Lição 8: Como medir e registrar a Temperatura Basal (TB) no Fertility Friend
Nota: esta é a lição 8/20 da série traduzida do inglês do Fertility Friend. Veja o índice com todas as aulas em português aqui: Curso do Fertility Friend (PT-BR) .
Lição 8: Como medir e registrar a Temperatura Basal (TB)
Medir a Temperatura Basal (TB) de forma consistente é a base do seu gráfico de fertilidade. Aqui você aprende o passo a passo (hora fixa, termômetro basal, método oral/vaginal), como registrar no app, quando anotar exceções e quais fatores podem alterar a curva. Para planejar o timing fértil, cruze a TB com sinais de estrogênio (muco fértil: “sticky”, “creamy”, “watery”, “egg white”; “dry” = “seco”) e, se usar, com o teste de ovulação (OPK).
Objetivos da lição
- Aprender o método correto para medir a TB diariamente.
- Definir horário, local e termômetro e mantê-los consistentes.
- Identificar fatores que influenciam a TB e registrar exceções no app.
Pontos principais
- Meça sempre no mesmo horário (o mais próximo possível) e antes de se levantar.
- Busque ter ao menos 3 horas de sono contínuo antes da medição.
- Use termômetro basal digital (BBT) e anote logo após medir.
- Escolha um método (oral ou vaginal) e mantenha-o igual durante todo o ciclo.
- Consistência melhora a leitura do gráfico e a detecção da ovulação.
Passo a passo
- Hora fixa: defina um horário diário (use alarme). Quanto mais constante, melhor.
- Antes de levantar: ao acordar, sem sentar ou falar, coloque o termômetro imediatamente.
- Termômetro basal: prefira digital BBT (duas casas decimais). Recursos úteis: beep de fim, memória do último valor e iluminação.
- Método de medição: oral (sob a língua, mais ao fundo, boca fechada) ou vaginal (mais estável para algumas pessoas). Não altere o método no meio do ciclo; se for trocar, faça no próximo ciclo e anote.
- Bloco de sono: idealmente ≥ 3 horas contínuas. Uma ida rápida ao banheiro na madrugada geralmente não invalida.
- Registre já: anote a TB e a hora no Fertility Friend (app ou web) para não esquecer. Se possível, habilite o lembrete no app.
- Exceções: se algo puder ter afetado a leitura (febre, álcool, pouco sono, viagem, troca de termômetro, etc.), marque no app (checkbox/nota) e siga com a rotina.
Dicas sobre o termômetro (inclusive wearables)
- Marcas: o importante é ser BBT digital e confiável; a marca é menos relevante do que precisão e memória.
- Wearables/sensores: confirme com o fabricante se a leitura é TB real (não simulada). Em caso de dúvida, use um BBT comum ao menos para calibrar e compare (o FF permite custom data/chart duo).
- Mesmo aparelho: use o mesmo termômetro durante o ciclo. Se trocar (bateria/defeito), anote no gráfico.
Qual termômetro usar para acompanhar a temperatura basal?
Muita gente me pergunta se dá pra usar o termômetro comum de febre... e a verdade é que não é o ideal, tá? ❤️
A temperatura basal exige um termômetro mais preciso, que registre até as mínimas variações de décimos de grau — afinal, são essas variações que indicam a ovulação. Por isso, recomendo um termômetro específico para esse fim.
O que eu mais indico hoje é o Flexterm, da marca Incoterm. Ele foi desenvolvido especialmente para quem acompanha o ciclo menstrual e mede a temperatura basal ao acordar. É confiável, fácil de usar e tem ótima durabilidade.
Você encontra esse termômetro em lojas confiáveis online. Aqui vão os links:
Com o termômetro certo, você garante registros mais exatos e melhora a interpretação dos seus ciclos no Fertility Friend. Isso faz toda a diferença!
Dicas de registro no app
- Insira a TB logo após medir. O app do FF registra também a hora da medição.
- Use os campos de notas/checkboxes para marcar álcool, doença, viagem, mudança de horário, uso de cobertor elétrico, etc.
- Em Charting Settings, ajuste o método (oral/vaginal) e mantenha-o consistente.
- Se quiser comparar leituras (ex.: wearable x BBT), utilize o custom data e o chart duo para visualizar duas curvas.
Erros comuns (e como evitar)
- Levantar antes de medir: deixa a TB mais alta. Solução: termômetro ao alcance da mão.
- Horários muito variáveis: dificulta a leitura. Solução: alarme e rotina; se variar, anote a hora.
- Boca aberta / posição errada (oral): pode baixar a leitura. Solução: sob a língua, mais ao fundo, boca fechada.
- Trocar método no meio do ciclo: muda a faixa de valores. Solução: só troque no próximo ciclo e registe.
- Não anotar exceções: perde contexto. Solução: use notas/checkboxes no mesmo dia.
Quando a leitura pode falhar (fatores que influenciam a TB)
- Febre, doenças/infecções (mesmo sem febre), resfriado/dor de garganta.
- Álcool (especialmente em maior quantidade), medicamentos/drogas.
- Estresse emocional ou físico, noites mal dormidas (insônia, sonhos agitados), mudança de horário, trabalho em turnos.
- Viagens, jet lag, mudança de clima/temperatura do quarto, cobertor elétrico.
- Amamentação e puerpério podem alterar padrões no início.
Esses fatores não inviabilizam o gráfico na maioria dos casos, mas podem exigir mais contexto. Continue medindo e anote tudo para o FF interpretar melhor.
Como anotar exceções
- Marque checkboxes de álcool, doença, viagem, mudança de horário e afins no dia correspondente.
- Escreva uma nota curta (ex.: “dormi 4h”, “termômetro novo”, “febre 37,8 °C”).
- Registre a hora da medição. Diferenças grandes de horário ajudam a explicar valores fora da curva.
- Se calibrar wearable x BBT, anote o dispositivo e o método usado.

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