poucas gravidas, preciso de todo o apoio do G3. Então me desejem sorte porque faz seis dias que estou com o coração na boca, indo ao banheiro de 10 em 10 min pra ver se tem sangue e por ai vai. É uma loucura. É alucinante.
O meu protocolo desse ciclo é resultado de um mix da indicação dos últimos dois médicos que passei. Eu resolvi mudar um pouco, tentar algo diferente, já que nada tinha dado certo até então. Eu usei muito estrogênio (transdermico, vaginal e oral) e também usei muito DHEA. Além da natokinase e prednisona. Esses foram os principais diferenciais desse ciclo.
Acho que é isso!
Mas não poderia deixar de agradecer a algumas pessoas, que só de pensar eu já me emociono porque elas se doaram sem receber um real em troca. Em primeiro lugar a @Michelle, que foi a primeira pessoa que pegou na minha mão, lá no começo do ano e me ajudou em tudo. Ela chegava a gravar as consultas dela com o médico especialista que ela passava e fazia as perguntas das dúvidas que eu tinha só pra me ajudar. Isso não tem preço. Nada do que eu fizer ou falar vai
A @Cristiane que assim como a Mi esteve comigo em toda essa jornada, dia a dia, 24h, trocando informação, me apoiando, me levantando. Aprendemos muito juntas e a companhia dela, mesmo que virtual fez TODA a diferença nesse processo.
Me lembro como se fosse hoje do dia em que sai de uma ultra fiz esse mês e que meu endométrio estava em 4mm e um folículo quase rompendo, eu falei pra Cris e pra Mi: eu jogo a toalha, não aguento mais isso. Quem diria que bem nesse ciclo teria meu positivo...
Agradeço demais a Rosi, que teve seu positivo mês passado e que em pouco tempo se tornou uma pessoa muuuuuito especial, a ponto de que todo dia que ela saia da igreja me mandava msg dizendo que orou por mim e pelo meu bebê que estava pra chegar. Esteve comigo enquanto tentante e agora como parceira de gravidez, porque eu não sei nada de gravidez.
A @Rita pelos puxões de orelha. Ai quanto brigar com a Rita kkkkkkk eu queria tomar tudo junto de uma vez no mesmo protocolo e ela sempre me brecando, mas sempre muito cuidadosa e parceira.
A @Fernanda que tem um coração do tamanho do mundo e merece demais esse positivo.
Enfim... tem várias outras pessoas, algumas com quem eu comecei a conversar mais recentemente como a @Lidiene, a @Mariana M., a @Dayana, a @Érica. Pessoas muito especiais, que me ajudaram muito!
Espero todas vocês lá!
Por fim, agradeço demais a todas do G2 por tudo, pelas trocas, pelas conversas, pelos choros. Aprendi demais aqui, é imensurável. Quantas histórias! Quantas mulheres fortes! Sigam firmes, tracem planos, metas. As vezes a gente cai, mas tudo vale a pena quando a gente tem um positivo.
Ah mais uma coisa. Eu gostaria muito de indicar um filme. Um filme curto, simples, mas que eu acredito que tenha feito muito diferença aqui dentro de mim: O Segredo: Ouse Sonhar.
Quando eu tive esse começo de ciclo tão triste, onde eu tinha depositado todas as minhas esperanças, eu escolhi esse filme pra assistir e ele tem uma mensagem que me marcou e mudou muito, que é para ACREDITARMOS NO QUE QUEREMOS PORQUE AS COISAS ACONTECEM QUANDO A GENTE VAI ATRÁS COM FÉ. E eu assisti a esse filme e pensei: não desisto desse ciclo.
Bom, acho que é isso. Desculpem o longo texto, mas pensem que é a coisa mais difícil do mundo pedir pra uma jornalista fazer um texto curto rs.
Beijo!
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